MENSAGEM: CARTA À IGREJA DE ÉFESO
! BLOG DO PASTOR GUEDES
Teologia, Igreja, Família e Sociedade
sexta-feira, 3 de janeiro de 2020
quinta-feira, 26 de dezembro de 2019
QUEM SOU EU? - DIETRICH BONHOEFFER
Quem sou eu?
Quem sou eu? Seguidamente me dizem
que deixo a minha cela
sereno, alegre e firme,
qual dono que sai do seu castelo.
que deixo a minha cela
sereno, alegre e firme,
qual dono que sai do seu castelo.
Quem sou eu? Seguidamente me dizem
que falo com os que me guardam
livre, amável e com clareza,
como se fosse eu a mandar.
que falo com os que me guardam
livre, amável e com clareza,
como se fosse eu a mandar.
Quem sou eu? Também me dizem
que suporto os dias do infortúnio
impassível, sorridente e altivo,
como alguém acostumado a vencer.
que suporto os dias do infortúnio
impassível, sorridente e altivo,
como alguém acostumado a vencer.
Sou mesmo o que os outros dizem a meu respeito?
Ou sou apenas o que eu sei a respeito de mim mesmo?
Inquieto, saudoso, doente, como um pássaro na gaiola,
respirando com dificuldade, como se me apertassem a garganta,
faminto de cores, de flores, do canto dos pássaros,
sedento de palavras boas, de proximidade humana,
tremendo de ira por causa da arbitrariedade e ofensa mesquinha,
irrequieto à espera de grandes coisas,
em angústia impotente pela sorte de amigos distantes,
cansado e vazio até para orar, para pensar, para criar,
desanimado e pronto para me despedir de tudo?
Ou sou apenas o que eu sei a respeito de mim mesmo?
Inquieto, saudoso, doente, como um pássaro na gaiola,
respirando com dificuldade, como se me apertassem a garganta,
faminto de cores, de flores, do canto dos pássaros,
sedento de palavras boas, de proximidade humana,
tremendo de ira por causa da arbitrariedade e ofensa mesquinha,
irrequieto à espera de grandes coisas,
em angústia impotente pela sorte de amigos distantes,
cansado e vazio até para orar, para pensar, para criar,
desanimado e pronto para me despedir de tudo?
Quem sou eu? Este ou aquele?
Sou hoje este e amanhã um outro?
Sou ambos ao mesmo tempo? Diante das pessoas um hipócrita?
Sou hoje este e amanhã um outro?
Sou ambos ao mesmo tempo? Diante das pessoas um hipócrita?
E diante de mim mesmo um covarde queixoso e desprezível?
Ou aquilo que ainda há em mim será como um exército derrotado,
que foge desordenado à vista da vitória já obtida?
Ou aquilo que ainda há em mim será como um exército derrotado,
que foge desordenado à vista da vitória já obtida?
Quem sou eu? O solitário perguntar zomba de mim.
Quem quer que eu seja, ó Deus, tu me conheces.
Sou teu.
Quem quer que eu seja, ó Deus, tu me conheces.
Sou teu.
Extraído do livro “Dietrich Bonhoeffer: Vida e pensamento”, de Werner Milstein, Ed. Sinodal.
sábado, 2 de março de 2019
Uma reflexão sobre o Salmo 126: os que voltaram a Sião

Em meio ao cinza, havia uma canção. |
Wilma Rejane
Salmo
126.1-Quando o Senhor trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião,
estávamos como os que sonham.
O Salmo
126 foi escrito por um exilado judeu que experimentou 70 anos
de deportação de Jerusalém para Babilônia. Qual o nome desse
prisioneiro? Não se sabe. O que se sabe é que sua gratidão e
louvor por ter retornado a Sião são e salvo, está registrada
como um cântico de celebração ou um Cântico dos degraus.
E que
degraus eram esses? Eram os degraus das subidas entre Jerusalém e a
Babilônia (Esdras 7:9) e os degraus do templo de Jerusalém,onde,ano
a ano peregrinos se reuniam para relembrar a libertação do
cativeiro. Cada degrau um novo cântico,um novo Salmo. No total, são
quinze os Salmos denominados "dos degraus ou das romagens"
do 120 ao 134.
O Salmo
126 é tão belo quanto os demais e versa especialmente sobre
restauração. O autor faz uso de três metáforas para expressar a
alegria do retorno para casa: Um sonho agradável, as águas frescas
das torrentes do Neguev e as festividades da colheita. Lendo esse
Salmo, logo no primeiro verso, encontro inúmeras lições que
servem de referencial para os tempos de crises, de cativeiros
enfrentados por nós em determinados momentos da vida.
O
cativeiro Babilônico teve inicio em 598 a. C e nos livros dos
profetas Ezequiel, Jeremias, Daniel, Ageu e Zacarias é possível
constatar relatos da época, bem como dos propósitos de Deus para a
nação de Israel que estava sob julgamento. No livro de Esdras há
um rico relato do período de retorno da Babilônia, do mover de
Deus sobre a nação de cativos que com arrependimento e choro
retornaram para os seus lares.
Mas o
que aconteceu com os cativos durante os 70 anos de crise? Como
encontraram forças e ânimo para permanecerem esperançosos e
confiantes de que tudo iria passar e Deus estava com eles? Não deve
ter sido fácil porque a Babilônia procurou de todas as formas
oprimir e roubar toda esperança do retorno. E é da Babilônia que
nos chegam revelações do que acontece no mundo espiritual em
tempos de crise. Claro, nem toda crise é resultado do juízo de
Deus sobre nós. Existe base Bíblica para afirmar que até mesmo
homens justos e tementes a Deus podem passar por cativeiros
terríveis,foi o que aconteceu com Jó.
Se é
difícil encontrar os porquês das crises, se não há unanimidade
quanto a isso, porém,há unanimidade em outro aspecto das crises:
elas confrontam nossa fé e força e todos, sem exceção, precisam
lidar com elas, de modo a não se deixar abater, naufragar. Por esse
motivo, é que olhar para o cativeiro nos ensina. Eclesiastes 7:5
diz: "O coração dos sábios está na casa do luto, mas o
coração dos tolos na casa da alegria." Então, vamos aprender
com a casa do luto?
Algumas dificuldades vividas pelos cativos na terra da Babilônia:
I- Uma
das primeiras investidas do exército da Babilônia (sob o domínio
de Nabucodonosor II) contra os judeus foi: saquear as preciosidades
do templo de Jerusalém. Tudo quanto havia em ouro, prata, metais
preciosos foram levados embora (Jeremias
52).
O
templo de Jerusalém era uma representação da presença de Deus,
um elo entre Deus e o povo. Era lá que os sacerdotes se reuniam
para transmitir a Palavra de Deus, manejar as ofertas sagradas.
O
templo saqueado indicava o inicio de um período de tristeza.
Consideremos que nós somos o Templo do Espírito Santo de Deus.
Quando as crises vêm elas têm o objetivo de saquear esse Templo:
roubar a alegria, o gozo,a comunhão com Deus, o que há de mais
valioso em nossas vidas. O templo estava vazio, mas sua estrutura
estava lá de modo que ainda era possível sonhar com um retorno,
com as festas e as reuniões solenes. Não por muito tempo, porque
os opressores também investiram para destruir essa esperança.
Sem
sacerdotes e sem ferreiros o povo enfraquecia. Não havia direção
de Deus, não haviam armas para contra atacar. Até mesmo no exílio
essas funções foram proibidas de serem exercidas, em Lamentações
de Jeremias se lê:
Lamentações
2: 9 - "As portas de Jerusalém já de nada servem. Todas as
fechaduras e cadeados estão violados e partidos; foi ele mesmo quem
os arrombou. Os seus reis e os nobres estão escravizados em terras
desconhecidas e afastadas, sem um templo, sem leis divinas para os
governarem, sem visão profética para os guiar."
Efésios
6:10-18 afirma
que nas crises trava-se uma batalha espiritual. Os recursos
espirituais estavam sendo roubados de Israel. Armas materiais não
mais haveriam e as espirituais precisavam ser buscadas, de modo
individual. os profetas da prosperidade haviam sido envergonhados,
suas mensagens de paz e bênçãos não se cumpriram e aos cativos
restava ouvir os profetas dos "ais" (Lamentações
2:14).
e ouvindo os "ais" cada um deveria buscar a Deus em
arrependimento.
O que
aprendemos aqui? A salvação é individual. Romanos 14:12 diz: "De
maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus."
Desconfie de qualquer evangelho que não pregue arrependimento e
afastamento do pecado. Desconfie dos caminhos e portas largas que
não exigem renúncia e comprometimento com Deus. Desconfie da
ritualidade eclesiástica, porque Evangelho é libertação é
relacionamento com Deus através de Jesus Cristo. Evangelho é
restauração do Templo, é novo nascimento com retorno ao Criador
para fazer a Sua vontade.
I Pedro
1:23 "Sendo de novo gerados, não de semente corruptível,
mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece
para sempre.
Cada cativo precisava viver sua própria experiência, crescer pessoalmente na compreensão sobre Deus. Crises são aprendizados e não adianta querermos apenas culpar os outros pelo que não deu certo. É preciso fazer a nossa parte, refletir: onde preciso melhorar?
Cada cativo precisava viver sua própria experiência, crescer pessoalmente na compreensão sobre Deus. Crises são aprendizados e não adianta querermos apenas culpar os outros pelo que não deu certo. É preciso fazer a nossa parte, refletir: onde preciso melhorar?
III- A cidade destruída e a batalha para reerguê-la.
Como
voltar para os lares se a cidade estava em ruínas? Deus providencia
o recomeço e instrui a Esdras para liderar a obra de restauração.
Mas a Babilônia sabia que com os muro reerguidos e o templo em
funcionamento, o retorno se tornaria possível, a esperança
renasceria para os cativos que se tornariam mais fortes.
Esdras
4:4-5 "Todavia o povo da terra debilitava as mãos do povo de
Judá, e inquietava-os no edificar. E alugaram contra eles
conselheiros, para frustrarem o seu plano, todos os dias de Ciro,
rei da Pérsia, até ao reinado de Dario, rei da Pérsia."
Não
é assim também conosco? A Babilônia, não quer nos vê de pé e
felizes, mas quando Deus ordena, Seus planos não se frustram. Havia
chegado a hora do retorno, as ruínas do passado precisavam dar
lugar a uma cidade forte. Salmo 113:7 diz que "Deus
Levanta o pobre do pó e do monturo levanta o necessitado."
Se estamos dispostos a mudar a direção de nossas vidas, os pecados serão perdoados. De vidas despedaçadas: por vícios, medos,abandonos, rebeldia...O que for, Deus ajunta os cacos e ergue fortalezas. Mas será preciso esforço, entrega. Não se pode esperar que outros façam por nós o que só nós podemos fazer. Israel não tinha mais que confiar em templos, reuniões, sacerdotes da prosperidade, armamentos. Israel tinha que decidir andar com Deus, as bençãos seriam consequências.
Para reconstruir Jerusalém, nem mesmo as pedras queimadas pelo fogo do incêndio provocado pelo exército inimigo foram descartadas. Elas serviram de alicerce para novas construções. É isso mesmo, Deus é divinamente paciente para nos tratar com amor e perdão. Ele não quer nossa destruição, antes,porém, quer nosso crescimento e felicidade. E se para isso tiver que nos corrigir, assim seja. Sábio será o que aceitar a correção.
Se estamos dispostos a mudar a direção de nossas vidas, os pecados serão perdoados. De vidas despedaçadas: por vícios, medos,abandonos, rebeldia...O que for, Deus ajunta os cacos e ergue fortalezas. Mas será preciso esforço, entrega. Não se pode esperar que outros façam por nós o que só nós podemos fazer. Israel não tinha mais que confiar em templos, reuniões, sacerdotes da prosperidade, armamentos. Israel tinha que decidir andar com Deus, as bençãos seriam consequências.
Para reconstruir Jerusalém, nem mesmo as pedras queimadas pelo fogo do incêndio provocado pelo exército inimigo foram descartadas. Elas serviram de alicerce para novas construções. É isso mesmo, Deus é divinamente paciente para nos tratar com amor e perdão. Ele não quer nossa destruição, antes,porém, quer nosso crescimento e felicidade. E se para isso tiver que nos corrigir, assim seja. Sábio será o que aceitar a correção.
Hebreus 12:11 "E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela."
A restauração:
-
Quando o Senhor trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham.
-
Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o Senhor a estes.
-
Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos alegres.
-
Traze-nos outra vez, ó Senhor, do cativeiro, como as correntes das águas no sul.
-
Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.
-
Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos.
Salmos
126:1-6
No
final, a recompensa chega como
as correntes do Sul,
que lugar é esse? Se refere as torrentes no deserto de Neguebe, um
lugar inóspito ao Sul de Jerusalém. Ali existe um leito de rio
vazio e seco em alguns períodos do ano, mas de repente, e sem haver
chuva ou explicação, o lugar é inundado por torrentes de águas,
e o lugar então, faz jus a indicação: "correntes do Sul"
ou "torrentes do Sul" que transbordam como em um fenômeno.
No final o que foi plantado com choro, é colhido com alegria. Por que foi plantado com choro? Porque o terreno era trabalhoso, a caminhada era penosa, as sementes foram conseguidas com tanto esforço que mesmo andando e chorando o semeador não as soltou, não as desprezou. Pelo contrário, ele as sustentou com todo o zelo e acreditou que floresceriam. Que grande lição de fé nos dá esse Salmo!
Nesse momento, temos em diversas partes do mundo, servos fiéis passando por cativeiros: missionários em prisão, mulheres em decepção por causa de um relacionamento, homens desempregados, quem sabe doenças, morte. Todos esses cativeiros são reais, mas não podemos soltar as sementes das promessas de Deus, não podemos perder jamais a alegria de ter o Reino de Deus em nós. As torrentes do Sul, podem jorrar como um despertar espiritual nos proporcionando crescimento que não alcançaríamos, de outra forma, que não através do choro de arrependimento, decepção, tristeza e outros regressos.
Que o Deus da restauração o abençoe.
Fonte
de pesquisa: Bíblia de Estudo Plenitude, Sociedade Bíblica do
Brasil, SP. Edição 1995.
quinta-feira, 22 de novembro de 2018
DEFESA POR UMA DOUTRINA PENTECOSTAL

Como está difícil ser igreja nesses últimos dias! As igrejas antigas e conservadoras estão envolvidas em política - muitas vezes política suja, as novas são cada vez mais liberais e seus líderes vivem descomprometidos com a sã doutrina e com o Reino de Deus. Os pregadores do passado, que antes tinham nome e eram instrumentos para trazerem um avivamento, estão caídos ou desfaleceram suas forças por causa do cansaço e velhice. Os pregadores do presente, longe do valor e da coragem de nossos pais, são "ousados" (para não dizer arrogantes) e vivem como lobos devoradores, visando somente a gordura e a lã do rebanho. Esses tais, antes mesmo de terem uma experiência com Deus, têm a visão do lucro, com ganhos exorbitantes em nome de teologias erradas, expondo suas heresias, como da falsa teologia da prosperidade, por exemplo. Não se fazem mais pregadores como antigamente, não se fala mais na Cruz de Cristo e nem na loucura de sua mensagem .
Sou assembleiano desde o berço de minha fé e vejo com tristeza igrejas morrendo por não defenderem uma doutrina pentecostal e nem pregarem a grandeza da realidade espiritual chamada Batismo com o Espírito Santo. Não se fazem mais seminários sobre os dons espirituais como no passado. Lamentável, mas parece que os eclesiólogos que desdenham do pentecostalismo estão realmente certos por apostarem em um mundo sem pentecostalismo, um mundo pós-pentecostalismo, e já escrevem acerca de como será esse mundo sem o movimento pentecostal.
E nós, o que estamos fazendo para mudar? Investimos em estratégias de crescimento, em festas, em produção de cds para serem vendidos, fomentamos o comércio livreiro para arrecadarmos dinheiro, alimentamos a confecção de camisetas, abusamos de slogans puramente materialistas e seculares para despertar o poder da "fé" - ou seria poder da mente? - e o potencial humano que existe dentro de cada um.
Sou de um tempo em que quando nos reuníamos para realizar uma cruzada, discutíamos o alcance das almas. Nossas metas eram almas e quantas mais almas salvas melhor seria. Contudo, já tive o desprazer de ouvir em uma reunião de líderes de jovens acerca de quanto se poderia arrecadar com o aluguel de espaços para barracas para os novos "vendilhões do templo". Temos, na maioria das igrejas, líderes plutarcos e gananciosos, carismáticos como os apresentadores de tv, mas de fazerem inveja a Al Caponne: lobos vorazes que enganam o povo de Deus.
O Espírito Santo está sendo convidado a se retirar de nossas igrejas e aos poucos estamos aprendendo a realizar cultos sem sua intromissão. Para quê inspiração se o que o povo quer é ouvir sobre prosperidade, vitória, chave ou abertura de portas? Cá pra nós, para pregar sobre prosperidade não precisa de graça de Deus: é só decorar uma meia-dúzia de versículos de textos sugestivos, mexer com o sensacional, o emocional do povo e dizer que Deus vai abrir uma porta e mudar sua vida.
Urge a necessidade de uma mudança que passe pelas lideranças insanas por dinheiro e poder e que chegue ao povo em forma de arrependimento e comoção de modo a se obter uma renovação eclesiológica-litúrgica. As mensagens precisam parar de falar em cifras e falar mais acerca da cruz, deixar de lado o sensacional e mostrar o poder real da Palavra de Deus a fim de convencer e salvar vidas. Todos os defensores da tal teologia da prosperidade estão condenados ao fracasso como pregadores, porque a mensagem deles está dissociada da Cruz de Cristo. São lobos devoradores, perigosos, vorazes, famintos, desavergonhados. Todos os dias a sã doutrina os desmascara, mas ainda assim proclamam inverdades cotidianamente tendo as mentes cauterizadas, pregando mentiras como se fossem verdades, enganando os outros e sendo enganados. Eles terão suas recompensas.
Maranata. Ora vem Senhor Jesus!!!
Deus abençoe a todos.
quinta-feira, 1 de novembro de 2018
ASSEMBLEIA DE DEUS GEDOZISTA?
Depois de ler um artigo há tempos no blog de um pastor amigo e também uma postagem do Point Rhema sobre uma Assembleia de Deus no Paraná que aderiu ao modelo de discipulado gedozista, parei para pensar que a última fronteira do G12 está sendo derrubada e, para nossa tristeza e surpresa, em uma Assembleia de Deus.
Alguém pode argumentar que não se trata do G12, mas do MDA (Modelo de Discipulado Apostólico). Todavia, amados, mudam-se as siglas, mas as práticas, liturgias e argumentos são os mesmos: ENCONTRO, REENCONTRO, PÓS-ENCONTRO, DECRETOS, AMARRAÇÕES, ATOS PROFÉTICOS, UNÇÃO TREMENDA, ENTRE OUTRAS COISAS.
Nada contra o trabalho em células em si, pois muitas igrejas têm crescido através desse modelo de evangelização, contudo, o que se vê não passa de um G12 Camaleônico, que mudas as cores, mas não a natureza. São ministérios abertos para medição de força e de poder, mas a visão é a mesma e as heresias, idem.
As placas denominacionais mudam em função da dissimulação a fim de não serem identificados com o Movimento tão condenado pelas próprias Assembleias de Deus, porém, as práticas são as mesmíssimas e esse sincretismo religioso, associado à falta de verdadeiros apologistas, traz um verdadeiro descrédito à verdadeira mensagem da cruz.
Enquanto nossos escritores estão profundamente preocupados com suas vendas em portas de templos, em um mercado já condenado por Nosso Senhor Jesus Cristo, a Igreja vem sofrendo o ataque dessas "igrejas" na mídia. Isso por que os defensores da fé cristã estão se vendendo aos grandes sistemas eclesiásticos, os superministérios, e esquecendo-se de colocar o pé na estrada. A fama e o pódio nas casas publicadoras falam mais alto que o cuidado com a fé e com os irmãos na fé. Cuidam que Deus fará as suas obras chegarem ao seu público, sendo assim, o Senhor o responsável por levará a sua literatura "clássica" às mãos daqueles que hão de herdar a salvação.
Abramos os nossos olhos. As heresias mudam de nome, mas não mudam o modus operandi e nem a sua natureza anti-escriturística. As Assembleias de Deus já teve no rol de escritores e defensores da fé pessoas mais comprometidas com a Palavra de Deus.
Ainda ontem comemorou-se 501 anos da Reforma Protestante e as Cinco Solas estão caindo no esquecimento dos assembleianos. Por que daríamos a vida pela verdade como Lutero, Calvino e outros, se podemos gozar do auge de nossa fama e riqueza?
Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.
quarta-feira, 3 de outubro de 2018
OS EVANGÉLICOS E A POLÍTICA

Como cristãos podemos ser apartidários, mas jamais apolíticos. Não podemos ficar neutros. A coragem de tomar posições é uma marca da igreja protestante. Portanto, queremos elencar aqui, sete orientações bíblicas a propósito das eleições 2018.
Em primeiro lugar, os governantes que passam por cima das leis são um risco para a nação. A Bíblia diz: “Os que desamparam a lei louvam o perverso, mas os que guardam a lei se indignam contra ele” (Pv. 28.4). As leis devem ser justas e devem ser obedecidas pelos governantes e pelos governados.
Em segundo lugar, os governantes perversos desagregam a nação. A Bíblia diz: “Quando triunfam os justos, há grande festividade; quando, porém, sobem os perversos, os homens se escondem” (Pv. 28.12). Governantes justos abençoam a nação; governantes perversos transtornam a nação. O povo é abençoado quando seus governantes são um exemplo, mas o povo se esconde atordoado quando os governantes promovem a perversidade.
Em terceiro lugar, os governantes que ocupam o poder para oprimir o povo trazem grande sofrimento à nação. A Bíblia diz: “Como leão que ruge e urso que ataca, assim é o perverso que domina sobre um povo pobre” (Pv. 28.15). O leão ruge para espantar a presa e o urso ataca para destruí-la. Um povo nunca é livre sob a égide de um governo ditador. Um povo nunca é seguro sob um governo tirano.
Em quarto lugar, os governantes que sobrecarregam o povo de impostos para manter a máquina do governo transtornam a nação. A Bíblia diz: “O rei justo sustém a terra, mas o amigo de impostos a transtorna” (Pv. 29.4). Um Estado pesado demais, burocrata demais, onde os impostos são para pagar o luxo dos governantes em vez de atender as necessidades dos governados é uma inversão total do propósito do Estado.
Em quinto lugar, os governantes rendidos aos esquemas de corrupção tornam-se uma escola de crime. A Bíblia diz: “Se o governador dá atenção a palavras mentirosas, virão a ser perversos todos os seus servos” (Pv. 29.12). Os governantes nunca são neutros. São uma bênção ou uma maldição. Eles inspiram o povo para o bem ou para o mal. Se eles se alimentam da mentirosa e governam o povo com enganos, do topo da pirâmide do poder, toda a base da pirâmide, tornar-se-á corrompida e pervertida.
Em sexto lugar, os governantes corruptos destroem a si mesmos e se tornam protetores dos criminosos. A Bíblia diz: “O que tem parte com o ladrão aborrece a própria alma; ouve as maldições e nada denuncia” (Pv. 29.24). Aqueles que assumem o poder para montar esquemas de aparelhamento do Estado para saqueá-lo, acabam destruindo a si mesmos, arruinando seu nome, conspurcando sua honra e maculando sua história. Esses, tornam-se culpados de corrupção ativa e passiva. Roubam e deixam roubam. Esses colocam uma mordaça em si mesmos, porque não têm coragem de denunciar nos outros os crimes que eles mesmos praticam.
Em sétimo lugar, os governantes corruptos jamais deveriam ser aplaudidos e guindados ao poder pelo povo. A Bíblia diz: “O que disser ao perverso: Tu és justo; pelo povo será maldito e detestado pelas nações”. A maneira mais democrática de demonstrarmos nosso repúdio àqueles que mostram indícios e até mesmo dão provas de que não são íntegros no trato da coisa pública e não dando a eles o aval do nosso voto. Apoiar aqueles que desfraldam bandeiras que, à luz da nossa consciência iluminada pelas Escrituras, trazem vergonha e opróbrio à nação, é receber a pesada imputação de “maldito” e ainda é receber uma reprovação sonora no meio das outras nações. Que Deus nos ilumine na escolha dos nossos legisladores e governantes!
*Texto originalmente publicado em hernandesdiaslopes.com.br
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018
ENQUANTO ISSO NA SÍRIA... NINGUÉM SE IMPORTA.
/s2.glbimg.com/NixEU36zJ8NhuL45Rmwq8tcNYUE=/38x67:665x420/398x224/s.glbimg.com/en/ho/f/original/2018/02/28/ghouta1.jpg)
"Não vos comove isto a todos vós que passais pelo caminho? Atendei, e vede, se há dor como a minha dor, que veio sobre mim". Lamentações 1.12a.
Enquanto aqui na esfera sul do planeta as pessoas debruçam-se sobre assuntos tais como, futebol e praia, celebridades e BBB´s, no outro lado do mundo, na Síria, milhares de pessoas morrem ou sofrem os horrores da guerra, aumentando as estatísticas já desastrosas de um conflito que parece não ter fim.
Não desconhecemos as causas e os interesses políticos de nações envolvidas indiretamente no conflito, mas ser cristão e não
se importar com a dor do seu próximo é agir com farsa e máscaras
religiosas, como significa a palavra hipocrisia em seu contexto
cultural.
Bem, é isso mesmo,
interpretamos papéis de bons moços, porém, não nos comovemos com
a dor dos homens, das mulheres, dos jovens e das crianças sírias de
todas as idades, sob o pretexto – como pensam alguns – de que
esse país é inimigo de Israel e, por isso, não devemos nos
importar, porque é a mão de Deus pesando sobre eles.
Jamais haverá
alguém como Jesus de Nazaré, que ensinou seus discípulos
a amar o seu próximo e até mesmo os que são seus inimigos. Nós,
cristãos, deveríamos nos envergonhar de apoiar ou fazermos vistas
grossas ao que acontece àquele povo. Quantos de nós oramos pela
Síria, pela paz na Síria, pelo fim da guerra?! Mas, oramos pela paz em Israel. As guerras são inevitáveis, dirá alguém, mas nem por isso devemos nos isentar de orar pela paz!
Está se tornando cada vez mais comum ouvirmos e vermos pessoas dando de ombros para situações como
essa. Não se importam porque não está acontecendo em sua cidade.
As bombas não estão caindo no seu quintal e, assim, vão seguindo a
vida, torcendo pelo seu time e anelando pelo momento da novela ou do
BBB começar. Lamentável.
Como o ser humano
tem se desviado dos propósitos e das intenções de Deus de sermos
uma grande família de irmãos… Temos movimentos por todos os
segmentos e até pessoas que valorizam mais a natureza em si e os
animais abandonados que o seres humanos, levantado a
bandeira, por exemplo, do Green Peace ou da Sociedade Protetora dos Animais.
Não temos visto nenhum
líder religioso evangélico brasileiro, americano ou de outra
nacionalidade, engajado, vindo às mídias, pedindo por orações por
esse povo, essa gente. Na verdade, alguns acreditam mesmo que Deus os
está expurgando e que está prestando um grande serviço à humanidade.
Vimos, hoje pela
manhã, um vídeo de uma moça, ainda muito jovem, pedindo socorro e gritando aos quatro cantos do mundo: “Salve-nos”. Ou seja, “por favor, importem-se
conosco...”. Que o grito dessa menina e suas lágrimas possam comover os corações
empedernidos das outras nações e, se não pudermos ajudar com
dinheiro, mantimentos ou diplomacia, que possamos nos dispor a orar
por aquela população aflita. Afinal, eles se parecem muito conosco, não?! Não parecem seres humanos?! Não têm as mesmas aspirações
que nós?! Não têm direito a um futuro melhor?!
A solução ainda é
orar. Incrível como alguns de nós oramos com tanto vigor e fé para
obtermos portas de emprego abertas, saúde para os nossos familiares,
êxito para nossos empreendimentos, crescimento ara nossas igrejas, entre outros motivos, e não temos a mesma fé para
orar pelo fim de uma guerra.
Que os nossos
corações se comovam com os gritos de socorro de nossos irmãos sírios...
“A oração de um
justo pode muito em seus efeitos”. Oremos, pois, pelos habitantes
da Síria.
Deus abençoe a
todos.
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