segunda-feira, 17 de novembro de 2014

PASTORES AMARGURADOS


Há muitos pastores perturbados com a raiz de amargura que brotou em seus corações. Esta raiz de amargura, isto é, "de tristeza amarga, extrema maldade, fruto amargo de ódio" faz parte da vida de muitos obreiros. Caim teve este sentimento em relação a Abel, seu irmão, e o assassinou. Temos pastores com sérios problemas de relacionamento com ex-igrejas e igrejas que pastoreiam. Também, guardam ódio e rancor de colegas de ministério, amargando um sentimento de ódio e rejeição. Obreiros que levam o peso da amargura, do ressentimento quase que insuportável.

Homens encurvados pelo peso de relacionamentos conflituosos. Que carregam seus desafetos nas costas por onde andam. Sabemos que a rejeição e a inveja produzem amarguras profundas, nas entranhas. Lideres que guardam ressentimentos não vivem em paz com Deus, consigo mesmos e com o próximo. As secreções do ódio saem pelos cantos da boca. São candidatos a doenças da mente e do coração. Suas palavras são carregadas do veneno do ódio, da natureza de serpente. Contaminam os que estão por perto. A família é a que mais sofre. 

O meu amado professor, Pastor Darci Dusilek, de saudosa memória, escreveu um precioso livro intitulado "Amargura ou Amar Cura?". Ele defende a tese de que a amargura adoece, mas o amar cura. De que é preciso liberar o perdão e não ficar pelos cantos com um coração pesado pela tristeza profunda, experimentando o sabor amargo do ódio. Fico extremamente triste com a situação de pastores que não se dão. Que detonam o companheiro de ministério. Como estes homens podem pastorear? Como estes homens podem pregar o amor nos púlpitos e nas casas? Como eles podem ser moderadores e apaziguadores nos relacionamentos conflituosos na família e na igreja? Como podem falar do que não vivem? Não é possível ser pastor sem buscar a santificação pessoal e nos seus relacionamentos. Fomos alcançados pela graça e, por esta razão, precisamos ser graciosos com todos, principalmente com os que nos atingem, nos prejudicam.

O Senhor Jesus foi muito claro ao dizer: "Amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que SEJAIS filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis demais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus" (Mt 5.44-48). Este texto é um remédio muito eficaz contra a amargura produzida nos relacionamentos complicados.

Não combina com o pastor ter relacionamentos odiosos.

Paulo diz que "ao servo do Senhor não convém contender, mas, sim, ser MANSO para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com MANSIDÃO os que resistem, a ver se, porventura, Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade e tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em cuja vontade estão presos" (2 Tm 2.24-26). É impressionante que líderes de igrejas, especialmente pastores, caiam nos laços do diabo, presos por ressentimentos, ódios e amarguras, prejudicando a sua vida, sua família e a igreja, dando um péssimo testemunho do Evangelho da graça.

A inimizade não faz parte da nova natureza recebida de Deus por meio de Cristo no poder do Espírito Santo. Inimizade, amargura, ódio, fazem parte das obras da carne, são manifestações próprias da natureza humana (Gl 5.19-21) e não do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22,23). Muitos obreiros precisam ser libertos dos sentimentos facciosos produzidos pela cardiopatia, pela doença do coração (Jr 17.9,10; Mt 15.19,20). Sabemos que há obreiros que espalham o veneno da inimizade, contenda, maledicência em todos os níveis. É impressionante como temos a capacidade desta velha natureza, de Adão, que vez por outra nos sugere coisas ruins. Nutrimos opiniões erradas acerca das pessoas e de companheiros de ministério.
Espalhamos boatos. Rotulamos pessoas implacavelmente. O nosso estilo de vida cristão deve definir os nossos relacionamentos. O Senhor Jesus nos ensina a amar e a orar por aqueles que nos fazem mal. Quando agimos em conformidade com a ordem de Cristo temos saúde, nossos relacionamentos fluem e nos tornamos pessoas maduras que sabem conviver com os que pensam de forma diferente. Como é precioso conviver com pessoas maduras, puras, sinceras e comprometidas com os valores do Reino de Deus!
Que o Senhor nos livre da raiz de amargura, da raiz do ressentimento e da inveja. Que o Pai nos conceda a graça de vivermos amorosa e criativamente com os nossos irmãos e companheiros de jugo, de ministério. Que os nossos ouvidos ouçam coisas que edificam. Não nutramos conversas com gente amargurada, ressentida e odiosa. Não participemos das rodas de desconstrução do caráter do nosso próximo, do nosso irmão de ministério. Compreendamos que somos diferentes de temperamento e de formação. Não nos consideremos melhores que ninguém. Não disputemos cargos com quem quer que seja. Sejamos mansos e humildes de coração como o Mestre (Mt 11.29). Que nos prestemos a falar bem do próximo, a realçar suas virtudes e a minimizar seus defeitos. Que ajudemos os amargurados. Sejamos pessoas graciosas, generosas, bondosas, facilitadoras e gratas sempre em Cristo Jesus e para a Glória de Deus, nosso Pai.

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.institutojetro.com e comunicada sua utilização através do e-mail 
Autor: Oswaldo Luiz Gomes Jacob
Vi no Blog A Pedra

terça-feira, 11 de novembro de 2014

ADORAÇÃO CRISTÃ E PAGÃ NAS IGREJAS EVANGÉLICAS



Há um grande mal-entendido nas igrejas sobre o propósito da música na adoração cristã. Igrejas rotineiramente anunciam um culto “dinâmico” e “transformador”, o qual “levará você para mais perto de Deus” ou “que irá mudar a sua vida”. Certos CD’s de adoração prometem que a música irá “levá-lo para dentro da presença de Deus”. Até mesmo um panfleto, anunciando uma conferência para líderes de adoração, dizia:

Junte-se a nós para essa dinâmica aula, a qual irá colocar você no caminho certo e inspirador, onde você poderá se encontrar com Deus e receber a energia e o amor que você precisa para ser um agente e um agitador no mundo de hoje… Além disso, nossos programas de ensino são eventos de adoração que irão colocar você em contato com o poder e o amor de Deus”.

O problema com o panfleto e com muitos anúncios de igrejas é que esse tipo de promessa revela um significante erro teológico. A música é vista como um meio para facilitar um encontro com Deus. Ela irá nos levar para perto de Deus. Nesse esquema, a música se torna um mediador entre Deus e o homem. No entanto, essa ideia está mais próxima das práticas pagãs do que da adoração cristã.

Jesus é o único mediador entre Deus e o homem. Somente Ele é quem nos leva para Deus. A noção popular – porém errônea – relativa à música de adoração mina a fundamental verdade da fé cristã. É irônico que muitos cristãos neguem o papel das ordenanças sacramentais, as quais o próprio Senhor deu para sua igreja (batismo e a Santa Ceia), mas anseiem em dar poderes sacramentais para a música. A música e a “experiência da adoração” são vistas como meios pelos quais nós entramos na presença de Deus e recebemos seus benefícios salvíficos. Não há simplesmente nenhuma evidência na Escritura que diga que a música media diretamente encontros ou experiências com Deus. Essa é uma noção comum no paganismo. Está bem longe do Cristianismo.

Em seu útil livro “True Worship” (Verdadeira Adoração), Vaughan Roberts mostra quatro consequências de se ver a música como um encontro com Deus. Vou resumi-los.

1. A palavra de Deus é marginalizada

Em várias igrejas e encontros cristãos, não é incomum a Palavra de Deus ser deixada de lado. A música dá uma elusiva sensação de “entorpecimento”, enquanto a Bíblia é algo mundano. Os púlpitos têm diminuído e até mesmo desparecido, enquanto as bandas e as luzes têm crescido. Mas a fé não vem da música, experiências dinâmicas ou supostos encontros com Deus. A Fé nasce por meio da proclamação da Palavra de Deus (Rom. 10.17).

2. Nossa certeza é ameaçada

Se associarmos a presença de Deus com uma particular experiência ou emoção, o que acontecerá quando não sentirmos mais isso? Nós procuraremos igrejas cujas bandas de louvor, orquestras ou órgãos produzam em nós os sentimentos que nós estamos procurando. Mas a realidade de Deus em nossas vidas depende da mediação de Cristo, não de experiências subjetivas.

3. Músicos ganham status sacerdotais

Quando a música é vista como meio de encontro com Deus, os líderes de louvor e músicos começam a exercer o papel de pastor. Eles se tornam aqueles – no lugar de Jesus Cristo, o único que já cumpriu esse papel – que trazem até nós a presença de Deus. Dessa forma, quando um líder de louvor ou banda não me ajuda a experimentar Deus, então ele falhou e deve ser substituído. Por outro lado, quando acreditamos que eles tiveram sucesso em nos levar à presença de Deus, então eles terão em nossa mente um status elevado.

4. A divisão aumenta

Quando nós identificamos um sentimento como um encontro com Deus, e apenas uma determinada música produz esse sentimento, então nós insistiremos que aquela música deverá ser tocada regularmente em nossa igreja e reuniões. Se todos tiverem o mesmo gosto que o nosso, não haverá problema. Mas se outros dependem de outra música para produzirem esse sentimento, então é importante para eles que a divisão seja cultivada. E porque nós rotineiramente classificamos esses sentimentos como encontros com Deus, nossas demandas para que esse sentimento seja produzido se tornam rígidas. Esse é o motivo pelo qual muitas igrejas sucumbem ao oferecerem múltiplos estilos de culto. Fazendo isso, eles, sem querer, sancionam a divisão e a centralização do ego no meio do povo de Deus.

A Escritura é cheia de exortações para o povo de Deus cantar e fazer músicas para o Senhor. Nosso Deus foi gracioso em nos dar esse meio de adorá-lo. Mas é importante entender que a música, em nossa adoração, é para dois propósitos específicos: honrar a Deus e edificar a comunidade dos crentes. Infelizmente, muitos cristãos tendem a dar à música um poder sacramental sobre o qual a Escritura jamais falou.

Fonte: Blog Bereianos

sábado, 1 de novembro de 2014

SETE FATOS QUE INCOMODAM UM PASTOR DE VERDADE

Recebi esse texto por email de um novo amigo.

SETE FATOS QUE INCOMODAM UM PASTOR (DE VERDADE)

Em dias como os nossos, o que poderiam mais incomodar alguém vocacionado para o ministério? Bem muitos são os desafios a serem encontrados, mas existem sete que saltam aos olhos.

1.    Observar que as pessoas não amadurecem. Pastores verdadeiramente chamados não esperam que as pessoas sejam eternamente dependentes, antes pelo contrario almejam que elas cresçam e que depois de um tempo sejam capazes de enfrentar e resolver alguns conflitos mínimos nas suas vidas sem ter que viver dependentes de gurus ou pseudo-mestres da espiritualidade.

2.   Verificar que qualquer um ostenta o titulo de Pastor. É profundamente frustrante saber que em dias como os nossos qualquer um pode ser nomeado ou denominado como pastor, não importa se obteve alguma formação, se foi experimentado, tanto nas praticas ministeriais como na arena dos desafios éticos.

3.    Constatar que o ministério virou um negócio. É muito triste para Pastores vocacionados saberem que o espaço social onde atuam, atuam muitos como interesse puramente mercadológico. Provoca pavor em um Pastor verdadeiro saber que ele divide espaço na sociedade com pessoas que só tem um interesse, ganhar dinheiro.

4.  Descobrir que as ovelhas vivem encantadas pelos mercenários. Nada indigna mais um pastor do que ouvir uma ovelha manifestar sua admiração por alguém que prega o evangelho por dinheiro. É frustrante saber que via de regra, com algumas exceções alguns dos mais elogiados ministros dos nossos dias são conhecidos nos bastidores eclesiásticos pelas suas patifarias.

5.   Vislumbrar que manipulação vale mais que ensino. O dia mais triste na vida de um pastor é aquele em que ele descobre que não basta ele manusear bem uma Bíblia, precisa dominar as técnicas de manipulação de auditório.

6.    Deparar-se com o fato de que estruturas valem mais que cuidado. Desestimula demais quando um pastor de maneira inexorável se convence que os cuidados já foram de maneira sistemática negligenciados em favor da estrutura do templo ou da instituição

7.    Enxergar o que é patente ultimamente: carisma vale mais que caráter. Compromisso, ética, postura, fidelidade, dedicação, acessibilidade, nenhum desses elementos importam para uma comunidade que tem como preocupação ultima de seguir alguém que tenha carisma. Não importante o quão duvidoso é o seu caráter.

Então por que permanecer Pastor em um ambiente apocalíptico como este?
A justificativa para continuar nesta empreitada saiu da boca do Todo-Poderoso quando adverte os mercenários e promete constituir bons pastores. ELE diz:
“…Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e delas não cuidastes; mas eu cuidarei em vos castigar a maldade das vossas ações, diz o SENHOR. Eu mesmo recolherei o restante das minhas ovelhas, de todas as terras para onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; serão fecundas e se multiplicarão. Levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e elas jamais temerão, nem se espantarão; nem uma delas faltará, diz o SENHOR….” Jeremias 23.1-4

Se os mercenários se auto constituíram para estarem a frente do rebanho, o mesmo não se pode falar a respeito dos fieis Pastores, estes não estão por sua vontade, antes foram escolhidos pelo Sumo-Pastor. Afinal é ELE mesmo que diz:
“…Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda….” João 15.16
http://paulo-saraiva.blogspot.com/2011/04/sete-fatos-que-incomodam-um-pastor.html

Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.