sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

PARA O ANO DE 2014: ORAR AINDA É O MELHOR REMÉDIO


( Breve reflexão sobre a oração do profeta Habacuque )

Habacuque: 3:17-19 - "Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação. O SENHOR Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas”.

Quando lemos o Livro do Profeta Habacuque, temos a nítida impressão de estarmos diante de um escritor inteligente e ao mesmo tempo sensível. Seu diálogo com Deus nos capítulos 1 e 2 nos faz enxergar um patamar de intimidade com o Divino pouco visto nas Escrituras. Sua postura frente aos pecados de Judá e seu questionamento ante o método usado por Deus para trazer justiça ao seu povo, revelam um caráter moldado pela oração, um ministério envolto no canto e na adoração. O último capítulo é um cântico de louvor e exaltação a Deus por compreender Seu processo para trazer a paz.

Quantas vezes não entendemos o modo de Deus agir e, por vezes, não sabemos o porquê de Ele permitir a doença, o desemprego, a angústia, o problema na vida conjugal e até o desespero frente aos problemas que julgamos insolúveis. Todavia, no diálogo com Deus, ou seja, na oração, Habacuque encontra a resposta para suas dúvidas e questionamentos. À espera de Deus na Torre de Vigia, ele pôde ver o fim do ímpio e do justo, e compreender que Deus é Soberano e que está no controle de todas as coisas. Ainda que não entendamos o processo de Deus, devemos nos colocar em oração em nossa torre e esperar a resposta para nossas causas, pois servimos a um Deus fiel e bondoso.

Portanto ainda que não haja explicação médica convincente e solução para o quadro clínico anunciado, ainda que os problemas se avolumem sobre nossas cabeças nos tirando a paz, ainda que não entendamos o problema da escassez ou a ausência do melhor amigo, ainda que o desemprego bata nossa porta, e o medo do futuro queira nos fazer descrer da Promessa, creremos NEle e nos colocaremos humildes em oração até que passem as tempestades e as calamidades, e venham os tempos de bonança e refrigério pela resposta de Deus. Ainda que mudem as leis e os tempos, creremos NEle e O exaltaremos por Sua grandeza e bondade (Sl. 46. 2,3; Jó 13.15; Sl. 23.4).

Ainda que a pobreza e a miséria nunca venham a ser erradicadas; ainda que a violência e o grito de suas vítimas sobreponham-se ao louvor das igrejas; ainda que o ímpio governe, decrete leis injustas e persiga a Igreja; ainda que muitas denominações não honrem o nome do cristianismo histórico e blasfemem das doutrinas ortodoxas; ainda que as heresias proliferem no seio do cristianismo hodierno, creremos NEle e exaltaremos o Deus de nossa salvação.

Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

HISTORIADOR DIZ QUE JESUS NÃO EXISTIU E QUE O CRISTIANISMO TEM SIDO UMA CATÁSTROFE


Defensor de uma teoria de que a História de Jesus foi um produto do Império Romano para pacificar as revoltas do povo judeu, o teólogo americano, de origem budista, afirma que Jesus nunca existiu e que o cristianismo tem errado em todos os eventos da história.
Ora, depois de tantos eventos históricos, geográficos comprovados nos evangelhos e depois de tantos achados arqueológicos que confirmam a historicidade não somente de Jesus, mas de Pedro, Paulo, João, Tiago, entre outros, vem um "teólogo" (de origem budista) negar a existência de Jesus de Nazaré. Além do que, suas críticas contra o cristianismo encontram interesses que vão além da venda de livros pelo mundo, mas uma desvelada intenção de desacreditar o cristianismo, inclusive, dizendo que as pessoas não devem ter medo de viver em um mundo sem o Cristianismo. Ou seja, "abandonem o Cristianismo e seus valores, pois eles não valem e nunca valeram nada do ponto de vista moral". É mais um absurdo de nossos últimos dias. 
Às vésperas de sua palestra Covert Messiah em Londres neste sábado, o pesquisador americano Joseph Atwill foi muito além de suas recentes afirmações de que a figura de Jesus Cristo é uma completa fabricação da aristocracia romana. Em entrevista exclusiva ao Terra, Atwill, 64 anos, disse que o cristianismo foi inventado durante o Império Romano para controlar as massas e, até hoje, só causou danos à sociedade.
"Acho que o cristianismo tem sido uma catástrofe. Se você olhar na história, ele criou a Idade das Trevas, as Cruzadas foram uma desgraça absoluta e a Inquisição também foi uma abominação moral. Se você observar o século 20, as nações cristãs massacraram umas às outras, com mais de 120 milhões de pessoas morrendo em guerras. Acredito que as pessoas não deveriam ter medo de um mundo sem cristianismo fazendo o papel de uma força moral maior, porque observando eventos anteriores, o cristianismo não foi bem sucedido no passado", disse.​
Apesar de tocar em um assunto polêmico como religião, Joseph Atwill ainda revelou que não se intimida com as críticas ao seu trabalho. "O que fiz foi colocar dois livros, A Guerra Judaica, de Flávio Josefo, escrito no século I, e o Novo Testamento, lado a lado e tracei paralelos entre eles. Essa análise pode ser feita por qualquer pessoa com senso comum. As evidências falam por si só. Ao comparar os textos, cada indivíduo pode tirar suas próprias conclusões", acrescentou Joseph, que explica essa série de coincidências em seu livro Caesar’s Messiah (O Messias de César, em tradução livre). 
Praticante de budismo, Joseph Atwill acrescentou que não acredita nem desacredita em Deus e que seu intuito é fazer com que as pessoas tenham suas experiências baseadas na verdade.
“Não sou ateu. Eu simplesmente estou tentando encontrar a verdade. Estou aberto à questão de Deus e procurando uma resposta. Uma das razões pelas quais quero saber a verdade sobre o Novo Testamento é o fato de que é uma pergunta que tenho curiosidade para saber a resposta, assim como todo mundo. Não tenho boas respostas, não sou um líder espiritual, só tento meu melhor”.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

IMAGENS DO HORROR NA SÍRIA: ATÉ QUANDO?!

São milhares de mortos nos confrontos na Síria, conflito que já vem de longe. Nesses últimos dias um ataque de armas químicas vitimou cerca de 1.300, as maiores vítimas são as crianças. O desespero toma conta da Síria. O horror da guerra leva as crianças que escaparam ao desespero. Até quando veremos imagens como essas e ficaremos calados? Até agora não vi nenhum blog evangélico indignado com essa situação. Posso estar enganado, mas não vi nenhum blogueiro evangélico se manifestar. Será que estamos achando normal tudo isso e não nos importamos com a dor deles ou com suas almas? 
O que a ONU está fazendo? Por que não pode impedir o ataque? O que o governo brasileiro vai fazer? Nada? Nenhuma tomada de posição? Já em 10 de junho deste ano imagens com crianças cruelmente assassinadas tomaram as páginas dos jornais de todo o mundo na internet. Alguém pode dizer: "Não é comigo" ou "são inimigos de Israel., que se danem". Antes de não serem de sua importância ou inimigos de Israel, essas pessoas têm alma e são igualmente preciosas para Deus, o Deus dos gentios, o Deus das missões. Se não se comove com tais horrores, ao menos ore para que imagens como essas não voltem a assombrar o mundo ou ainda, que sejam tidas como normais e naturais. 

Maranata. Ora vem Senhor Jesus.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

A ASSEMBLEIA DE DEUS MUDOU


Muitos têm escrito sobre isso e não quero afrontar o texto ou o pensamento de ninguém. Para mim a igreja nasceu em 12 de setembro de 1982, quando conheci o senhorio do Senhor Jesus. Que dia memorável! Passados 30 anos e não consigo esquecer a noite daquele dia. Cada detalhe está registrado na minha memória como se fossem imagens fresquíssimas. Por falar em memória, muitas são as lembranças daqueles tempos em que ouvia-se melhor louvor e a mensagem da Cruz era a tônica, seguida da doutrina da santificação e esperança da Vinda de Jesus. Que boas lembranças das manifestações espirituais genuínas regadas de comoção verdadeira em um universo e ambiente cheios de temor a Deus e de santa obediência por amor.

Não sou capaz de descrever o que ocorreu nos outros cerca de 70 anos passados desde 1982, mas o que ouço dos velhinhos que conheceram os missionários e os receberam em suas casas, do modo como procediam e do modo como nossa igreja cresceu é de tirar o fôlego! Quem viu e ouviu, como eu, Alcebíades Pereira Vasconcelos e Eurico Bergsten ensinando acerca da Bíblia, da Doutrina e Teologia Pentecostal sabe do que estou falando. Não é para se comparar com os “doutores” arrogantes em muitos de nossos congressos. Havia graça abundante nesses homens e havia um comprometimento que hoje não se vê facilmente. Sobejavam em carisma, unção, sabedoria e humildade.

Rejeito o rótulo de saudosista, pois tenho pregado e ensinado em diversos lugares que amo a igreja do meu tempo. É a melhor igreja de todos os tempos, pois é a minha igreja! Todavia, os dons eram mais abundantes no passado, as profecias eram verdadeiras e cumpriam-se cabalmente. Já nos primeiros dias de minha conversão, ouvia dos mais espirituais: “Haverá um tempo em que não teremos essa liberdade espiritual que temos hoje, por isso devemos aproveitar bem esse tempo para orar e buscar ao Senhor”. Eles estavam certos. Eu pensava que faziam referência à perseguição, mas falavam de apatia espiritual. Hoje alcançamos praticamente todo o país, somos ricos e temos uma igreja grande, forte e influente. Temos representantes em todas as esferas do poder; ótima aparelhagem de som e ótimos profissionais nessa área; templos grandes e suntuosos, com estacionamentos amplos, berçário; equipes de TV e mídia; grandes pregadores e excelentes cantores. Todavia, temos muita técnica, muitos talentos e pouquíssima inspiração. Claro que há exceções.

Tenho contato com muitas pessoas que admiram minha igreja porque foram assembleianos um dia, outro tanto que gosta dela porque seus pais são de lá, mas resolveram seguir outra igreja porque a “bléia” (expressão deles) é muito rígida e não conseguiram seguir os usos e os costumes, etc. Outros ainda saíram por conta de escândalos regionais e divisões. Que pena! Perdemos tantos membros! Muitos deles ingressaram em igrejas descompromissadas, sem um histórico doutrinário e ficaram à deriva sem saber em que crerem e muitos nem sabem explicar a razão de sua fé. Lembra bem o diálogo de Jesus com a samaritana: “Vós adorais o que não sabeis”. Vamos pagar por isso, aliás, já estamos pagando! Contudo, muitos outros se sentem felizes em suas novas denominações, o que devemos respeitar. E o que falar de igrejas fundadas por pastores que saíram da gloriosa Assembleia de Deus e estão crescendo com Graça?

Sim, mudamos! E poderíamos falar sobre mudanças de outras naturezas... Mas, aí teríamos que escrever um livro. 

Amo minha igreja, porém, será que está valendo a pena ser grande, rico, importante, influente e não ter o carisma de nossos pais? De fato o que me preocupa não é tanto o presente, mas o futuro dessa igreja tão abençoada! Penso que seria melhor discutirmos o que será dessa igreja nos próximos cem anos e o que poderíamos fazer com relação à Igreja de nossos filhos, as novas gerações! 

Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

IGREJA ATUAL: CRESCIMENTO SEM PROFUNDIDADE

Por Claudionor de Andrade

Acabo de ler o último livro de John Stott (1921-2011). Publicado em 2010, O Discípulo Radical traz o adeus singelo e carinhoso do teólogo inglês: “Ao baixar minha caneta pela última vez (literalmente, pois confesso não usar computador), aos 88 anos, aventuro-me a enviar essa mensagem de despedida aos meus leitores. Sou grato pelo encorajamento, pois muitos de vocês me escreveram”. Algumas linhas adiante, despede-se ele de seus amigos e discípulos: “Mais uma vez, adeus”. O livro não é só despedida; é um alerta grave e urgente à nossa cristandade. Ao descrever o perfil da igreja evangélica atual, o irmão Stott, já bastante apreensivo, preferiu ser econômico nas palavras: “Crescimento sem profundidade”.

Constranjo-me a concordar com a análise de Stott. Sei que não devo generalizar, pois ainda há rebanhos sadios e bem nutridos. Mas a verdade é que nunca as igrejas estiveram tão cheias de crentes tão vazios. O que está acontecendo conosco? De imediato, seja-me permitido apontar dois fatores que vêm orfanando os filhos de Deus: a substituição do Cristo eterno pelo Jesus secular e a retirada da cruz da mensagem evangélica.

Ao invés do Cristo eterno, o Jesus secular
O maior inimigo de Cristo na presente década é o Jesus que nós, evangélicos, criamos no século passado. Parece que, no armário de nossa teologia, há sempre um “Jesus” pronto a justificar-nos todos os disparates e ambições. Tal Jesus, porém, está longe do Cristo morto e ressurreto do Evangelho. O interessante é que, há bem pouco tempo, não poupávamos ataques ao Jesus comunista da Teologia da Libertação. Mas acabamos por inventar um bem pior. Capitalista e terreno, nosso Jesus desenvolveu uma ação preferencial pelos ricos, e já não se acanha em especular na bolsa dos valores invertidos e efêmeros. Ele induz o povo de Deus a transformar pedras em pães, a saltar do pináculo do templo e a curvar-se ante o príncipe desta geração – o maldito e perverso Mamom.

Na promoção do Jesus capitalista, alguns mestres e doutores estão tornando o rebanho de Deus dependente de um cristianismo sem Cristo: é o ópio do atual evangelicalismo. Não foi essa, porém, a mensagem que Paulo expôs aos coríntios. Professando estar comprometido com o evangelho genuíno e radical, escreve o apóstolo: “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1Co 2.2).

Se quisermos um crescimento com profundidade, temos de nos voltar, com urgência, ao Cristo anunciado pelos santos apóstolos: morto, crucificado e ressurreto. O Jesus do Calvário é insubstituível e inimitável.

Ao invés da Palavra de Deus, a palavra do homem

Quem prega um Jesus diferente do Cristo apostólico acabará por expor um evangelho estranho à mensagem da cruz. Assim como a Lei de Moisés nada era sem os Dez Mandamentos, de igual modo o Sermão do Monte: de nada nos valerão suas bem-aventuranças sem as reivindicações éticas do Mestre. Logo, não posso aceitar uma mensagem politicamente correta se, profeticamente, for inconsistente e permissiva. Afinal, fomos chamados a atuar como homens de Deus e não a representar como homens do povo. Nosso compromisso é com a Palavra de Deus.

Na ânsia por aumentar seus rebanhos, há pastores que retiram a cruz de suas mensagens, tornando-as mais palatáveis. Já descompromissados com o Sumo Pastor, não mais falam o que os crentes necessitam ouvir, mas o que os seus clientes querem escutar. Se estes não mais suportam a sã doutrina e, acriticamente, consomem o que lhes chega ao aprisco, por que se afadigar em servir-lhes o genuíno alimento espiritual? Ao invés do texto bíblico, um pretexto casuístico e oportunista. Não sei que nome dar a esse tipo de sermão. De uma coisa, porém, não tenho dúvidas: deve ser muito eficiente, porque infla as igrejas e engorda os rebanhos. Nesses currais, porém, as ovelhas não são fortes: são obesas de si mesmas. Embora comam muito, alimentam-se mal. Acham-se à beira da inanição. A mensagem pode ser eficiente, mas é ineficaz para nutrir as almas que anseiam por Deus.

Em toda a história da Igreja Cristã, nunca se consumiu tantos livros e sermões. E, apesar disso, nunca se viu tantos crentes gordos de si e magros de Deus. Essa gente enche os templos e inflaciona as estatísticas, gerando um crescimento raso.

Não sou contra o aumento do rebanho de Cristo. Se o Evangelho é pregado é natural que se distendam os redis. Haja vista a Igreja Primitiva. Passados trinta anos, desde o Pentecostes, as conversões multiplicaram-se em Jerusalém, tomaram toda a Judeia e Samaria, alcançando os confins da terra. Aliás, havia convertidos até mesmo na casa de César. Mas era crescimento profundo e radical – enraizado na doutrina dos santos apóstolos.

Só pode haver crescimento genuíno com maturidade espiritual. Há uma grande diferença entre o fruto que por si mesmo amadurece e o que é posto na estufa. Este pode ser até maior, mas jamais terá a doçura daquele. Infelizmente, muitas igrejas tornaram-se estufas de crentes. Suas mensagens, geradas em eficientes departamentos de marketing, engrandecem o homem e diminuem Deus, exaltam a bênção e humilham o Abençoador, menosprezam a doutrina da santificação por já não prezarem o santíssimo Deus.

Aferindo a qualidade do rebanho de Cristo

Temos de aferir nossa qualidade não pelas estatísticas, e, sim, pela doutrina dos apóstolos. Antes recorríamos à Bíblia e, humildemente, cotejávamos a nossa vida de acordo com a Palavra de Deus. Hoje, buscamos os gráficos do IBGE e nos aborrecemos quando nossas expectativas não são cumpridas. Dessa forma, viemos a substituir o imperioso “ide” do Mestre por metas empresariais. E, sempre que estas são batidas, distribuímos galardões: reajustes salariais, viagens e presentes. Se continuarmos assim, não estou certo se haverá alguma coisa a recebermos no Tribunal de Cristo, pois a nossa premiação eterna já está sendo usufruída no tempo.

John Stott não estava errado. A igreja evangélica cresceu e já é contada aos milhões. Somos, de fato, um oceano vasto, azul e belo. Infelizmente, tal oceano pode ser atravessado com as águas pelos artelhos. Quem dera fôssemos como o poço de Jacó! Não tinha a boca grande nem arrogante. Sua profundidade, contudo, era insondável. Para que isso venha a acontecer, faz-se urgente que voltemos ao Cristo de Deus, e deixemos de lado os “jesuses” que, todos os dias, tiramos de nossa prateleira teológica. Além disso, faz-se urgente recolocarmos a cruz em nossas mensagens.


Se agirmos assim, nosso crescimento terá a profundidade do rio de Ezequiel. De caudaloso e insondável, terá de ser transposto a nado. Basta de pregarmos o que o povo quer ouvir. Falemos o que as pessoas precisam escutar. Além do mais, na Igreja não temos clientes, mas ovelhas ansiosas por ouvir o Bom Pastor.

Também vi no blog Pregai o Evangelho do meu Amigo Xavier Campos


quarta-feira, 19 de junho de 2013

O BRASIL, A IGREJA E A POLÍTICA PÃO E CIRCO



Na abertura da Copa das Confederações, estreia da seleção brasileira contra o Japão, assisti com tristeza, a Rede Globo informar que havia em Brasília, além do jogo no Estádio Mané Garrincha, nove telões espalhados por toda a cidade, reunindo cerca de 70.000 pessoas pelas ruas da capital. Haveria ainda, segundo a emissora de televisão, um show no final do dia com a presença de muitos artistas, o que elevaria o número da multidão para algo em torno de 300.000 espectadores. Outros telões teriam sido espalhados em todas as regiões do país. 

Imediatamente pensei em escrever sobre minha indignação, todavia não o fiz na hora. Hoje, porém, por entender que as medidas para conter o povo entretido com espetáculos e shows ditos "culturais" continuavam em pauta em terras brasileiras, trazendo de volta a velha e conhecida política do império romano, que ocupava a população com alimento e divertimento a fim de que o povo não se aculturasse e não promovesse uma revolução, lembrei-me dessa prática romana: pão e circo (panem et circenses, do latim),  que resumia-se na distribuição de cereais e na criação de eventos como lutas nas arenas (onde muitos cristãos morreram), apresentações teatrais e as corridas de bigas. Essa política de oferecer entretenimento à população, afastava o povo dos reais problemas estruturais, políticos e sociais do império.

No Brasil, depois de tantas viradas culturais promovidas pelas secretárias de cultura das capitais, após tantos mega-shows, passadas as propagandas pirotécnicas para promover uma Copa do Mundo sem estruturas, enquanto o povo vive cada vez pior, vemos uma manifestação popular como não se via há cerca de 20 anos. Até mesmo os brasileiros que vivem no exterior resolveram se manifestar de igual modo. Não estou defendendo manifestações que trazem depredações, saques e desordens. Se essas manifestações serão benéficas para a nação somente o futuro, a história, o dirá. Uma coisa é certa: estão servindo para abrir os olhos dos parlamentares desonestos e mentirosos, que prometem e não cumprem. Também estão desempenhando papel importante para quebrar o orgulho dos governantes brasileiros que achavam-se até então populares e inatingíveis, discursando todos os dias e dizendo que o Brasil não está em crise, quando as estatísticas mostram que a economia estagnou há muito tempo e o resultado dessa estagnação se vê claramente no "PIBinho" brasileiro.   

O Brasil, a Igreja e a Política Pão e Circo, o título desse post, nasceu de uma reflexão acerca do atual momento que vive nossa nação e do desejo de fazer uma transposição que nos levará a enxergar que os mega-shows evangélicos, as grandes vigílias - onde o que menos vê é oração e que eles chamam de "Vigilhão" (sic), os grandes congressos promovidos por igrejas que convidam cantores e agendam grupos famosos para reunir multidões, tendem a encobrir a verdadeira situação das igrejas evangélicas que estão atravessando uma crise moral e espiritual. Tal qual a política romana, tentam esconder os escândalos, os erros e as mazelas de certas lideranças. É, portanto, do interesse desses líderes que seus liderados não conheçam a Palavra, a doutrina, suas histórias de vida, posto que desse modo se torna mais fácil manipulá-los e impedir um crescimento consciente que traga uma mudança, uma revolução sadia, para nossas denominações.

Ainda ontem vi um vídeo onde um cidadão que a si mesmo se diz apóstolo (vide Ap. 2.2) e que enganou muita gente boa e bem intencionada com pretexto de métodos para crescimento da igreja, consagrou sua própria mãe, pasmem os leitores, a "apóstola-matriarca", afirmando que sua progenitora é possuidora de um "útero profético". Sem falar dos desmandos daqueles que começaram bem, mas perderam a visão em nome de uma teologia que traz lucros somente para seu próprio bolso e confere status de líder espiritual e político entre os evangélicos. Outros caídos refugiam-se e encastelam-se de maneira que de seus bunkers enviam mensagens pelas redes sociais a fim de enganar grande parte dos cristãos com suas heresias baseadas na nova doutrina inclusiva, no "amor" sem compromisso e na "graça" barata. Outros ainda se perpetuam no poder e tornam-se estatutariamente vitalícios não dando chances, nem voz aos "adversários", fazendo da igreja carreira política para si e para sua prole. É o chamado nepotismo cristão evangélico. Como as autoridades brasileiras, discursam dizendo que está tudo bem com a Igreja, sentindo-se populares e  inatingíveis. Todavia, os escândalos de ordem moral e financeira dão conta de outra realidade.

Quanto mais congressos gigantescos, quanto mais shows-gospels, quanto mais dinheiro se gastar pagando cachês altíssimos às celebridades da música nos "arraiás evangélicos", quanto mais gente entretida com eventos dessa natureza, como "festas jesuínas", quanto mais marchas com dinheiro dos cofres públicos e da Rede Globo, entre outras coisas, melhor para esses senhores. Contudo, não é de hoje que se avizinha e se anuncia nas redes sociais muitas vozes e muitos movimentos contrários às práticas desses comandos. É verdade que  logo são tachados de idiotices e heresias de gente que não tem o que fazer, porém, estão tomando forma e já existe um grupo considerável de cristãos mais afeitos à crítica por conta dos desmandos desses guias. 

Embora os cristãos sejam muito ordeiros deve-se lembrar que em outros tempos o povo de Deus comportou-se de modo a não aceitar condutas imorais ou erros doutrinários crassos e promoveram mudanças radicais que marcaram a história da Igreja. Sou a favor de uma reforma nos sítios cristãos e engrosso o coro dos que, insatisfeitos com os resultados de um cristianismo que não promove consciência cristã crítica e uma visão sócio-política, pretendem uma igreja mais influente no curso  da sociedade brasileira.

A solução é a conscientização do Corpo de Cristo quanto a esses cabeças e  quanto ao seus comandos desastrosos, fugindo de tudo que cega o entendimento, e promovendo o Reino. Acredito que devemos  repensar essa forma de liderança que se utiliza, de forma equivocada, do poder da mídia ou dos estatutos e regimentos internos para manobrar e manipular as massas. Creio que está chegando um tempo em que novas lideranças surgirão, visando uma nova ordem para a igreja 
        
Deus abençoe a todos.
Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!

segunda-feira, 25 de março de 2013

RESGATANDO A ESSÊNCIA DO EVANGELHO

Por Pr. Guedes Maia

RESGATANDO A ESSÊNCIA DO EVANGELHO

O Evangelho é boas novas ou notícias alvissareiras. O arauto era um representante do rei enviado às províncias para anunciar ao povo as boas novas do reino. O profeta João Batista foi o arauto do Reino de Deus, anunciando uma nova visão e uma nova ética. A mensagem do reino em sua versão mais completa seria entregue pelo próprio rei, que ora vinha também na qualidade de profeta: Jesus de Nazaré. Vemos essa ética até mesmo na ocasião de seu batismo quando João alegou que precisava ser batizado por Ele, todavia, depois de insistir, cedeu aos argumentos do batizando: “Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça”. 


Não é de hoje que a igreja vem sofrendo com as investidas contra a ética e a justiça dentro de seus termos. Isso não só repercute negativamente dentro e fora do cristianismo autêntico como enfraquece as bases das virtudes encontradas na religiosidade chamada evangélica. No decorrer dos anos, a igreja tem sido vítima dos piores ataques contra o evangelho autêntico. Sem recorrermos aos já conhecidos movimentos heréticos históricos, como ebionismo, arianismo, docetismo, gnosticismo,  apolinarianismo, montanismo, entre outros, embora cada um desses movimentos tenha sua importância e contribuição para a apologética, queremos fazer menção aos tempos hodiernos e aos novos paradigmas que solapam o combalido cristianismo atual. 


Uma grande revista cristã em nosso país¹ trouxe uma matéria intrigante sobre a perda da essência do evangelho na Europa e aborda a crise evangélica cristã nos seguintes termos: “O caminho da fé traçado pelos cristãos durante séculos parece abandonado”.  Ao apresentarem a necessidade de uma re-evangelização no velho continente, os editores daquela matéria definiram a tarefa como “colocar as pessoas outra vez na órbita de Cristo”. Contudo, não é tarefa das mais fáceis, posto que o evangelho para quem perdeu a essência não é novo, nem bom. “Não é novo porque o cristianismo já foi experimentado” e “não é bom porque o cristianismo se tornou desnecessário”. Assim, o cristianismo foi comparado a uma mulher divorciada, que enquanto solteira “tinha esperanças, sonhos ideais e aspirações”, porém, divorciada, “sofre de frustrações, lembranças amargas, experiências desagradáveis e apatia” espiritual.


O cristianismo brasileiro caminha a passos largos para o divórcio com Cristo. Já dizia alguém que a apostasia começa no joelho. Somos uma geração que não ora, que não lê as escrituras e que não faz nenhuma reflexão séria e profunda sobre a ética e a essência do evangelho. Os apologistas, defensores da fé e da doutrina cristã, são discriminados e tidos como fanáticos desnecessários e personae non gratae ao mais novo estilo de vida gospel. Embora concordemos com Karl Barth, que dizia que a defesa do evangelho é o próprio evangelho, vemos uma necessidade de resgatar sua essência, posto que o mesmo só possa exercer sua própria defesa onde se prega ou ensina a verdadeira boa nova.


O tempo e o espaço trouxeram consequências e mudanças na visão comprometida do reino.  Visando abrir os olhos dos leitores, apresentamos algumas visões que caracterizam o movimento gospel e expomos nossa humilde colaboração para renovo da fé e prática no seio cristão. 


Visão Antropomórfica


Trazer as pessoas de volta à órbita de Cristo é o árduo desafio da igreja brasileira hodierna, mesmo porque vivemos um cristianismo sem sal, onde o que prevalece é a cultura show-gospel, onde prevalecem as luzes coloridas que tentam ofuscar o brilho de Cristo em nossos cultos e liturgias. O homem deseja ser como Deus desde os primórdios, as criaturas rebeladas aspiram tomar o lugar do criador mesmo antes que houvesse existência humana na terra e criam para si mesmos palcos e acendem os holofotes para centralizarem a criatura: o homem, seu instrumento de glória. Pregadores e suas mensagens já não glorificam a Cristo e, de longa data, esqueceram a base cristocêntrica em suas pregações, detendo-se a conceitos puramente humanos e, por vezes diabólicos, destronam Cristo e entronizam seus próprios egos inflados de vanglória. Cantores, tidos como sacros, abandonaram, em seus louvores o eixo da cristologia básica e interpretam canções ocas, vazias de conteúdos e significados bíblicos ou doutrinários. Líderes de ministérios aparecem em fotos exclusivas nas portas de suas denominações e exploram ao máximo suas imagens, levando o povo a associar sua fé ao líder-fundador  (Jo. 6.66-69).


Visão Mercantilista


Nosso cristianismo é como aquela mulher divorciada que perdeu os sonhos e aspirações do primeiro amor e agora, com as experiências desagradáveis do mercantilismo, se vê frustrada e apática espiritualmente. O mercantilismo nas igrejas imergiu uma multidão a um plano secundário de fé, oferecendo prosperidade material e sucesso em curto prazo, os mercantilistas cristãos induzem inúmeros consumidores de seus produtos a uma condição inferior de crença, dissociada de Cristo, e a um plano secundário, adoecendo os que aderem e minando as bases da verdadeira doutrina. Com promessas delirantes de vida melhor no contexto desse mundo, que é lugar de aflição, juram e oferecem conforto e bem estar. Assim, os novos cristãos se apegam aos bem materiais como a coisas mais essenciais e necessárias à sua condição de existência. Associada ao espirito consumista de nosso século, a visão dos mercadores religiosos, convence os crentes a comprarem seus produtos e mensagens, transtornando assim o evangelho e frustrando milhões de consumidores com suas falácias, distorcendo as escrituras (Gl. 1.6-9) e afastando-os do genuíno, puro e simples evangelho de Jesus Cristo. O evangelho virou negócio e domínio de poucos (II Pd.2.3) .


Visão Imperialista

O mais novo empreendimento e “conquista” dos novos visionários evangélicos, que estão ascendendo, ao poder é a expansão de seus próprios reinos ou negócios, muito mais que o Reino de Deus. Pasmem os leitores, mas os novos mandatários do poder gospel descobriram uma fórmula ou uma forma de evangelizar inédita e inaudita: comprar igrejas com porteiras fechadas. Aliás, nada é tão novo assim, pois essa prática, já de longa data, é muito comum entre empresários do agronegócio, fazendeiros e latifundiários. Comprar uma igreja com porteira fechada significa comprá-la com tudo o que tem dentro: prédios, cadeiras, aparelhagem de som e, claro, os crentes, com sua capacidade de receita (leiam-se dízimos e ofertas).  Desse modo, alegando fazer missões, justificam o “crescimento” de seus ministérios e podem pedir mais dinheiro aos investidores, patrocinadores ou parceiros para ampliação e expansão de sua visão única, concedida por Deus somente a eles. Movidos por uma espiritualidade jamais vista, tais homens alegam ser pessoas especiais, chamadas por Deus para promoverem uma revolução e utilizam-se do evangelho para aliciar adeptos incautos com seus discursos atrativos. Quem não se lembra de uma letra poética e crítica de denúncia social que varreu o Brasil no final dos anos 70: “Êh, vida de gado, povo marcado, êh, povo feliz”. Assim, o povo de Deus tem sido tratado como massa de manobra e defesa de direitos imperialistas religiosos (I Pd. 5.2,3).

Pelo Resgate do Evangelho

Urge a necessidade de mudança, ou melhor, de um retorno ao verdadeiro cristianismo. Faz-se necessário uma reforma para além da Reforma Protestante, uma vez que necessitamos de uma reforma eclesiológica que venha atender as aspirações do coração de Deus nas escrituras e restabelecer as bases da verdadeira doutrina cristã, desprezada pelos cristãos brasileiros, onde Cristo seja o centro de nossas vidas, cultos e liturgia. Assim como os europeus e em outras nações espalhadas pelo mundo, corremos o risco de vivermos frustrados, posto que, divorciados da essência, seríamos apáticos espiritualmente e adoecidos na práxis cristã.  Os líderes do chamado movimento neopentecostal, a teologia da prosperidade, a confissão positiva e a visão deturpada do G12, entre outros, são os culpados diretos e têm contribuído para o desvio doutrinário e litúrgico em nossas igrejas.  Há necessidade de um choque pelo evangelho genuíno, pela pregação cristocêntrica, pela hinódia inspirada nas páginas da Bíblia, pela ética cristã; de uma ruptura com conceitos equivocados e práticas inadequadas da fé pela fé, por exemplo, e um retorno imediato à pureza e simplicidade que há na Pessoa de Cristo e em Suas palavras e Ensinamentos.
 
Que Deus tenha misericórdia da igreja no Brasil e levante vozes como a de João Batista com uma nova proposta de Reino, que na realidade é a mesma que sempre esteve no coração do Pai e faça nascerem precussores de uma nova reforma nos quatro cantos de nosso país, visando a volta aos princípios da Palavra. Envie obreiros comprometidos com a Verdade e estabeleça pregadores que preguem a Cruz. Que nosso hinário se debruce sobre a cristologia e que os líderes abandonem a prática mercantilista e imperialista a fim de vivermos o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo: “Poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm. 1.16).
¹ http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/337/a-europa-se-perdeu-e-precisa-de-jesus

Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

ELEIÇÕES NA CGADB: UMA ASSEMBLEIA DE DEUS DA PROSPERIDADE E GEDOZISTA?


As Assembleias de Deus acabam de completar seu primeiro centenário no Brasil. Contrariando todos os prognósticos de que depois de 50 anos as igrejas declinam, as Assembleias de Deus cresceram mais e chegam ao início do segundo centenário como uma potência inimaginável pelos seus precursores. Fez história, alastrou-se em nosso solo, cresceu em membresia e patrimônio, promoveu lideranças, e sofreu divisões, como toda igreja com tendência para ser grande.

Em abril próximo, se dará em Brasília, entre os dias 08 e 12, a 41a. AGO (Assembleia Geral Ordinária), onde os convencionais escolherão o próximo Presidente, a nova Mesa Diretora, e decidirão o futuro da maior denominação evangélica de nosso país. Como toda eleição que se preze democrática, temos duas vertentes: uma tradicional, conservadora, e outra com proposta de mudança. A situtação, presidida pelo Pr. José Wellington Bezerra da Costa, está há cerca de 20 anos na direção, enquanto a oposição, liderada pelo Pr. Samuel Câmara, traz um discurso de renovação. A chapa do Pr. José Wellington recebeu o nome de "Amigos do Presidente", enquanto a chapa encabeçada pelo Pr. Samuel foi denominada de "CGADB Para Todos". Existe ainda uma terceira candidatura que não comentaremos por falta de dados e por conta do grau de importância, posto que é de conhecimento de todos que a disputa acirrada se dará mesmo em dois polos. 

Se a atual Mesa Diretora representa, no discurso dos oposicionistas, o continuísmo, que de fato o é, o quadro que se anuncia na possibilidade de uma reviravolta é sombrio. Samuel Câmara é aliado de Silas Malafaia, que deixou a Convenção Geral das Assembleias de Deus, temporariamente, para cuidar da Igreja Assembleia de Deus da Penha, que teve seu nome mudado para Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Essa aliança anuncia uma aproximação com a famigerada teologia da prosperidade, hoje defendida abertamente pelo ex-convencional. Partidário da “teologia da semente”, que promete prosperidade para quem planta no solo fértil de sua denominação, o senhor Silas Malafaia trabalha nos bastidores para manter a campanha dos Câmaras à presidência da CGADB. Em outras palavras: a eleição da chapa opositora aponta para o retorno triunfal da família Malafaia ao poder da Assembleia de Deus, e pode retratar, dentro desse prisma, o fim de 100 anos de ortodoxia doutrinária. A associação com o pastor carioca faria a nova diretoria abrir as portas para a falaciosa teologia da prosperidade, pregada pelos neo-pentecostais, e mais: abriria as portas para personae non gratae como Morris Cerullo com suas heresias da Bíblia de Batalha Espiritual e Financeira e Mike Murdock com suas asneiras sobre negociar com Deus.

Outra aliança confirmada, que causaria danos à história e doutrina assembleianas, é a aproximação dos Câmaras com o G12 (Grupo dos Doze ou Movimento dos 12), rebatizado de GAL e CEC no estado do Amazonas, que prega, entre outras coisas, unção poderosa, mistificação do número 12, regressão espiritual, quebra de maldição e ruptura com o sistema em voga, principalmente com as EBD's (Escolas Bíblicas Dominicais). Jônatas Câmara, pastor da Assembleia de Deus em Manaus, e irmão do candidato da chapa “CGADB Para Todos”, tem, como é do conhecimento de todos, envolvimento com o G12 e foi o responsável direto pela entrada das heresias desse movimento na denominação centenária, através de sua igreja em Manaus. Essa associação abriria espaço para o avanço das falsas doutrinas e introdução do misticismo de Cesar Castellano, do apostolicismo de Rene Terra Nova e do sabatismo judaizante de Valnice Milhomens, entre outros heresiarcas.

Em suma, a candidatura do senhor Samuel Câmara, é uma ameaça à sã doutrina e representa uma perigosa e malfadada aliança com a teologia da prosperidade, através do retorno de Silas Malafaia, e um prejudicial  sincretismo gedozista, através de Silas e Jônatas Câmara, irmãos do candidato que leva o mesmo sobrenome. Pode representar ainda o fim de um século de trabalho doutrinário sério. Sabe-se nos bastidores que é intenção da oposição anistiar todos os que se rebelaram contra a Convenção Geral e desafiaram a soberania das assembleias. Os hereges de plantão, com seus livros sobre maldição hereditária, maldição no nome, confissão positiva e barganha com Deus, que apoiam aberta e amplamente o candidato nortista, com o fim de serem recompensados, teriam acesso à Casa e mudariam conceitos seculares da doutrina trazida por Daniel Berg e Gunnar Vingren, os pioneiros do evangelho pentecostal no Brasil. 

Imaginem uma Assembleia de Deus onde Cerullo e Murdock tenham livre acesso à Convenção Geral e aos nossos púlpitos!  Imaginem livros de Emílio Conde, Orlando S. Boyer, Eurico Bergsten, Alcebíades Pereira Vasconcelos, rodando no mesmo prelo desses senhores e dividindo o mesmo espaço na CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus), com a logomarca da Casa, nas livrarias evangélicas, nas revistas das EBD's! Teria um efeito negativo muito maior, catastrófico mesmo: seria o fim da unidade doutrinária preservada há décadas. Seria pior que o caso da Bíblia Dake, que logo foi tirada de circulação por denúncia de homens sérios na igreja. 

Todo continuísmo é ruim? O que garante que os “revolucionários” não incorrerão nos mesmos erros administrativos que ora apontam e condenam? O que seria pior: continuísmo simples ou ameaça à unidade doutrinária e ainda os desmandos que se vêem na forma desses senhores dirigirem os destinos de suas igrejas ou convenções? 

Deus nos guarde de tamanho mal contra a nossa gloriosa e centenária igreja.

Deus abençoe a todos.
Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

20 VERSÍCULOS QUE PROVAM QUE A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE ESTÁ CERTA!



Depois que vi aqui no Gospel Mais a publicação da Revista Forbes listando os 5 pastores mais ricos do Brasil (aqui), resolvi averiguar e fazer uma pequena coletânea com 20 versículos que provam claramente que a teologia da prosperidade pregada e praticada por esses pastores está correta. Vejam as provas irrefutáveis:
1- “Deus quer te abençoar, mas se você não ofertar, Ele não terá poder de fazer isso por você” (II Heresias 3. 16)
2 – “Você pode desonrar seu pai e sua mãe e até deixá-los passar necessidades, mas nunca seu apóstolo” (I Apostolicensses 1.1)
3 – “A oferta é a alavanca que move a mão de Deus a seu favor” (1 Cretinices 4. 3)
4 – “A fé sem ofertas é morta” ( 1 Dólar 1. 8)
5 – “E Jesus entrou em Jerusalém montando seu jumentinho de dez mil talentos” (Juao 15. 23)
6 – “Disse o apóstolo, cheio do espírito, a todos que o ouviam: Minha conta corrente é 1.000/07” (II Conta Corrente 1. 71)
7 – “Assim que a oferta entrar na conta corrente deus dirá ao anjo Money: Destranque as janelas do céu e prenda o devorador na casinha” ( II Malaquias 3.15)
8 – “É com a semente que sai da sua carteira que a obra de deus é realizada na terra” ( I Heresias 2. 8)
9 – “Participe das campanhas de vitória financeira e Deus tirará dos ricos e dará a você” (1 Robin Hood 2. 3)
10 – “E alguns paulistanos foram mais nobres que os de Boraceia, pois semearam nesse ministério em dólar.” ( 1 Tio Patinhas 1. 7)
11 – “deus quer te dar a melhor roupa, o melhor carro, a melhor casa… só não te deu ainda porque você não tem determinado isso a ele com fé” (Absurdicensses 1. 25)
12 – “Assim ordenou também o senhor que os que pregam o evangelho que fiquem ricos com o evangelho” ( I Falácia 1. 1)
13 – “Primiciar é mover a mão de Deus a seu favor e a favor dos donos da igreja” ( I Primicias 1. 1)
14 -“Confia no senhor, dê sua oferta, faça sacrifícios financeiros e os seus desígnios serão estabelecidos” (Absurdicensses 8. 32)
15 – “E Gesuis encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas e também os cambistas assentados; parabenizou-os pelas boas vendas que faziam, porém, expulsou os que ali oravam e quebrantavam seus corações, mas não ofertavam e nem compravam nada, bem como todo pobre que ali estava, e disse-lhes: A casa me meu pai é casa de negócio e não um covil de doentes e pobres!” (Indireticensses 2. 8)
16 – “É mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha do que entrar alguém que não oferta, que não primicia, que não faz sacrifícios financeiros, nas igrejas da teologia da prosperidade” ( Sofismas 3. 12)
17 – “Porque o amor do dinheiro é a raiz de todas as bênçãos” ( 1 Mamon 1. 1)
18 – “Sacrifícios agradáveis a deus são os dízimos e as ofertas; coração que determina e exige, não os desprezarás, ó deus” (Salmos de Mamon 119. 3)
19 – “O maior mandamento é: Amarás a Mamon, teu deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. O segundo, semelhante a este, é: Honre e oferte aos seus líderes como a ti mesmo” ( 2 Leis de Mamon 2. 15)
20 – “Pelas suas ofertas o conhecereis. Pode, acaso, de um coração cheio de fé e do espírito, sair uma oferta pequena? (Apolion 15. 12)
E agora, sob o ponto de vista desses versículos, concorda que a teologia da prosperidade está certa?
FONTE: http://colunas.gospelmais.com.br/20-versiculos-que-provam-que-a-teologia-da-prosperidade-esta-certa_4034.html