terça-feira, 8 de setembro de 2015

FUGA DOS REFUGIADOS: MISSÃO ÀS AVESSAS


Alguma coisa está errada quando você é obrigado a sair de sua terra. Escrevi "obrigado", que é diferente de fazer uma viagem ou desejar mudar de ares e morar em outras terras para trabalhar ou mesmo descansar. Infelizmente, não é o caso dos refugiados dos horrores do Estado Islâmico na Síria e no Iraque, onde alguns fogem por não terem direito de ser cristãos. Tem algo de errado quando alguém não pode permanecer no lugar onde nasceu e que escolheu viver com a sua família, todavia, não tem sido esse o caso dos que fogem da fome da África, do Taiti e dos países comunistas, seja em busca de comida, liberdade ou qualidade de vida melhor.

A fuga de centenas de milhares de pessoas e famílias deixando seus países de origem, as mortes em meio as águas do Mediterrâneo são as consequências de um grave problema de soberania política e militar não resolvido pelas grandes potencias porque esses países política, diplomática e economicamente nada representam para os EUA, China e Europa. Parece uma MISSÃO às avessas. Também um prenúncio de uma nova onda de crise na Europa, ora pelos problemas da "invasão" e suas consequências sócio-econômicas: xenofobia, mau tratos, islamofobia, etc., ora pela inserção da cultura muçulmana definitiva nos países europeus ainda não controlados pelo terror. Quem garante que entre esses refugiados não envolve uma grande massa de guerrilheiros pró Estado Islâmico ou xiitas e fundamentalistas para espalharem o terror em toda Europa e em todo o mundo?

As autoridades francesas parecem estar certas ao analisarem que conceder abrigo em massa aos refugiados pode ser um perigo, além de um sinal de que o EI está vencendo a batalha e se fortalecendo para instituir "o império do terror", quando, na verdade, as autoridades da ONU, por exemplo, deveriam dar condições de permanecer em seus países ou meios de lutarem pela sua soberania. Por que esses cristãos e não-cristãos são obrigados a deixarem as suas terras?

O menino Aylan Kurdi que morreu afogado, cujo corpinho foi parar na praia e que virou símbolo dos refugiados, chamou a atenção somente porque a imagem é comovente e trata-se de uma criança indefesa, porém, tanto este blog, como outros, tem  mostrado os horrores da guerra na Síria, no Líbano e ação dos terroristas islâmicos do EI na Síria e no Iraque. Contudo, fosse isso com uma gente politicamente importante e as potências econômicas e militares teriam agido imediatamente. Quem não lembra do jornalista francês do Charlie Hebdo morto por criar uma charge de Maomé e a repercussão do caso em todas as mídias e em todo o mundo?

Até o Papa e a Igreja Católica ordenou abrigo para os refugiados e até a Dilma, pasmem! As famílias holandesas, a Europa quase de modo geral. Não vejo a igreja evangélica (internacionalmente) envolvida em nenhum esforço internacional para ajudar o próximo e nem tenho lido nada dos pregadores do evangelho da paz em favor dessa gente.

O mundo precisa de Deus e a Igreja é o agente escolhido pelo Senhor para mudar o mundo. Houve um tempo em que a Igreja fazia esforços sobre humanos para alcançar o mundo através das Missões estrangeiras e hoje o que vemos? O que temos visto é a acomodação dos povos que não se importam com esse drama porque nada tem a ver com eles. Será?

Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!

P.S.: Uma irmã muito querida, perguntou-me o que eu queria dizer com "Missão às Avessas" e respondi como segue: "... quis dizer que a Igreja deveria estar prestando um serviço comunitário mais intenso ou vigoroso, dada a gravidade do problema e porque penso que se tivéssemos (a Igreja) feito missão de verdade naquela região a situação bem poderia ser outra. Ou seja, faltou um papel mais importante da igreja naquela região do planeta e agora eles fogem em busca de paz. Esses navios, barcos e lanchas de fugitivos me lembraram as embarcações dos missionários no século XVIII e XIX que cruzavam os mares para evangelizar a África, a Ásia e a Oceania. Hoje vemos a coisa às avessas, pois a Europa e o mundo que deveriam ter dado a eles o verdadeiro Evangelho, os recebe como se fossem eles "evangelistas" do Islã. 

Abraço e Paz!