Defensor de uma teoria de que a História de Jesus foi um produto do Império Romano para pacificar as revoltas do povo judeu, o teólogo americano, de origem budista, afirma que Jesus nunca existiu e que o cristianismo tem errado em todos os eventos da história.
Ora, depois de tantos eventos históricos, geográficos comprovados nos evangelhos e depois de tantos achados arqueológicos que confirmam a historicidade não somente de Jesus, mas de Pedro, Paulo, João, Tiago, entre outros, vem um "teólogo" (de origem budista) negar a existência de Jesus de Nazaré. Além do que, suas críticas contra o cristianismo encontram interesses que vão além da venda de livros pelo mundo, mas uma desvelada intenção de desacreditar o cristianismo, inclusive, dizendo que as pessoas não devem ter medo de viver em um mundo sem o Cristianismo. Ou seja, "abandonem o Cristianismo e seus valores, pois eles não valem e nunca valeram nada do ponto de vista moral". É mais um absurdo de nossos últimos dias.
Às vésperas de sua palestra Covert Messiah em Londres neste sábado, o pesquisador americano Joseph Atwill foi muito além de suas recentes afirmações de que a figura de Jesus Cristo é uma completa fabricação da aristocracia romana. Em entrevista exclusiva ao Terra, Atwill, 64 anos, disse que o cristianismo foi inventado durante o Império Romano para controlar as massas e, até hoje, só causou danos à sociedade.
"Acho que o cristianismo tem sido uma catástrofe. Se você olhar na história, ele criou a Idade das Trevas, as Cruzadas foram uma desgraça absoluta e a Inquisição também foi uma abominação moral. Se você observar o século 20, as nações cristãs massacraram umas às outras, com mais de 120 milhões de pessoas morrendo em guerras. Acredito que as pessoas não deveriam ter medo de um mundo sem cristianismo fazendo o papel de uma força moral maior, porque observando eventos anteriores, o cristianismo não foi bem sucedido no passado", disse.
Apesar de tocar em um assunto polêmico como religião, Joseph Atwill ainda revelou que não se intimida com as críticas ao seu trabalho. "O que fiz foi colocar dois livros, A Guerra Judaica, de Flávio Josefo, escrito no século I, e o Novo Testamento, lado a lado e tracei paralelos entre eles. Essa análise pode ser feita por qualquer pessoa com senso comum. As evidências falam por si só. Ao comparar os textos, cada indivíduo pode tirar suas próprias conclusões", acrescentou Joseph, que explica essa série de coincidências em seu livro Caesar’s Messiah (O Messias de César, em tradução livre).
Praticante de budismo, Joseph Atwill acrescentou que não acredita nem desacredita em Deus e que seu intuito é fazer com que as pessoas tenham suas experiências baseadas na verdade.
“Não sou ateu. Eu simplesmente estou tentando encontrar a verdade. Estou aberto à questão de Deus e procurando uma resposta. Uma das razões pelas quais quero saber a verdade sobre o Novo Testamento é o fato de que é uma pergunta que tenho curiosidade para saber a resposta, assim como todo mundo. Não tenho boas respostas, não sou um líder espiritual, só tento meu melhor”.