quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

PAUL WASHER DIZ QUE DEUS JULGARÁ OS PASTORES AMERICANOS. E OS NOSSOS E NOSSAS IGREJAS?!

Recebi esse vídeo da irmã Micheline Gomes, do excelente blog que leva seu nome e que deve ser seguido ou visitado por todos os irmãos http://michelineblogs.blogspot.com/2010/12/o-natal-de-misha.html Na verdade sua intenção era outra, um trabalho técnico que vamos realizar, mas eu gostei tanto do vídeo que resolvi publicar. Ouçam o que esse homem de Deus está falando da igreja americana e vejam se não há alguma semelhança com algumas igrejas e pastores brasileiros!

PARA OUVIR DÊ UMA PAUSA NA RÁDIO DO BLOG!


Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

DEPOIS DE FRUSTRAR EXPECTATIVA DE ISRAEL, PRESIDENTE LULA TRAI ELEITOR EVANGÉLICO.

O Excelentíssimo Senhor Presidente da República do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, digníssimo e ilustre chefe do Poder Executivo, mostrou, antes de deixar o governo, quais são as pretensões do Partido dos Trabalhadores, ora no poder. No apagar das luzes, o chefe da nação, SOMENTE APÓS AS ELEIÇÕES, definiu duas situações que não teve coragem de tomar durante todo o seu governo para não perder popularidade. Lula quer entrar para a história como defensor dos pobres, dos miseráveis e das minorias, o que é nobre para um cidadão que não terminou os estudos e saiu de torneiro mecânico para o posto de Presidente. Mas, fica a pergunta: Por que o presidente deixou para reconhecer o Estado da Palestina com as fronteiras de 1967 somente no dia 03.12.10, APÓS AS ELEIÇÕES? E por que o senhor presidente, candidato não-confesso à Secretaria Geral da ONU deixou para publicar o decreto que cria a CNCD Conselho Nacional de Combate à Discriminação, que terá o "NOME SOCIAL" de, pasmem os senhores, Conselho Nacional LGBT? Essa prática já conhecemos. A senhora Dilma assumirá e dirá: "Esse decreto não foi aprovado em MEU governo, mas no governo anterior". ABRAMOS OS OLHOS, POIS A DISCUSSÃO SOBRE PNDH3 ESTÁ APENAS COMEÇANDO E A SENHORA DILMA FARÁ TUDO QUE SEUS CORRELIGIONÁRIOS MANDAR, LEIA-SE LULA, JOSÉ DIRCEU, PALOCCI E OUTROS. E AGORA BISPO MANOEL FERREIRA, SAMUEL CÂMARA, MARCOS FELICIANO E UM MONTE DE GENTE QUE (IDEOLOGICAMENTE) SE VENDEU AOS PRATOS DO PALÁCIO E POSOU PARA MÍDIA AO LADO DA MAIS NOVA E ILUSTRE FIGURA DO PODER? 

ABAIXO O DECRETO NA ÍNTEGRA:

Poder Executivo - Decreto nº 7.388/2010 10/12/2010
DECRETO Nº 7.388, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2010
DOU 10.12.2010
Dispõe sobre a composição, estruturação, competências e funcionamento do Conselho Nacional de Combate à Discriminação - CNCD.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 24, § 2º, e 50 da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003,
CAPITULO I
DA FINALIDADE E DA COMPETÊNCIA
Art. 1º O Conselho Nacional de Combate à Discriminação - CNCD, órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa, no âmbito de suas competências, integrante da estrutura básica da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, tem por finalidade, respeitadas as demais instâncias decisórias e as normas de organização da administração federal, formular e propor diretrizes de ação governamental, em âmbito nacional, voltadas para o combate à discriminação e para a promoção e defesa dos direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - LGBT.
Art. 2º Ao CNCD compete:
I - participar na elaboração de critérios e parâmetros de ação governamental que visem a assegurar as condições de igualdade à população LGBT;
II - propor a revisão de ações, prioridades, prazos e metas do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - PNLGBT;
III - propor estratégias de ação visando à avaliação e monitoramento das ações previstas no PNLGBT;
IV - acompanhar, analisar e apresentar sugestões em relação à execução de programas e ações governamentais para a população LGBT e a aplicação de recursos públicos para eles autorizados;
V - apresentar sugestões para elaboração do planejamento plurianual, estabelecimento de diretrizes orçamentárias e alocação de recursos no orçamento anual do Governo Federal, visando à implantação do PNLGBT;
VI - apresentar sugestões e aperfeiçoamentos sobre projetos de lei que tenham implicações sobre os direitos e cidadania da população LGBT;
VII - participar da organização das conferências nacionais para construção de políticas públicas para a população LGBT;
VIII - articular-se com órgãos e entidades públicos e privados, nacionais e internacionais, visando o intercâmbio sistemático sobre promoção dos direitos de LGBT;
IX - articular-se com outros conselhos de direitos ou setoriais, para estabelecimento de estratégias comuns de atuação;
X - fomentar a criação de conselhos, coordenações e planos estaduais voltados à promoção de políticas públicas para a população LGBT;
XI - propor realização de campanhas destinadas à promoção de direitos da população LGBT e ao combate à discriminação e preconceito;
XII - propor realização de estudos, debates e pesquisas sobre a temática de direitos e inclusão da população LGBT; e
XIII - analisar e encaminhar aos órgãos competentes as denúncias recebidas.
CAPÍTULO II
DA COMPOSIÇÃO
Art. 3º O Conselho é constituído de trinta integrantes titulares, designados pelo Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, para mandato de dois anos, permitida recondução, observada a seguinte composição:
I - quinze representantes do Poder Público Federal indicados pelos dirigentes máximos de cada um dos seguintes órgãos:
a) Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República;
b) Casa Civil;
c) Secretaria-Geral da Presidência da República;
d) Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República;
e) Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República;
f) Ministério da Saúde;
g) Ministério da Justiça;
h) Ministério da Educação;
i) Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;
j) Ministério do Trabalho e Emprego;
k) Ministério da Cultura;
l) Ministério da Previdência Social;
m) Ministério do Turismo;
n) Ministério das Relações Exteriores; e
o) Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; e
II - quinze representantes da sociedade civil, indicados por entidades sem fins lucrativos, selecionadas por meio de processo seletivo público, entre aquelas:
a) voltadas à promoção e defesa de direitos da população LGBT;
b) da comunidade científica, que desenvolvam estudos ou pesquisas sobre a população LGBT;
c) nacionais, de natureza sindical ou não, que congreguem trabalhadores ou empregadores, com atuação na promoção, defesa ou garantia de direitos da população LGBT; e
d) de classe, de caráter nacional, com atuação na promoção, defesa ou garantia de direitos da população LGBT.
§ 1º Poderão ainda participar das reuniões do Conselho, sem direito a voto, um representante de cada um dos seguintes órgãos:
I - Ministério Público Federal;
II - Ministério Público do Trabalho;
III - Magistratura Federal; e
IV - Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
§ 2º A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República exercerá a função de Secretaria Executiva do CNCD.
§ 3º A participação no Conselho será considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada.
§ 4º Cada membro titular referido nos incisos I e II do caput terá um suplente, que o substituirá em suas ausências e impedimentos eventuais.
CAPÍTULO III
DO PROCESSO SELETIVO
Art. 4º O regulamento do processo seletivo das entidades da sociedade civil, nos termos do inciso II do art. 3o, será elaborado pelo CNCD e divulgado por meio de edital público em até noventa dias antes do término do mandato vigente à época, observadas as disposições do regimento interno.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica à primeira composição do CNCD, cujos representantes da sociedade civil serão indicados por entidades selecionadas pelo Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
CAPÍTULO IV
DA PRESIDÊNCIA
Art. 5º A presidência e vice-presidência do CNCD, eleita anualmente, será alternada entre as representações do Poder Público e da sociedade civil.
Parágrafo único. No primeiro mandato, a presidência será exercida pelo representante do Poder Público e a vice-presidência, pelo representante da sociedade civil.
Art. 6º São atribuições do Presidente do CNCD:
I - convocar e presidir as reuniões do colegiado;
II - solicitar a elaboração de estudos, informações, documentos técnicos e posicionamento sobre temas afetos ao Conselho; e
III - firmar as atas das reuniões e emitir as respectivas resoluções.
CAPÍTULO V
DO FUNCIONAMENTO
Art. 7º O CNCD formalizará suas deliberações por meio de resoluções, cuja publicidade deverá ser garantida pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Art. 8º As reuniões do CNCD somente serão realizadas com quórum mínimo de dezesseis membros votantes.
§ 1º As decisões do CNCD serão tomadas por maioria de votos dos presentes, ressalvado o disposto no art. 12.
§ 2º O regimento interno poderá exigir quórum diferenciado para a deliberação de determinadas matérias, desde que observado o quórum mínimo previsto no § 1o.
§ 3º Em caso de empate, o Presidente do CNCD terá o voto de qualidade.
Art. 9º O CNCD poderá decidir pela instituição de câmaras técnicas e grupos de trabalho destinados ao estudo e elaboração de propostas sobre temas específicos, por meio de ato prevendo seus objetivos, composição e prazo para conclusão dos trabalhos.
Parágrafo único. Poderão ser convidados para participar das câmaras técnicas e grupos de trabalho representantes de órgãos e entidades públicos e privados.
Art. 10. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República prestará o apoio técnico e administrativo necessário à execução dos trabalhos do CNCD e das câmaras técnicas e grupos de trabalho eventualmente instituídos.
Art. 11. Para o cumprimento de suas funções, o CNCD contará com recursos orçamentários e financeiros consignados no orçamento da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Art. 12. O CNCD aprovará seu regimento interno, com voto de, no mínimo, dois terços da totalidade dos Conselheiros votantes, em reunião especialmente convocada para este fim, dispondo sobre as demais disposições necessárias ao seu funcionamento.
Parágrafo único. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República expedirá, por meio de portaria, regimento interno provisório que vigorará até a aprovação de regimento interno pelo CNCD, na forma prevista no caput.
Art. 13. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 14. Fica revogado o Decreto nº 5.397, de 22 de março de 2005.
Brasília, 9 de dezembro de 2010; 189º da Independência e 122º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Paulo de Tarso Vannuchi
DOU

Maranata. Ora Vem Senhor Jesus.
Deus abençoe a todos.

sábado, 18 de dezembro de 2010

ENTREVISTA CONCEDIDA AO BLOG MULHERES SÁBIAS

Nome: Francisco Guedes Maia, mas sou mais conhecido como Irmão Guedes, ou Pr. Guedes.

Idade: 46 anos

Casado ou solteiro?
Bem casado com a mulher mais linda do mundo: Regeane. Temos dois filhos Daniel (11) e Sara Monalisa (02).

De onde?
Jaguaribe, CE

O que faz? Vivo em período integral, dou plantões na Sede da Assembléia de Deus, ministério Belém, na Lapa, Bairro de São Paulo, cujo pastor setorial é o Pr. José Prado Veiga. Auxilio o Pr. Flauzilino de Araújo nos sites www.assembleia.org.br e www.telepaz.com.br e Coordeno o Departamento de Famílias do Setor da Lapa com cerca de 80 congregações, além de dar aula de Teologia no Curso Médio da Faesp (extensão Lapa). Ah, tenho também o blog e outras atividades menores.

Pr. Guedes na net: Na net, tenho o blog www.pastorguedes.blogspot.com que convido todos a visitar e seguir e tenho também twitter, facebook e orkut, mas os uso pouco. Na net, o que gosto mesmo é de blogar!

Como é o relacionamento com a família?
Graças a Deus, ótimo! Temos um filho entrando na pré-adolescência (na verdade tem 10 anos e vai fazer 11 somente em Março, mas, como não quer ser mais tratado como criança, já diz para todo mundo que tem 11) e uma pequenina que está falando tudo. Minha esposa é muito paciente comigo. Não somos perfeitos, mas as coisas se ajustam muito mais pela compreensão dela do que minha.

O que acha do meio Evangélico no momento?
Penso que está entrando em fase de colapso ou crise sem volta. Com a proximidade da Vinda do Senhor Jesus, muitas igrejas novas, que estão nascendo sem estrutura, sem histórico e respaldo de ministérios ou convenções, estão atravessando a ortodoxia a seu bel prazer em busca de uma autoridade ou carisma que não se confirma na condução de suas lideranças. Talvez o maior problema do movimento evangélico hoje seja a falta de credibilidade. Estamos perdendo credibilidade em todas as áreas da sociedade por conta de uma dúzia de gente insana pela busca do poder e de espaço na mídia a qualquer preço. Isso sem falar que está afetando toda a gama de igrejas e líderes menores.

Você acredita que a Blogosfera Cristã tem influenciado nesta eleição de 2010?
Sim, sem dúvida! Mas, poderia ter feito mais se houvesse uma união de blogueiros cristãos. Sei que já existe uma, mas o modelo deveria ser outro. Assim como existe Aliança Evangélica, deveria haver uma aliança de blogueiros cristãos, mas, infelizmente, o que se vê é cada um cuidando de seus próprios interesses e cada vez mais, com algumas exceções, se distanciando dessa possibilidade. Mas, a política deu uma virada do primeiro para o segundo turno com influência dos blogs cristãos sim, principalmente quando as questões eram éticas e de direito à vida e liberdade de expressão: aborto e casamento entre homossexuais.

O Que você mais admira em alguém?
O caráter. Por isso falo tanto sobre a diferença entre carisma e caráter em meu blog.  Outra característica que admiro nas pessoas é a simplicidade. Conheço pessoas que usam seus talentos para se envaidecerem, pensando serem alguma coisa e desprezam as pessoas simples de onde vieram.

Tem orgulho de alguém ou de si mesmo?
Tenho orgulho da minha família! Somos pessoas que nasceram pobres e nunca embalamos o sonho de sermos ricos a qualquer preço ou sermos famosos a todo custo. Ainda ontem no faceebook alguém perguntou: “O que o pastor Guedes faria se ele fosse famoso?” e uma jovem respondeu: “Ele já é”. Eu respondi rindo: “Sou não, kkk” porque não busco isso. Minha visão cristã é outra (João 3.30).

Não conseguiria viver sem... Jesus! Ele é tudo para mim! Sem a Graça, não poderia viver! Sem perdão, minha vida seria inimaginável. Sem o Espírito Santo, não conseguiria... Minha história seria outra! Hoje, não conseguiria viver sem minha família (esposa e filhos).

Quais seus Livros e autores preferidos?
Gosto do A Cruz de Cristo (John Stott), O Fator Melquisede (Don Richardson), Vidas Secas (Graciliano Ramos), A Metamorfose e Cartas ao Pai (Franz Kafka), entre outros, e tenho uma inclinação por livros de Teologia.

Que tipo de música curte?
Gosto mesmo de música evangélica, gospel, sacra clássica e de alguns autores populares. Não vou negar que admiro a poesia de Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso e um grupo de poetas que surgiu em um movimento cearense pelas artes: Fagner, Belchior, Fausto Nilo e outros.

Seus filmes preferidos:
Sonhos (Akira Kurosawa), A Lista de Shindler, Uma Mente Brilhante, O Nome da Rosa, Em Nome do Pai, Meu Pé Esquerdo, etc. Gosto de filmes de arte, que me façam pensar e não suporto os filmes “hollywoodyanos” explodindo dezenas de carros e sangue jorrando com tantos tiros. Também aprecio filmes baseados em fatos reais e de boa ficção. Não gosto de filmes que eu não possa assistir com minha família, como os nacionais que têm muitos palavrões, imoralidade e violência.

Vida:
Nasci no interior do Ceará em uma família paupérrima, por isso tudo o que tenho hoje me parece tão rico! Quando olho para trás e vejo de onde saí e como estou agora, só me permito dizer que a vida é boa quando se tem progresso, crescimento, educação, saúde, lazer, espiritualidade (ou fé, uma vez que espirituais todos somos) e vida igualitária na igreja. Amo a vida e já fiz planos para morrer aos 60 anos, mas quando vi que estou me aproximando, pedi a Deus a mesma bênção do rei Ezequias: pelo menos mais 15 anos (rsrsrs).

Tem medo da morte?
Já tive. Hoje não tenho mais! Também não vou dizer que a desejo. Tem uma poetisa portuguesa (Flor Bela Espanca) que gosto de suas poesias um tanto deprimente (também acho Fernando Pessoa deprimente), mas não amo a morte. Quero viver muito com saúde e em paz com Deus e meus irmãos!

Tens alguma mania?
De contar. Conto os degraus que subo, conto os bancos das igrejas, contos os irmãos no culto, conto quantas vezes preciso balançar a Monalisa antes de ela dormir, conto os seguidores e as visitas do blog, etc. Conto quantas vezes os amigos entram no meu blog. E agora com aquelas estatísticas que os blogs têm... kkk

Um momento inesquecível:
A minha conversão e batismo. Meu casamento e o nascimento dos meus filhos (presenciei os partos): Aleluia!!!

O que te deixa feliz?
A salvação de uma alma, a presença manifesta do Espírito na Igreja, o sorriso dos meus filhos e da minha esposa.

Blogs que recomenda:
 São tantos... Vou tentar descrever: Mulheres Sábias, Susto de Amor, Alberto Couto, Pointh Rema, Blog do Natanael, Blog do Pr. Gualter Guedes, Blog do Pr. Genivaldo, Blog do Pr. Renan, Blog do Pr. Cássio, Blog do Pr. Flávio Constantino, Blog do Elian – Phildelphia, evangelismo e louvor, Blog do Robson Silva – Prossigo Para o Alvo, Blog do Pr. Marcello – Davarelohim, Blog do Pr.  -Blog do Hermes, Blog do Pr. Newton Carpinteiro, Blog do Eliel Gaby, Blog do Geremias do Couto, Blog do Lucas Marim, Kenosis, entre outros.


Como foi a sua conversão a Jesus?
Tudo começou com evangelismo na sala de aula. Já havia lido a Bíblia e Mateus 24 sempre mexia comigo. Não demorou muito para meus amigos perceberem que eu era uma pessoa aberta para o Evangelho. Antes da conversão fui católico praticante com inclinação para a vocação sacerdotal, inclusive sendo iniciado no serviço pastoral pelo auxiliar direto de Dom Aloísio, lá em Fortaleza, mas meus amigos na escola foram mais eficazes em sua evangelização e me converti no dia 12.09.82. Batizado nas águas em 01.01.83. Depois de alguns anos me afastei do Evangelho e aí conheci tudo o que não conhecia como bebidas, drogas, prostituição, violência e outras coisas que prefiro não falar. Quando estava desesperado, sem saída, pensei que a solução fosse o suicídio. Foi quando o Espírito Santo me lembrou, qual filho pródigo, dos prazeres e abastança na casa do Pai. Voltei para o meu lugar e desde lá venho sendo salvo todos os dias pela Graça de Deus!!!

Poderia compartilhar um pouco de sua história, contexto social e área de serviço de maior força no Ministério Cristão?
Conheci o Senhor Jesus aos dezoito e fiquei cerca de dois anos “boiando” sem saber para que eu serviria no Reino, depois de um tempo fora da igreja, onde conheci o pecado em seu lado mais pecaminoso, voltei e  entendi que seria um pregador do Evangelho. Já pregava nas ruas de Fortaleza e na época das cruzadas em cima de uma carroceria de caminhão e palanques cercados de grandes caixas de som, mas preguei também aqui em São Paulo na Praça da Sé, Pça. da Liberdade, Pça. Ramos de Azevedo, Pça. da República, etc. . Logo, comecei como pregador de praça e de rua. Hoje esse sistema de pregação está um pouco esquecido e comecei a pregar nas igrejas. A coisa que mais amo fazer é pregar, estar em um púlpito ou diante de uma sala de EBD ou de Teologia. Secularmente, fiz Direito até o 2º. Ano e exerci a gerência de um banco privado, mas logo percebi que meu negócio era igreja e teologia. Comprei uma pizzaria somente para não casar desempregado, mas sabia de antemão que aquilo não era de Deus (o negócio da pizzaria), mas depois deu errado e comecei a dar aulas de teologia, ganhando muito pouco e dirigindo igrejas, ganhando menos ainda.

Sua formação pastoral vem de qual Seminário Teológico? Estudei Teologia na antiga ESTE (Escola Superior de Teologia Evangélica), mas conclui meu Curso na cidade de Americana. Hoje faço uma reciclagem na Metodista, procurando dialogar com outros pensamentos teológicos.

Em que momento da vida aconteceu sua chamada ministerial?
Difícil determinar, mas lembro-me que quando novo convertido lutava comigo mesmo para descobrir onde seria minha área de atuação. Foi somente depois de meu retorno definitivo que compreendi que minha chamada era para a Palavra: pregação e ensino. Dirigi a primeira igreja há 13 anos, mas já servia o ministério há pelo menos uns 7 anos.

Existe preconceito dentro dos arraiais evangélicos?  Infelizmente sim. Não podemos tapar o sol com uma peneira. Em alguns lugares os pobres são tratados como “irmãozinhos”. Dirigi uma igreja onde alguns irmãos se auto-entitulavam “a diretoria” e que aquela igreja, segundo eles, era elitizada. Serviam coca-cola para alguns e guaranás de marcas baratas para outros. Acabei com aquela festa, pregando que aquela igreja seria invadida por prostitutas, miseráveis, e gadarenos para serem libertos... E que Deus não faz acepção de pessoas! E assim foi.

Qual o seu maior orgulho?
Tenho orgulho da minha família ascendentes e descendentes, tenho um santo orgulho do ministério que Deus me confiou.

Uma frase ou lema:
“Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios tentar salvar alguns”.

Qual a maior anseio de sua vida?
Depois do Céu e a vida eterna, a obra missionária.

O que acha da relação entre os evangélicos e a internet?
Boa, mas poderia ser melhor se não tivesse tanta gente comprometida somente com seu próprio umbigo.

A igreja brasileira ainda está engatinhando teologicamente? Como avalia?
Sou um defensor da libertação da teologia brasileira das amarras da teologia pragmática americana. Na minha ótica, podemos desenvolver uma teologia “tupiniquim”, mas não podemos abrir mão dos fundamentos herdados, principalmente, pelas igrejas européias, fruto da teologia acadêmica alemã. Há bons teólogos na América, mas a teologia dos “7 passos”, “10 segredos”, “3 coisas que você precisa saber”, nunca me agradou. Penso que podemos fazer igreja sem essa relação com o enlatado. Em termos de teologia creio que deixamos de engatinhar, mas ainda andamos precisando segurar em algumas coisas (desde que não seja em obras como a do Max Lucado e outros). Sou a favor da emancipação dos escritores nacionais e contra o que fazem as editoras nacionais, dando preferência às obras dos estrangeiros somente porque têm nome. Aliás, nossas editoras (salvo alguma exceção) vendem o nome do autor e exaltam os “gringos” como profundos, enquanto na maioria, o que se vê é muita superficialidades e marketing agressivo.   

Muitas mídias evangélicas acabam prestando um desserviço, mudando o foco do genuíno cristianismo. Nessa perspectiva, qual o seu ponto de vista quanto à blogosfera cristã?
É mais ou menos o que respondi acima. Perdem o foco em nome de interesses próprios e não do Reino. Temos amigos blogueiros (que podem até não gostar), cujos blogs exaltam tanto sua agenda e suas obras, que mais parece com o site do Mike Murdock, já entrou lá? Aquilo parece um “cassino”. Alegam que seus blogs são cristocêntricos, combatem o antropocentrismo, mas seus espaços são egocentristas. Pessoas assim conseguem fazer, na blogosfera, “discípulos” para si e não discípulos de Cristo!

O que caracteriza a sua espiritualidade?
Sou cristão evangélico pentecostal, creio na atualidade dos dons espirituais como em Atos 2, 8, 10, 19, creio em milagres e na manifestação dos dons do Espírito, mas minha espiritualidade tende a ser crítica e reflexiva, não dada a extremos e fanatismos. Julgo as profecias, os milagres, a inspiração do compositor, do poeta, do pregador, do músico, do blogueiro, segundo o direito que me dá a Escritura Sagrada, e não aceito imposições à minha crença.

As principais linhas teológicas no Brasil são os Arminianos e Calvinistas, relativamente separados pelas questões dos dons espirituais (me corrija se estiver errado). Qual a sua linha teológica?
E o que pensa sobre a Teologia da Libertação? Relativamente separados pelas questões dos dons sim, mas envolvem mais coisas, como conceitos doutrinários. Todavia, Tanto o Calvinimos como o Arminianismo têm verdades bíblicas, portanto, acredito que é possível se fazer uma síntese. Se tiver que optar por um (para não ficar em cima do muro), considero-me arminianista, mas com uma queda pelo Calvinismo. Gosto dos conceitos da Teologia da Libertação: o cuidado com os pobres, o conceito de libertação, a visão da injustiça social e igualdade entre os irmãos. Essas coisas me chamam muito a atenção, mas creio ser possível fazer teologia sem abraçar os princípios marxista-leninistas. Penso que a resposta evangélica foi dada em Lausanne (Suíça) e a opção que sobrevive é a chamada Missão Integral, que admiro. Na prática a Teologia da Libertação se torna inviável devido à radicalidade conceitual e a proposta de pegar em armas não me agrada.

No contexto atual, a Igreja tem cumprido o seu chamado missionário?
Apesar dos esforços de muita gente séria, creio que não. Há muito que se fazer. Existe muitos povos sem representação evangélica, sem uma igreja sequer, cujo percentual evangélico é de 0,1%, povos sem Bíblias em sua língua nativa ou dialetos. Os esforços de alguns poucos esbarram na acomodação de muitos que descobrem que a igreja é fonte de lucro. Poderíamos fazer muito mais, todas as denominações.

Politicamente, como você se posiciona?
Sou de centro esquerda.

O que te faz rir? E o que te faz chorar?
Muitas coisas: erros de pregações (minhas), palavras trocadas, erros de português com minha família em casa. Prometemos nos auto policiarmos para tentarmos falar melhor, mas somos carentes kkk. Rio muito com os pastores amigos e gosto de brincar com os membros da igreja. Não acho que isso tira a autoridade, mas entendo que, se não desaguar nas chocarrices, tem tudo para ser (e é) alegria, manifestação do fruto do Espírito. Choro quando vejo crianças recém-nascidas jogadas em latas de lixo ou esgotos, choro com a miséria, choro com o desamparo de milhões de almas sem Deus no mundo.

O que te deixa assustado?
O crescimento da apostasia em nossa geração (como será na geração de nossos filhos?!).

Qual a maior aspiração de sua vida? Depois do Céu, plantar igrejas em solo onde o cristianismo ainda não chegou.

Cite 10 pessoas que marcaram a sua vida cristã e explique a razão.
Pastores, irmãos em Cristo mais próximos de você... Pr. Assis, meu primeiro pastor; Pr. Laelson, o segundo, não sabia ler, mas sabia ser amável; Roberval (hoje pastor), meu primeiro professor de EBD que me fez gostar de estudar a Bíblia; Henrique Jorge e Ladghelson, pelas cruzadas que realizamos na capital e no interior cearense; Ricardo Gondim (não atualmente, mas quando abalava os templos de Fortaleza com suas mensagens), por me inspirar a pregar; Pr. Adeli, por reconhecer minha chamada e colocar-me para dirigir uma igreja ainda como cooperador e quando minha esposa tinha apenas 18 anos de idade; Pr. Antonio Munhoz, por me levar ao pastorado e conceder-me o privilégio de, assentado ao seu lado, ouvir histórias de milagres e operações de Deus, que hoje os assembleianos modernos duvidariam; Pr. José Prado Veiga, meu atual pastor: É meu Amigo e me concedeu a oportunidade de retornar a São Paulo e aprender a servir a Deus com um homem íntegro. Talvez de todos eles quem mais me influenciou diretamente, foi o Pr. Veiga. Não posso deixar de agradecer a Deus pela oportunidade de trabalhar também ao lado do Pr. Flauzilino de Araújo. Também o pensamento de Martin Luther King mexeu muito com meus valores cristãos. Sou um admirador de sua obra e sermões.

Como ocorreu seu primeiro contato com blogs?
Um amigo chamado Mauro, professor de teologia da Faesp, disse-me que eu deveria criar um blog e escrever um livro. A princípio achei meio tolo, mas depois entrei na internet e comecei a descobrir como se faz. Abri um no Terra, mas fechei e em seguida abri este que você conhece.

Quais as maiores dificuldades que sentiu ao começar a blogar?
Postar fotos, imagens e vídeos.

Fale de seu blog.
A proposta é tratar assuntos como Teologia, Família, Igreja e Sociedade, mas percebi que eu gosto mesmo é de defender as Escrituras, as Doutrinas e a Moral nas igrejas. Assim, deixei extravasar minha veia apologética com cautela para não me achar o dono da verdade. Creio que é uma mistura de informações com estudo bíblico, poesia, visão de igreja, entre outros. Por esses dias mesmo perdi um seguidor (e amigo) pelo motivo de eu haver contestado seu ponto de vista. Fazer o quê?

Como e quando se tornou blogueiro?
Foi há dois anos quando minha filha nasceu. Queria fazer uma homenagem a ela na primeira postagem (lá no Terra) e aí dei continuidade.

Qual foi o seu post mais polêmico ou de maior repercussão?
Tem sido uma postagem acerca da possibilidade de haver mensagem subliminar na música do Zaqueu e por último um post sobre o Falso Apóstolo Miguel Ângelo, daí do Rio de janeiro, uma postagem que nem era minha tirei do blog do Renato Vargens (que não sigo). Também uma que tratava o Mike Murdock e o Morris Cerullo como farinha do mesmo saco.

Em sua opinião, qual a importância dos Blogs?
Os blogs dão voz a quem não tem. Muitos blogueiros descobriram que podem influenciar pessoas e serem ouvidos, lidos, e serem formadores de opinião. Comparo os blogs (pequenos como o meu) como João Batista pregando no deserto, mas sua voz sendo ouvida no palácio e mexendo nas estruturas do reino e no coração do rei. É bem verdade que ele perdeu a cabeça, mas gosto muito de João 10.41, que mostra o que o povo pensava dele.

Quais os blogs que o irmão acessa com mais freqüência?
Ultimamente, o da Rô, o do Alberto, o do Cláudio, o do Natanael, o do Geremias, o do Pr. Carlos Roberto, Pr. Alex, o do Hermes.

Que dicas daria para quem está iniciando como blogueiro?
Que seja simples e humilde, que aprimore as técnicas visuais e redacionais, e que seja fiel ao princípio de sua proposta, não fazendo como alguns que usam seus espaços para promoção pessoal.

Como vê a Blogosfera Evangélica hoje? Está a contento ou acha que deve mudar o rumo? Se sim, em quais características ela poderia melhorar em 2011? Entendo que a blogosfera, cada um em seu segmento, deveria ser mais solidária, mais humanitária, mais prestadora de serviços. Por exemplo, poderíamos postar fotos de crianças desaparecidas, denunciar pedófilos reconhecidos pela polícia, avisar sobre os perigos da dengue, aids, etc. e na igreja, denunciar abusos, heresias e hereges.

Dê seu parecer sobre os sites de relacionamentos e a influência deles nos blogs. O que acha do Orkut, Tweeter e Facebook? É usuário deles?
São boas ferramentas para divulgar blogs? São boas ferramentas, mas eu não os uso com muita frequência. Prefiro o blog.

Deixe seu recado para a Blogosfera Evangélica e faça suas considerações finais aos outros (Jo 13.35).
Que nesse ano que está se findando todos possam refletir sobre o impacto causado por suas postagens e o alcance que elas tiveram em suas vidas e nos outros. Que sejamos mais unidos em 2011,  mais abençoados e abençoadores. Rô, agradeço a oportunidade de ser entrevistado por você. Sou fã do seu trabalho. Que Deus abençoe a todos os seguidores de seu blog e sua casa!

Obrigado pela atenção dispensada. Felicidades a você e todos da sua família. Deus os abençoe mais e mais !

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

VEJAM MINHA ENTREVISTA ONLINE NO BLOG DA RÔ, ENTREM LÁ E PARTICIPEM!

Queridos leitores e amigos, a Rô é uma mulher de Deus que além de poetisa, cantora e pregadora, entre outros dons, é blogueira também. Seu blog chama-se Mulheres Sábias e é muito diversificado, com assuntos sobre teologia, notícias e bons conselhos para mulheres sábias e casais, além de boa música e poesia. Vale a pena conferir. Deus deu à nossa irmã uma visão extraordinária para entrevistar amigos blogueiros e hoje o entrevistado sou eu. Se desejarem, entre lá http://mulheresabias.blogspot.com/2010/12/sala-de-visita-entrevista.html e se quiserem fazer qualquer tipo de pergunta, é só deixar nos comentários e terei prazer em respondê-la.

Abraço.

Deus abençoe a todos!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A IGREJA E A VIOLÊNCIA NO RIO DE JANEIRO

Quando penso no Rio, a primeira coisa que me vem à mente é o que todo turista vê em abundância e creio que é o que move o turismo dessa linda cidade: as belezas naturais em meio às produções humanas da engenharia e tecnologia moderna. O Corcovado, o Morro da Urca, o Bonde do Teleférico, A Baía da Guanabara, a Ponte Rio-Niterói, o Maracanã, os Arcos da Lapa, as praias de Ipanema, Copacabana, entre outras. A história da “Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil” que um dia foi o coração do meu Brasil, já foi cantada em prosa e em versos pela genialidade da MPB, dizendo que “o Rio de Janeiro continua lindo”. Aquela que já foi capital do nosso Brasil está repleta de referências nos sambas de Noel Rosa, Pixinguinha e personagens que marcaram a trajetória carnavalesca. Chico Buarque de Holanda, escritor e poeta brasileiro, fez uma homenagem à extinta malandragem da Lapa, insinuando que o malandro “até trabalha, mora lá longe e chacoalha num trem da Central”. Mas, não tem como não lembrar o poetinha, Vinícius de Morais, que se encantava e enamorava a “Garota de Ipanema” e por que não fazer menção à “Copacabana”, princesinha do mar, na interpretação de Dick Farney?

Não sou carioca e nunca morei por lá. Tenho amigos e parentes que me dão sempre o prazer de me hospedar em suas casas quando desejo passar férias e rever as maravilhas que lá se encontram. Mas, sei que a violência não é coisa nova no Rio e temo que demore mais do que se espera para acabar. Infelizmente, as notícias que nos chegam, há anos, são de mortes por balas perdidas, traficantes dominando morros e crescimento da marginalidade e violência, inclusive por parte de milícias. Por conta disso, o Rio foi palco de histórias que ganharam o mundo e chamaram atenção do planeta para essa realidade: Cidade de Deus, Tropa de Elite 1 e 2, e outros. A cidade antiga, romântica e poética deu lugar à Metrópole violenta e manchada de sangue, cercada de medo, rodeada de marginais e dominada por governos paralelos. Os cariocas podem falar melhor que eu.

Já a Igreja Evangélica (refiro-me mais à Assembleia de Deus) cresceu no silêncio, sem fazer muito alarde e nunca foi o centro das atenções dos turistas, tampouco dos turistas crentes das outras partes do mundo. Fundada por homens simples. Enquanto o samba descia os morros, a igreja subia para semear a Palavra. Hoje a igreja carioca é uma das mais fortes e atuantes, todavia nas questões sociais ainda enfrenta problemas muito sérios, que parecem não ter solução. Contudo, concordamos que obra social nunca foi o ponto forte das Assembleias de Deus e que sempre orientamos os nossos membros para a busca do espiritual, do sobrenatural, da experiência mística do batismo no Espírito Santo. Nada de errado em pedir o batismo e buscar os dons, mas penso que essa falta de visão do social seja um resquício do nosso não admitido fundamentalismo, que tem ojeriza do chamado Evangelho Social que tanto “ameaçava” os antigos quanto à ortodoxia cristã no século passado.

As igrejas evangélicas encontram-se, na sua maioria, divididas e dominadas por pessoas que têm mais escrúpulo que os bandidos do Complexo do Alemão, mas que visam igualmente domínio territorial. Alguns até brigam por horários nas emissoras de TV. Enquanto os traficantes disputam os pontos de drogas nas favelas, pseudos-pastores, bispos não reconhecidos e falsos apóstolos, disputam o “mercado” da fé evangélica nas esquinas da capital carioca e na mídia. Talvez esse seja um dos motivos para que uma igreja tão grande (crescente) e forte (dinâmica) ser inoperante em questões cruciais como essa que vemos agora. Existe um esforço do governo e há pessoas honestas empenhadas em erradicar a pobreza, a fome, a miséria e o analfabetismo nos municípios, todavia a administração pública deixa a desejar em quase todas as áreas. Contudo, há no Evangelho um princípio restaurador e que visa reabilitar o ser humano. Colocando isso em termos de cidadania, a cidade deveria estar ganhando com o crescimento e fortalecimento da igreja cristã evangélica, uma vez que o movimento evangélico tem suas bases assentadas sobre a evangelização e evangelização, segundo o Pacto de Lausanne, é o Evangelho todo, para o homem todo, para todos os homens (mas, isso acontece em São Paulo, no Brasil e no resto do mundo onde não se prega o evangelho completo - para o homem todo). Se as igrejas focassem mais em ganhar almas e não dizimistas, em ganhar vidas, e vissem cada brasileiro como alma que precisa de salvação e não como cifras ou possibilidade de crescimento monetário-financeiro, teríamos uma igreja mais forte, mais operante e menos pobreza e miséria.

As belezas do Rio são inegáveis, mas a maior beleza que o Rio tem é o seu povo, e dentre o seu povo, um “povo especial, zeloso e de boas obras”, que se soubesse o potencial que tem em suas mãos, há muito teria mudado a história da cidade maravilhosa. A igreja do Rio é a maior riqueza que os cariocas têm e se essa comunidade de serviço se embrenhasse na captura dos perdidos, e não deixasse essa tarefa para alguns poucos cristãos, arrancaria mais traficantes dos morros que o BOPE e tiraria mais jovens das drogas que as instituições ligadas ao governo ou às ONGS. Sem dúvida, a igreja já tirou mais prostitutas das ruas de nosso país que todas as outras instituições e o verdadeiro Evangelho já redimiu mais bandidos incorrigíveis que todos as organizações sociais e todos os centros de reintegração do Estado.  

A capital fluminense precisa mais que polícia, exército e marinha na ocupação dos morros, necessita de uma igreja que ocupe os morros em Nome do Senhor Jesus! Pastores que não percam a visão do espiritual, do sobrenatural e abracem a causa dos pobres, desempregados, órfãos, viúvas e desfavorecidos. Líderes que estejam dispostos a investir em gente pobre. Que recebam os dízimos dos ricos e invistam nas comunidades carentes, construindo escolas, creches, hospitais e templos...

Falando assim parece um retorno à visão romântica da cidade antiga que inspirava poetas e compositores. Talvez uma espécie de utopia. Porém, a História da Igreja está repleta de homens, como Jerônimo Savonarola, John Wesley e John Knox, que mudaram a história de cidades e países através da pregação do Evangelho. Para não dizerem que não falei da Bíblia, seria bom se, lendo Atos 8 e Atos 19, revisitássemos a Samaria de Filpe e a Éfeso de Paulo.

Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.

sábado, 20 de novembro de 2010

JESUS É 100% DEUS E 100% HOMEM


Hesitei em polemizar e sequer deixei meus comentários nos blogs que tratavam do assunto, porque tal polêmica envolve amigos de blogosfera igualmente queridos. Falo da questão levantada no blog do meu amigo Pr. Ciro. 

O problema de interpretação deu-se na área de Cristologia, Doutrina de Cristo, que o Pr. Ciro domina tão bem como bom hermeuta e professor de Teologia Sistemática que é. Quero antecipar-me para justificar a minha posição desde o início. O que tinha tudo para ser apenas um mal entendido passou a ser um desgastante e deselegante debate teológico. O articulista apenas quis dizer, no início, em uma série de estudos que apresentava como “Coisas que a Bíblia não diz”, que a expressão “Jesus é 100% homem e 100% Deus” é um jargão que não se encontra na Bíblia Sagrada. Era somente isso! Mas, alguns leitores foram além e interpretaram que o digno pastor estava querendo dizer que Jesus não era homem perfeito ou que estava negando a verdadeira natureza humana de Jesus, alguns até citando polêmicas antigas, que remontam aos tempos da Igreja Primitiva e da Patrística. Bobagens!

Até aqui a coisa andava bem. O problema maior é que, em minha humilde opinião, começou uma guerra de vaidades: os teólogos precisavam expor sua repulsa pelo conteúdo pseudo-herético. Contudo, não bastava expor seus pontos de vista, mas externar toda sapiência para mostrar mais conhecimento teológico que o outro. Enquanto nosso amigo acuado, tentava se defender nominando autores que defendiam seu ponto de vista, citando grego e etc.

Penso que o zelo excessivo de um hermeneuta pode levá-lo ao isolamento e sua teimosia pode encaminhá-lo aos poucos para uma heresia ou um fanatismo disfarçado de biblicismo. Chamo esse tipo de teologia de “pelo em ovo”. Ora, questões teológicas que estão assentadas há séculos têm seu valor e até mesmo um jargão citado na história, por legítimos estudiosos da Bíblia, não pode ser desprezado. Inclusive, perguntei aos amigos mais antigos da Lapa, em São Paulo, e eles me afirmaram que o Pr. Valdir Nunes Bícego, de saudosa memória, também usava abundantemente essa expressão.

Pr. Ciro não é e nem merece a pecha de herege ou tresloucado. É um homem de Deus, que merece ser respeitado por seu histórico, pelo que já apresentou em termos de palestras e por seus livros. Estão crucificando um grande escritor por um mal entendido e por uma questiúncula, que a meu ver tomou proporções grandiosas sem necessidade alguma. Li o Blog do Pr. Silas Daniel, acompanhei o Blog do Pr. Newton Carpinteiro, passei os olhos no Blog do Pr. Robson Aguiar, visitei o espaço do Pr. César Moisés, vi recentemente o Blog do Pr. Geremias do Couto, entre outros, e acho que estão dando uma dimensão maior que o assunto merece. Digo, o assunto do jargão não ser bíblico e não a Cristologia em si. Todos são bons cristãos, bons escritores, que amam e defendem nossa ortodoxia e ortopraxia. Entendo que um tom conciliador seria bem vindo nessa hora.

Sempre ensinei que Jesus Cristo é 100% Deus e 100% homem. A expressão não é bíblica, mas também não é herética, assim como os termos Trindade e livre-arbítrio também não, contudo não os tenho por heréticos, errados ou antibíblicos simplesmente pelo fato de nã aparecer nas Escrituras. Dizer que Jesus é 100% homem equivale a dizer que Ele é verdadeiramente homem e homem perfeito, integral. Alegar que Jesus não foi um homem como nós ou como Adão, porque não adoeceu ou porque não tinha inclinação para o pecado como nós, é desprezar os abundantes recursos da verdadeira hermenêutica e desprezar a história da teologia.

Não vou citar o grego, pois não sou especialista nas línguas originais, todavia, nunca (nós, hoje) precisamos tanto recorrer ao idioma grego para entendermos essas questões das duas naturezas do Senhor Jesus em uma única Pessoa. Sugiro que leiam um post anterior a este referente à resposta que o Dr. William Craig dá acerca da união da natureza divina de Cristo à natureza humana de Jesus de Nazaré. E antes que alguém tente separar os dois (Jesus e Cristo), dizendo que quem morreu na cruz foi Jesus e não Cristo, sugiro a leitura de I Co. 15.3, e quanto ao teor inseparável dos nomes Jesus e Cristo (Jesus Cristo), recomendo Fp. 5.2-11.

Polêmicas à parte ainda admiro o trabalho do Pr. Ciro Sanches Zibordi, assim como aprecio os textos do Pr. Silas Daniel, César Moisés, Robson Aguiar, Geremias do Couto, Newton Carpinteiro e outros envolvidos. Convido a todos que lerem esse artigo a se empenharem a promover a conciliação de nosso pensar teológico, fazendo convergir para a doutrina ortodoxa toda a nossa atenção. Fico aqui com o título do post do Pr. Geremias em seu blog: Use Sem Medo: Cristo é 100% Deus e 100% homem.

Em tempo. Admiro a obra e a capacidade do Pr. Altair Germano, mas a proposta para realização de um Concílio das Assembleias de Deus é, a meu ver, totalmente descabida. As Assembleias de Deus não têm problemas de interpretações acerca da Pessoa, Natureza e Obra de Jesus Cristo e em toda sua história de 100 anos de Brasil nunca teve. Com todo respeito ao nobre pastor, sua proposta é descabida quanto à questão cristológica, e mais: para debatermos questões doutrinárias, morais, administrativas e/ou litúrgicas, temos a Convenção Geral das Assembleias de Deus ou as convenções de cada ministério em particular.

Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

DOCUMENTO DA IGREJA PRESBITERIANA DESENCADEIA NOVA ONDA DE PERSEGUIÇÃO GAY NO MACKENZIE

Atendendo apelo enviado por email pelo irmão Edson Camargo, do blog Profeta Urbano, quero ser solidário à liderança da Igreja Presbiteriana e ao seu pronunciamento de 2007 acerca do assunto leis homofóbicas. A Universidade Mackenzie, que recentemente publicou em seu site, vem recebendo críticas e ameaças desde que publicou parecer desfavorável às leis em questão. Abaixo transcrevo o documento que vem causando alvoroço no meio gay e mais ainda no meio "gospel gay". Boa leitura! 
Presidente do Supremo Concílio, rev. Roberto Brasileiro publica artigo com a posição da denominação frente a assuntos que estão mobilizando o país 
Na qualidade de Presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, diante do momento atual em que as forças organizadas da sociedade manifestam sua preocupação com a possibilidade da aprovação de leis que venham labutar contra a santidade da vida e a cercear a liberdade constitucional de expressão das igrejas brasileiras de todas as orientações, venho a público me MANIFESTAR quanto à prática do aborto e a criminalização da homofobia. 

I – Quanto à prática do aborto, a Igreja Presbiteriana do Brasil reconhece que muitos problemas são causados pela prática clandestina de abortos, causando a morte de muitas mulheres jovens e adultas. Todavia, entende que a legalização do aborto não solucionará o problema, pois o mesmo é causado basicamente pela falta de educação adequada na área sexual, a exploração do turismo sexual, a falta de controle da natalidade, a banalização da vida, a decadência dos valores morais e a desvalorização do casamento e da família.

Visto que: (1) Deus é o Criador de todas as coisas e, como tal, somente Ele tem direito sobre as nossas vidas; (2) ao ser formado o ovo (novo ser), este já está com todos os caracteres de um ser humano e que existem diferenças marcantes entre a mulher e o feto; (3) os direitos da mulher não podem ser exercidos em detrimento dos direitos do novo ser; (4) o nascituro tem direitos assegurados pela Lei Civil brasileira e sua morte não irá corrigir os males já causados no estupro e nem solucionará a maternidade ilegítima.

Por sua doutrina, regra de fé e prática, a Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a legalização do aborto, com exceção do aborto terapêutico, quando não houver outro meio de salvar a vida da gestante.

II – Quanto à chamada Lei da Homofobia, que parte do princípio que toda manifestação contrária à homossexualidade é homofóbica e caracteriza como crime essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre a homossexualidade como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos. 

Visto que: (1) a promulgação da nossa Carta Magna, em 1988, já previa direitos e garantias individuais para todos os cidadãos brasileiros; (2) as medidas legais que surgiram visando beneficiar homossexuais, como o reconhecimento da sua união estável, a adoção por homossexuais, o direito patrimonial e a previsão de benefícios por parte do INSS foram tomadas buscando resolver casos concretos sem, contudo, observar o interesse público, o bem comum e a legislação pátria vigente; (3) a liberdade religiosa assegura a todo cidadão brasileiro a exposição de sua fé sem a interferência do Estado, sendo a este vedada a interferência nas formas de culto, na subvenção de quaisquer cultos e ainda na própria opção pela inexistência de fé e culto; (4) a liberdade de expressão, como direito individual e coletivo, corrobora com a mãe das liberdades, a liberdade de consciência, mantendo o Estado eqüidistante das manifestações cúlticas em todas as culturas e expressões religiosas do nosso País; (5) as Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil firma suas crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação; e que Jesus Cristo ratificou esse entendimento ao dizer, “(...). desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher” (Marcos 10.6); e que os apóstolos de Cristo entendiam que a prática homossexual era pecaminosa e contrária aos planos originais de Deus (Romanos 1.24-27; 1 Coríntios 6.9-11).

Ante ao exposto, por sua doutrina, regra de fé e prática, a Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada Lei da Homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática da homossexualidade não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas as orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.

Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil não pode abrir mão do seu legítimo direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo. 

Patrocínio, Minas Gerais, abril de 2007 AD.
Rev. Roberto Brasileiro
Presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil


Maranata. Ora vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

DEUS PODE MORRER? E CRISTO?

Vivo procurando artigos interessantes para suprir minha escassez de tempo (e intelectualidade) nos tempos de correção de provas da Faesp. Hoje encontrei essa pérola do Dr. William Lane Graic no blog da minha amiga Rô. O Mulheres Sábias (nome do blog da Rô), que eu indico para que sigam,  sempre traz textos edificantes e pertinentes à causa teológica, como debates e entrevistas com blogueiros. Vale a pena conferir. 
Vejam com que simplicidade, segurança e autoridade, o Dr. Craig fala sobre o assunto da encarnação, dupla natureza e única personalidade de Jesus Cristo. Profundo e simples. Boa leitura! 

Questão:

Olá Dr. Craig,
Eu gostaria primeiramente de agradecê-lo pelo tempo e trabalho que você dispensa ao seu ministério. Tem me beneficiado grandemente e foi o seu exemplo que me fez estudar e conseguir uma graduação em filosofia.
Sobre a minha questão, eu nunca consegui uma resposta clara a ela. Quando Jesus morreu na cruz, Deus morreu? Se sim, a essência de Jesus verdadeiramente morreu?
Esta questão realmente me incomodou enquanto eu estava escutando a música “And Can it Be?” [E pode ser?]. Tem uma parte nela, no fim do coro, que diz “Amazing Love! How can it be that Thou my God shoudst die for me? Amen!” [Grande amor! Como pode ser, Tu, meu Deus, morrer por mim? Amém!].
Eu nunca consegui uma resposta clara e concisa para esta questão e parecem existir diferentes opiniões entre os teólogos sobre a natureza desta questão. O pastor John MacArthur parece acreditar que Deus morreu, uma vez que Jesus é Deus. Já R. C. Sproul discorda e acredita que Deus não pode morrer.
Eu não consigo entender como pode ser possível que Deus pudesse verdadeiramente morrer. Por que se Deus pudesse, Ele não seria um Ser metafisicamente necessário. Mas isto é impossível porque, por definição, Deus deve ser necessário. Assim, quando Cristo morreu na cruz, foi apenas sua parte humana que morreu?
Esta é uma questão difícil, e eu apreciaria muito se você pudesse lançar alguma luz sobre ela.
Muito obrigado,
Jesse

Resposta do Dr. Craig:
Não pude resistir à sua questão, Jesse, uma vez que ela apela ao meu hino favorito, o magnífico “And Can it Be?”, de Charles Wesley. Eu desafio qualquer cristão que conheça apenas músicas de louvor e adoração a ouvir este hino e contemplar sua maravilhosa letra sobre o incrível amor de Deus.
Sua questão é uma das que confunde nossos amigos muçulmanos e é, portanto, muito urgente. Felizmente, a Igreja cristã histórica já discutiu esta questão de forma clara.
O Concílio de Calcedônia (451) declarou que o Cristo encarnado era uma pessoa com duas naturezas, uma humana e outra divina. Isto gerou consequências muito importantes. Isto implica que, uma vez que Cristo exista antes de sua encarnação, ele era um ser divino antes de falarmos sobre sua humanidade. Ele foi e é a segunda pessoa da Trindade. Na encarnação, esta pessoa divina assume uma natureza humana também, mas não há outra pessoa em Cristo além da segunda pessoa da Trindade. Existe um acréscimo de natureza humana que o Cristo pré-encarnado não tinha, mas não há acréscimo algum de uma pessoa humana à pessoa divina. Existe apenas uma pessoa, com duas naturezas.
Portanto, o que Cristo disse e fez, Deus disse e fez, uma vez que quando falamos de Deus, estamos falando sobre uma pessoa. Esta é a razão do Concílio falar de Maria como “a mãe de Deus”. Ela carregou no ventre uma pessoa divina. Infelizmente, esta linguagem tem sido desastrosamente interpretada, porque soa como se Maria tivesse dado a luz à natureza divina de Cristo quando de fato ela deu a luz à natureza humana dele. Maomé aparentemente ensinou que os cristãos acreditavam que Maria era a terceira pessoa da Trindade, e Jesus era o descendente da relação entre Deus Pai e Maria, uma visão que ele corretamente rejeitou como blasfema, não obstante nenhum cristão ortodoxo a abraçasse.
Para evitar tais desentendimentos, é proveitoso falar do que ou como Cristo fez em relação a uma das suas naturezas. Por exemplo, Cristo é onipotente em relação a sua natureza divina, mas é limitado em poder em relação a sua natureza humana. Ele é onisciente em relação a sua natureza divina, mas ignorante sobre vários fatos em relação a sua natureza humana. Ele é imortal quando nos referimos a sua natureza divina, mas mortal quando nos referimos a sua natureza humana.
Você provavelmente já consegue entender agora aonde eu quero chegar. Cristo não poderia morrer em relação a sua natureza divina, mas ele poderia morrer em relação a sua natureza humana. O que é a morte humana? É a separação da alma do corpo quando o corpo cessa de ser um organismo vivo. A alma sobrevive ao corpo e se unirá com ele novamente algum dia em forma ressurreta. Foi isto que aconteceu com Cristo. Sua alma se separou do seu corpo e seu corpo cessou de viver. Por alguns instantes ele desencarnou. No terceiro dia Deus o ressuscitou dos mortos em um corpo transformado.
Em parte, sim, nós podemos dizer que Deus morreu na cruz porque a pessoa que submeteram à morte era uma pessoa divina. Então Wesley estava totalmente correto em perguntar “Como pode ser, Tu, meu Deus, morrer por mim?”. Mas dizer que Deus morreu na cruz é conduzir erradamente a questão, da mesma forma como fazem quando dizem que Maria era a mãe de Deus. Assim eu acho melhor dizer que Cristo morreu na cruz em relação a sua natureza humana, mas não em relação a sua natureza divina.
Tradução: Eliel Vieira
Materia extraida do site;/Arminianismo.com

Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.