sábado, 12 de dezembro de 2015

A POBREZA DO MOVIMENTO GOSPEL

Resultado de imagem para SUBPRODUTO EVANGÉLICO

A cada dia que passa uma ala dos evangélicos brasileiros assume uma característica muito interessante. Com o crescimento da chamada igreja evangélica, tem crescido também um espécie de subproduto: o movimento gospel. Marcado pelos shows business, os crentes "gospels" têm assumido um aspecto dicotômico de fervor litúrgico e desprezo pela oração coletiva. Interessam-se pelos encontros, os "vigilhões",  e aderem a movimentos cada vez mais musical e cada vez menos bíblico. Imitam modas e costumes mundanos, seculares, sem reservas, sem se preocuparem com as consequências da aproximação dos valores de uma sociedade sem Deus. Anelam pelo lançamento dos próximos trabalhos dos cantores profanos como se fora cantores sacros, perdendo, assim, a paixão e a admiração pelos verdadeiros hinos clássicos de louvor. Leem cada vez mais livros de autores não-cristãos cujas mensagens falam de perversão e violência. Acompanham a ética deste século e abrem mão dos princípios cristãos com muita facilidade, bastando expressarem um "tem nada a ver".  

Alguns adeptos desse novo momento na igreja evangélica chegam mesmo a afirmarem que o importante é não estarem no mundo. Comparo o simplesmente "estar" na igreja com o "ficar" desses relacionamentos frívolos, sem compromissos. Assim, muitos "estão" na igreja (templo-comunidade), mas não são Igreja do Senhor Jesus, Organismo Vivo, Pedras Vivas, Corpo de Cristo. Visto por essa ótica, o movimento gospel é superficial, raso e oco: não tem raízes, alicerces, fundamentos da fé cristã; não têm profundidade na comunhão com o Corpo; e nem conteúdo bíblico-doutrinário. Suas músicas são frenéticas e fracas, com rimas e poesias pobres. Suas mensagens vazias, frias e repletas de apelos emocionais. Seu corpo doutrinário é destituído da doutrina da piedade e, portanto, doentio, posto que não abrange todo o "conselho de Deus".

Para eles o mais importante é o "ôba-ôba", a mídia, estar na "crista da onda", etc., e tudo isso em nome de Deus. Infelizmente, igrejas, já há muito tempo instituídas, que trazem um escopo doutrinário responsável e equilibrado, seduzidas por esse movimento, acabam por venderem-se ao mundo gospel, contratando cantores e pregadores para a realização de cultos-shows, haja vista a atração de multidões para as festas religiosas de suas denominações ou ministérios. Cantores e pregadores sem congregar há meses, portanto, sem acompanhamento pastoral, viajando o país e o mundo como se fossem missionários itinerantes, levam as gentes ao delírio ao som de baladas, axé, forró, samba, funk e pancadão gospel.

Nesses circuitos, festas juninas recebem nome de "jesuínas", enquanto a evangelização é a justificativa para a criação do bloco de carnaval (ou seria "espiritoval"?) e o octógono das lutas sangrentas visam o mesmo fim missionário. Cerveja sem álcool, cigarro sem nicotina, point movido a chopps e sexshop são as mais recentes novidades desse modelo cristão que pervertem o Evangelho de Jesus Cristo.

Não culpo a geração de jovens. Culpo, porém, a geração de pastores irresponsáveis que fazem de tudo para atrair pessoas para suas igrejas sem se preocuparem se estão convertidas ou não. Culpo os novos líderes que, movidos pela ganância, buscam qualquer tipo de atividade para arrecadarem dinheiro sob o discurso do método de crescimento de igrejas. Não isento de culpa os marqueteiros nas igrejas e nas empresas de publicidade gospel que estão dispostos a venderem suas próprias almas ao diabo para fazerem sucesso nesse novo mercado.

A igreja precisa de renovo para assumir o seu lugar de destaque no mundo e não de estratagema humano para ocupar espaço puramente midiático. O Corpo dos regenerados necessita de Graça para serem "luz do mundo" e "sal da terra" e carece da presença de Deus nos cultos e em suas vidas. A Noiva do Cordeiro reclama por um novo tempo, movido pelo Espírito Santo e não por toscos "reverendos" e "profetas" espiritualmente malogrados. Os Santificados em Cristo precisam da verdadeira explanação da Palavra de Deus e do substancial conteúdo bíblico tão escassos em nossos dias.

P.S. Você pode até não concordar comigo, mas seja educado em seu comentário e eu o publicarei.

Maranata. Ora vem Senhor Jesus.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

FUGA DOS REFUGIADOS: MISSÃO ÀS AVESSAS


Alguma coisa está errada quando você é obrigado a sair de sua terra. Escrevi "obrigado", que é diferente de fazer uma viagem ou desejar mudar de ares e morar em outras terras para trabalhar ou mesmo descansar. Infelizmente, não é o caso dos refugiados dos horrores do Estado Islâmico na Síria e no Iraque, onde alguns fogem por não terem direito de ser cristãos. Tem algo de errado quando alguém não pode permanecer no lugar onde nasceu e que escolheu viver com a sua família, todavia, não tem sido esse o caso dos que fogem da fome da África, do Taiti e dos países comunistas, seja em busca de comida, liberdade ou qualidade de vida melhor.

A fuga de centenas de milhares de pessoas e famílias deixando seus países de origem, as mortes em meio as águas do Mediterrâneo são as consequências de um grave problema de soberania política e militar não resolvido pelas grandes potencias porque esses países política, diplomática e economicamente nada representam para os EUA, China e Europa. Parece uma MISSÃO às avessas. Também um prenúncio de uma nova onda de crise na Europa, ora pelos problemas da "invasão" e suas consequências sócio-econômicas: xenofobia, mau tratos, islamofobia, etc., ora pela inserção da cultura muçulmana definitiva nos países europeus ainda não controlados pelo terror. Quem garante que entre esses refugiados não envolve uma grande massa de guerrilheiros pró Estado Islâmico ou xiitas e fundamentalistas para espalharem o terror em toda Europa e em todo o mundo?

As autoridades francesas parecem estar certas ao analisarem que conceder abrigo em massa aos refugiados pode ser um perigo, além de um sinal de que o EI está vencendo a batalha e se fortalecendo para instituir "o império do terror", quando, na verdade, as autoridades da ONU, por exemplo, deveriam dar condições de permanecer em seus países ou meios de lutarem pela sua soberania. Por que esses cristãos e não-cristãos são obrigados a deixarem as suas terras?

O menino Aylan Kurdi que morreu afogado, cujo corpinho foi parar na praia e que virou símbolo dos refugiados, chamou a atenção somente porque a imagem é comovente e trata-se de uma criança indefesa, porém, tanto este blog, como outros, tem  mostrado os horrores da guerra na Síria, no Líbano e ação dos terroristas islâmicos do EI na Síria e no Iraque. Contudo, fosse isso com uma gente politicamente importante e as potências econômicas e militares teriam agido imediatamente. Quem não lembra do jornalista francês do Charlie Hebdo morto por criar uma charge de Maomé e a repercussão do caso em todas as mídias e em todo o mundo?

Até o Papa e a Igreja Católica ordenou abrigo para os refugiados e até a Dilma, pasmem! As famílias holandesas, a Europa quase de modo geral. Não vejo a igreja evangélica (internacionalmente) envolvida em nenhum esforço internacional para ajudar o próximo e nem tenho lido nada dos pregadores do evangelho da paz em favor dessa gente.

O mundo precisa de Deus e a Igreja é o agente escolhido pelo Senhor para mudar o mundo. Houve um tempo em que a Igreja fazia esforços sobre humanos para alcançar o mundo através das Missões estrangeiras e hoje o que vemos? O que temos visto é a acomodação dos povos que não se importam com esse drama porque nada tem a ver com eles. Será?

Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!

P.S.: Uma irmã muito querida, perguntou-me o que eu queria dizer com "Missão às Avessas" e respondi como segue: "... quis dizer que a Igreja deveria estar prestando um serviço comunitário mais intenso ou vigoroso, dada a gravidade do problema e porque penso que se tivéssemos (a Igreja) feito missão de verdade naquela região a situação bem poderia ser outra. Ou seja, faltou um papel mais importante da igreja naquela região do planeta e agora eles fogem em busca de paz. Esses navios, barcos e lanchas de fugitivos me lembraram as embarcações dos missionários no século XVIII e XIX que cruzavam os mares para evangelizar a África, a Ásia e a Oceania. Hoje vemos a coisa às avessas, pois a Europa e o mundo que deveriam ter dado a eles o verdadeiro Evangelho, os recebe como se fossem eles "evangelistas" do Islã. 

Abraço e Paz!

quarta-feira, 24 de junho de 2015

PERSEGUIÇÃO: ÓDIO A ISRAEL, DESPREZO PELA IGREJA



Como é do conhecimento de muitos, o mundo está se unindo contra o governo de direita do Estado de Israel e alinhando seus discursos a favor da Autoridade Palestina. Não bastassem os esforços de cantores, celebridades e intelectuais que boicotam Israel em suas apresentações, agora vê-se um movimento pró-Palestina jamais visto. Também vê-se uma perseguição institucional, ainda que tácita no momento, contra a Igreja e seus valores e princípios cristãos.

Não ignoro os abusos do governo ditatorial israelense, principalmente a forma como trata os cidadãos palestinos em suas fronteiras. Quem não sabe que Israel não cumpre o acordo de Oslo? Quem não conhece o avanço dos assentamentos de israelenses em terras não permitidas? Contudo, conhecendo as Escrituras e sendo sabedores de que o mundo inteiro voltar-se-á contra o povo judeu no fim dos tempos, basta-nos orar pelo futuro da nação de Israel e pelo mundo. Difícil é defender as atrocidades que se cometem dentro dos limites do Estado de Israel, mais difícil ainda é não entender que Israel também precisa se defender de um Estado terrorista que é o caso da Autoridade Palestina.

Li, alhures, uma carta do ex-ministro dos Direitos Humanos, Paulo Pinheiro, tentando convencer Gilberto Gil e Caetano Veloso a não se apresentarem em Israel. Na carta, o também membro da Comissão da Verdade, cita a violência contra as crianças e a imoralidade dos muros que chegam a oito metros de altura para isolarem os cidadãos palestinos. Todavia, não li nada do missivista, com a mesma ênfase, sobre o Estado Islâmico e sobre a morte de cristãos que acontecem diariamente no Iraque e noutras regiões do Oriente Médio. Também não vi a mesma preocupação de Roger Waters, fundador do Pink Floyd, outro que escreveu aos artistas brasileiros, com os milhares de cristãos, sejam católicos ou protestantes-evangélicos, mortos por crucificação, apedrejamento, afogamento ou sendo carbonizados. E o que dizer das centenas de mulheres estupradas por mais de dez vezes no mesmo dia ou o que pensar sobre a prostituição forçada, onde os enviados da ONU trocam comida por sexo com mulheres e jovens adolescentes? Muitas dessas mulheres e jovens estão cometendo suicídio por não aceitarem ou não suportarem a condição de prostituição imposta.

O ódio a Israel e aos demais judeus espalhados pelo mundo crescerá de modo proporcional ao desprezo pela Igreja e seus valores e em breve uma coisa estará relacionada à outra. Não falo do cristianismo nominal e instituído enquanto religião "oficial", mas, sim, de um Cristianismo puro e simples, livre das amarras com governos e movimentos secularizados, materialistas e políticos. O mundo marcha a passos largos para uma ultra-secularização, onde os valores da sociedade cristã, tendo como base a tradição chamada judaica-cristã do primeiro século, serão abolidas e uma minoria será perseguida até ser esmagada totalmente.

A saída para Israel e para a Igreja está em um Rei que virá e um Reino que será estabelecido. A solução é continuar tendo esperança, orando e crendo que Jesus, o judeu sem ódio, o noivo esperado, virá arrebatar seu povo das mãos de um governo mundial totalitário e implantar o Seu Reino de Justiça e Paz.

Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!

sábado, 18 de abril de 2015

ASSEMBLEIA GERAL DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM FORTALEZA NOS DIAS 21 A 24 DE ABRIL

Centro de Eventos do Ceará receberá 42a. AGO da CGADB - Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil no período de 21 a 24.04.2015


A Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), sob a liderança do pastor José Wellington Bezerra da Costa, seu presidente há quase três décadas, realizará na próxima semana, de 21 a 24 de abril no centro de eventos do Ceará a sua 42ª Assembleia Geral Ordinária sob o tema "Unidos em Cristo edificamos uma família melhor".

Os mais de 3 mil ministros inscritos estarão deliberando sobre diversos temas, dentre eles destacamos os publicados no edital de convocação previamente publicado pela entidade; Apreciação de recurso contra a 6ª AGE; Homologação de novas convenções regionais; proposta de criação do código de ética e disciplina de seus membros além de apreciar os relatórios contábeis da Convenção e entidades a ela pertencentes.

As sessões plenárias que conterão ministrações devocionais e apreciação dos assuntos do edital ocorrerão nos períodos da manhã, com início as 9h e tarde as 14h, onde só participarão os ministros inscritos.

Os preletores dos devocionais serão os pastores:
  • José Antonio dos Santos, presidente da União dos Ministros das ADs nos Estados do Nordeste (UMADENE) e da AD em Maceió;
  • Roberto José dos Santos, presidente da AD e convenção com Sede em Abreu e Lima (COMADALPE);
  • Álvaro Alen Sanches, presidente da AD e convenção com Sede em Uberlândia (COMADETRIM) e tesoureiro da CGADB;
  • Perci Fontoura, 1º secretário da CGADB e
  • Elienai Cabral, membro do conselho administrativo da CPAD.

Os cultos à noite, com início as 19h dos dias 21, 23 e 23 serão públicos. Corais organizados pelas convenções cearenses CONADEC, CONFRADEC, CIMADEC e COMADECE, anfitriãs da 42ª AGO, estarão louvando ao Senhor.

Os preletores serão os pastores:
  • José Wellington Bezerra da Costa, presidente da CGADB;
  • Leidir Ribeiro, presidente da AD em Três Lagoas (MS) e
  • Genival Bento da AD em Alagoas.

ENCONTRO DA UNEMAD
As esposas de pastores das Assembleias de Deus também estarão reunidas no encontro da União Nacional de Esposas de Ministros das Assembleias de Deus (UNEMAD) sob a liderança da irmã Wanda Freire da Costa. Para participar as irmãs deverão se inscrever no local do evento pagando a taxa de R$ 50,00 que garante o material do evento.

Os preletores do encontro feminino serão os pastores:
  • Joel Freire da Costa, presidente da Convenção de Ministros das ADs Brasileiras nos Estados Unidos (CONFRADEB-EUA) e
  • Reginaldo Ribeiro, presidente da AD em Mirante do Paranapanema (SP); além das irmãs Wanda Freire (SP);
  • Léa Costa (SP) e
  • Judite Alves (PE).

LOCAL DO EVENTO:
Todos os eventos e reuniões serão realizados no centro de convenções do Ceará sito à Avenida Washington Soares, 999, Bairro Edson Queiroz, Fortaleza (CE). Ore e participe deste evento.

Fonte: Tiago Bertulino e Point Rhema 


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

MAIOR LÍDER MUÇULMANO DA ARABIA SAUDITA PEDE A DESTRUIÇÃO DE TODAS AS IGREJAS CRISTÃS



O sheik Abdul Aziz bin Abdullah, o grão-mufti da Arábia Saudita, maior líder religioso do país onde Maomé nasceu, declarou que é “necessário destruir todas as igrejas da região.”
Tal comentário do líder muçulmano foi uma resposta ao questionamento de uma delegação do Kuwait, onde um membro do parlamento recentemente também pediu que igrejas cristãs fossem “removidas” do país.

O grão-mufti salientou que o Kuwait era parte da Península Arábica, e por isso seria necessário destruir todas as igrejas cristãs de lá.
“Como acontece com muitos muftis antes dele, o sheik baseou sua fala na famosa tradição, ou hadith, que o profeta do Islã teria declarou em seu leito de morte: ‘Não pode haver duas religiões na Península [árabe]’. Isso que sempre foi interpretado que somente o Islã pode ser praticado na região”, explicou Raymond Ibrahim, especialista em questões islâmicas.

A importância dessa declaração não deve ser subestimada, enfatiza Ibrahim: “O sheik Abdul Aziz bin Abdullah não é um líder muçulmano qualquer que odeia as igrejas. Ele é o grão-mufti da nação que levou o Islã para o mundo. Além disso, ele é o presidente do Conselho Supremo dos Ulemás  [estudiosos islâmicos] e presidente do Comitê Permanente para a Investigação Científica e Emissão de Fatwas.  Quando se trata do que o Islã prega, suas palavras são imensamente importantes “.

No Oriente Médio, os cristãos já estão enfrentando perseguição maior, incluindo a morte, nos  últimos meses. Especialmente nos países onde as facções militares islâmicas têm aproveitado o vácuo de poder criado pelas revoluções da chamada “Primavera árabe”, como Egito, Líbia e Tunísia, Jordânia, Marrocos, Síria e Iêmen.

Os cristãos coptas, por exemplo, que vivem no Egito há milênios estão relatando níveis mais elevados de perseguição de muçulmanos. No Norte de África, os muçulmanos prometeram erradicar o cristianismo em alguns países, como a Nigéria. No Iraque, onde os cristãos tinham algumas vantagens durante o governo de forte Saddam Hussein, populações cristãs inteiras fugiram. O Irã também tem prendido crentes e fechado igrejas mais do que de costume.

Ibrahim escreveu ainda em sua coluna: “Considerando a histeria que aflige o Ocidente sempre que um indivíduo ofende o Islã, por exemplo, uma pastor desconhecido qualquer,  imagine o que aconteceria se um equivalente cristão do grão-mufti, digamos o papa, declarasse que todas as mesquitas da Itália devem ser destruídas, imaginem o frenesi da mídia ocidental. Imediatamente todos os veículos gritariam insistentemente  “intolerância” e “islamofobia”, exigiriam desculpas formais e apelariam para uma reação dos políticos”.

O estudioso acredita que uma onda de perseguição sem precedentes está prestes a ser iniciada na região, que ainda testemunha Israel e Irã viverem ameaçando constantemente fazerem ataques. O resultado disso pode ser um conflito de  proporções globais.  

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Traduzido e adaptado de Arabian Business e WND, via Gospel Prime

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

DEBATE ACALORADO ENTRE ASSEMBLEIANOS E ADVENTISTAS SOBRE O SÁBADO. PARTICIPE!

O site www.assembleia.org.br publicou o estudo da Escola Bíblica Dominical. Desde sua publicação, surgiu um sadio e acalorado debate sobre a guarda do Quarto Mandamento. Caso queira defender a posição assembleiana, sugerimos que acesse o endereço a seguir: http://escoladominical.assembleia.org.br/licao-6-santificaras-o-sabado/ 
Segue o texto publicado: um resumo do conteúdo de nossas revistas da EBD.
INTRODUÇÃO
As controvérsias deste mandamento giram em torno da sua interpretação. Temos aqui a relação trabalho-repouso e ao mesmo tempo o relacionamento de Deus com Israel. A necessidade de um dia de repouso após seis jornadas de trabalho é universal, mas o sábado é um presente de Deus para Israel. O mandamento de santificar o sábado é mais bem compreendido quando se conhece o propósito pelo qual ele foi dado.
I. O SÁBADO DA CRIAÇÃO
  1. O shabat. Deus celebrou o sétimo dia após a criação e abençoou este dia e o santificou (Gn 2.2,3). Aqui está a base do sábado institucional e do sábado legal. O sábado legal não foi instituído aqui; isso só aconteceu com a promulgação da lei. O substantivo shabbat, “sábado”, não aparece aqui, na criação. Surge pela primeira vez no evento do maná (Êx 16.22,23). A Septuaginta emprega a palavra sabbaton, “sábado, semana”, a mesma usada no Novo Testamento grego.
  2. Deus concluiu a criação no dia sétimo. Deus completou a sua obra da criação no sétimo dia. Deus “descansou” ou seja, cessou, é o significado do verbo hebraico usado aqui, shabat, “cessar, desistir, descansar” (Gn 8.22; Jó 32.1; Ez 16.41). Esse descanso é sinônimo de cessar de criar, e indica a obra concluída. Não se trata de ociosidade, pois Deus não para e nem se cansa (Is 40.28; Jo 5.17).
  3. A bênção de Deus sobre o sétimo dia. Ele abençoou e santificou o sétimo dia como um repouso contínuo, na dispensação da inocência, mas isso foi interrompido por causa do pecado. Agostinho de Hipona lembra que não houve tarde no dia sétimo, e afirma que Deus o santificou para que esse dia permanecesse para sempre (Confissões, Livro XIII, 36). O sábado da criação aponta para o descanso de Deus ao mundo inteiro no fim dos tempos: “Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus” (Hb 4.9).
II. O SÁBADO INSTITUCIONAL
  1. Desde a criação. É o sábado para descanso de todos os povos. É uma questão moral que Deus estabeleceu para a raça humana ao comemorar a criação. Tornou modelo e uma forma natural para toda a raça humana. É a ordem natural das coisas: os campos precisam de repouso, as máquinas necessitam parar para manutenção e assim por diante (Lv 25.4). O sábado institucional, portanto, não se refere ao sétimo dia da semana; pode ser qualquer dia ou um período de descanso (Hb 4.8).
  2. Não era mandamento. O sétimo dia da criação não era mandamento, mas revela a necessidade natural do descanso de toda a natureza. O repouso noturno de cada dia não é suficiente para isso. Deus abençoou e santificou esse dia não somente para comemorar a obra da criação mas para que, nesse dia, todos cessem o trabalho e assim descansem física e mentalmente para oferecer o seu culto de adoração a Deus.
  3. Os patriarcas não guardaram o sábado. O livro de Gênesis não menciona os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó observando o sábado. Segundo Justino, o Mártir, Abraão e seus descendentes até o Sinai agradaram a Deus sem o sábado (Diálogo com Trifão 19.5). Irineu de Lião diz que Abraão, “sem circuncisão e sem observância do sábado, ‘acreditou em Deus e lhe foi imputado a justiça e foi chamado amigo de Deus’” (Contra as Heresias, Livro IV, 16.2).
III. O SÁBADO LEGAL
  1. Significado. É o sétimo dia da semana no calendário judaico, marcado para repouso e adoração. Foi introduzido no mundo pela lei; é o sábado legal dado aos israelitas no Sinai. Nenhum outro povo na história recebeu a ordem para guardar esse dia; é exclusividade de Israel (Êx 31.13,17). O sábado e a circuncisão são os dois sinais distintivos do povo judeu ao longo dos séculos (Gn 17.11).
  2. O sábado do Decálogo. A expressão “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar” (Êx 20.8), remete a uma reminiscência histórica e, sem dúvida alguma, Israel já conhecia o sábado nessa ocasião. Mas parece não ser referência ao sábado da criação. Ele aparece na promulgação da lei (Êx 20.11), contudo, essa reminiscência não reaparece em Deuteronômio (Dt 5.12-15). Trata-se, com certeza, do sábado que o povo não levou a sério no deserto (Êx 16.22-29).
  3. Propósito. A instituição do sábado legal no Decálogo tinha um propósito duplo: social e espiritual. Cessar os trabalhos a cada seis dias de labor era dar descanso aos seres humanos e aos animais e dedicar um dia para adoração a Deus. É um memorial da libertação do Egito (Dt 5.15). Duas vezes é dito que o sábado é um sinal distintivo entre Deus e a nação de Israel (Êx 31.13,17).
IV. UM PRECEITO CERIMONIAL
  1. O sacerdote no Templo. O Senhor Jesus Cristo disse mais de uma vez que a guarda do sábado é um preceito cerimonial. Ele colocou o quarto mandamento na mesma categoria dos pães da proposição (Mt 12.2-4). Veja ainda a que Jesus se referia quando falou a respeito desse ritual mencionado em Êxodo 29.33, Levítico 22.10 e 1 Samuel 21.6. Disse igualmente que “os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa” (Mt 12.5), ao passo que não existe concessão para preceitos morais.
  2. A circuncisão no sábado. Se o oitavo dia da circuncisão do menino coincidir com um sábado, ela tem que ser feita no sábado, nem antes e nem depois. Assim, Jesus mais uma vez declara o quarto mandamento como preceito cerimonial e coloca a circuncisão acima do sábado (Jo 7.22,23 cf. Lv 12.3). Um mandamento moral é obrigatório por sua própria natureza.
V. O SENHOR DO SÁBADO
  1. O sábado e a tradição dos anciãos. Os quatro evangelhos registram os conflitos entre Jesus e os fariseus sobre a interpretação do sábado. A tradição dos anciãos criou 39 proibições concernentes ao sábado, mas o Senhor Jesus disse que é “lícito fazer bem no sábado” (Mt 12.12). Isso Ele fez (Mc 3.1-5; Lc 13.10-13; 14.1-6; Jo 5.8-18; 9.6,7,16) e, por isso, nós devemos fazer o bem, não importa qual seja o dia da semana.
  2. Jesus é o Senhor do sábado (Mc 2.28). O sábado veio de Deus e somente Ele tem autoridade sobre essa instituição. Então, não há outro no universo investido de tamanha autoridade, senão o Filho de Deus. A expressão “o Filho do Homem”, no singular, é título messiânico, não é usual ou comum às outras pessoas. Está claro que Jesus se referia a Ele mesmo. Jesus disse que os seres humanos não foram criados para observar o sábado, mas que o sábado foi criado para o benefício deles (Mc 2.27).
  3. Dia do culto cristão. O primeiro culto cristão aconteceu no domingo e da mesma forma o segundo (Jo 20.19,26). Nesse dia o Senhor Jesus ressuscitou dentre os mortos (Mc 16.16). O dia do Senhor foi instituído como o dia de culto, sem decreto e norma legal, pelos primeiros cristãos desde os tempos apostólicos (At 20.7; 1Co 16.2; Ap 1.10). É o “sábado” cristão! O sábado legal e todo o sistema mosaico foram encravados na cruz (Cl 2.16,17), foram revogados e anulados (2Co 3.7-11; Hb 8.13). O Senhor Jesus cumpriu a lei (Mt 5.17,18), agora vivemos sob a graça (Jo 1.17; Rm 6.14).
CONCLUSÃO
A palavra profética anunciava o fim do sábado legal (Jr 31.31-33; Os 2.11). Isso se cumpriu com a chegada do novo concerto (Hb 8.8-12). Exigir a guarda do sábado como condição para a salvação não é cristianismo e caracteriza-se como doutrina de uma seita.
PARA REFLETIR
Sobre o Sábado:
Quando Deus descansou no sétimo dia, Ele parou de trabalhar?
O sábado institucional resgata a ordem natural das coisas. Explique.
É pecado trabalhar no domingo, o dia do Senhor? Quem não guardar o sábado pode perder a salvação?
Por que o domingo é “o dia do Senhor” para os cristãos?