sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

CPAD LANÇA NOVO CURRICULO PARA ESCOLA DOMINICAL DE 2015

Com o Pr. José Wellington Bezerra da Costa, Presidente da CGADB.


















Em evento promovido na nova Sede da Assembleia de Deus do Belém, em São Paulo, a Casa Publicadora das Assembleias de Deus, CPAD, apresentou o novo currículo da Escola Bíblica Dominical com novidades nas áreas infantil, juventude e evangelística, entre outras. Diversas autoridades eclesiásticas e lideranças políticas evangélicas compareceram ao lançamento do novo formato das revistas para o ano de 2015. Entre eles, como não poderia deixar de ser, estava presente o Pr. José Wellington Bezerra da Costa, Presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus, o Pr. José Wellington Costa Júnior, Presidente do Conselho Administrativo da Casa Publicadora, o Pr. Ronaldo Rodrigues, Diretor-Executivo da Casa e os membros do Conselho Administrativo. Estiveram presentes ainda membros da Mesa Diretora da CGADB, jornalistas e blogueiros evangélicos, cobrindo o grande acontecimento.

Com o Pr. Ronaldo Rodrigues, Diretor Executivo da CPAD
As mudanças no currículo giram em torno de questões pedagógicas e também novas edições, como a nova turminha do Berçário, a revista dos visitantes não-crentes, de caráter evangelístico, e a separação das classes Jovens e Adultos. Outra novidade é a expansão da revista do Discipulado, agora com quatro trimestre. Na exposição de cada faixa etária, percebeu-se a preocupação em alcançar de modo didático e pedagógico cada aluno em seu nível de aprendizagem e conhecimento.



Parabéns a todos que compõem a CPAD pelo bom gosto na apresentação e pela introdução de um ano novo ano na área do ensino em nossas igrejas.

Momento em que o Currículo foi apresentado e dedicado ao Senhor Deus.
























segunda-feira, 17 de novembro de 2014

PASTORES AMARGURADOS


Há muitos pastores perturbados com a raiz de amargura que brotou em seus corações. Esta raiz de amargura, isto é, "de tristeza amarga, extrema maldade, fruto amargo de ódio" faz parte da vida de muitos obreiros. Caim teve este sentimento em relação a Abel, seu irmão, e o assassinou. Temos pastores com sérios problemas de relacionamento com ex-igrejas e igrejas que pastoreiam. Também, guardam ódio e rancor de colegas de ministério, amargando um sentimento de ódio e rejeição. Obreiros que levam o peso da amargura, do ressentimento quase que insuportável.

Homens encurvados pelo peso de relacionamentos conflituosos. Que carregam seus desafetos nas costas por onde andam. Sabemos que a rejeição e a inveja produzem amarguras profundas, nas entranhas. Lideres que guardam ressentimentos não vivem em paz com Deus, consigo mesmos e com o próximo. As secreções do ódio saem pelos cantos da boca. São candidatos a doenças da mente e do coração. Suas palavras são carregadas do veneno do ódio, da natureza de serpente. Contaminam os que estão por perto. A família é a que mais sofre. 

O meu amado professor, Pastor Darci Dusilek, de saudosa memória, escreveu um precioso livro intitulado "Amargura ou Amar Cura?". Ele defende a tese de que a amargura adoece, mas o amar cura. De que é preciso liberar o perdão e não ficar pelos cantos com um coração pesado pela tristeza profunda, experimentando o sabor amargo do ódio. Fico extremamente triste com a situação de pastores que não se dão. Que detonam o companheiro de ministério. Como estes homens podem pastorear? Como estes homens podem pregar o amor nos púlpitos e nas casas? Como eles podem ser moderadores e apaziguadores nos relacionamentos conflituosos na família e na igreja? Como podem falar do que não vivem? Não é possível ser pastor sem buscar a santificação pessoal e nos seus relacionamentos. Fomos alcançados pela graça e, por esta razão, precisamos ser graciosos com todos, principalmente com os que nos atingem, nos prejudicam.

O Senhor Jesus foi muito claro ao dizer: "Amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que SEJAIS filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis demais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus" (Mt 5.44-48). Este texto é um remédio muito eficaz contra a amargura produzida nos relacionamentos complicados.

Não combina com o pastor ter relacionamentos odiosos.

Paulo diz que "ao servo do Senhor não convém contender, mas, sim, ser MANSO para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com MANSIDÃO os que resistem, a ver se, porventura, Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade e tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em cuja vontade estão presos" (2 Tm 2.24-26). É impressionante que líderes de igrejas, especialmente pastores, caiam nos laços do diabo, presos por ressentimentos, ódios e amarguras, prejudicando a sua vida, sua família e a igreja, dando um péssimo testemunho do Evangelho da graça.

A inimizade não faz parte da nova natureza recebida de Deus por meio de Cristo no poder do Espírito Santo. Inimizade, amargura, ódio, fazem parte das obras da carne, são manifestações próprias da natureza humana (Gl 5.19-21) e não do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22,23). Muitos obreiros precisam ser libertos dos sentimentos facciosos produzidos pela cardiopatia, pela doença do coração (Jr 17.9,10; Mt 15.19,20). Sabemos que há obreiros que espalham o veneno da inimizade, contenda, maledicência em todos os níveis. É impressionante como temos a capacidade desta velha natureza, de Adão, que vez por outra nos sugere coisas ruins. Nutrimos opiniões erradas acerca das pessoas e de companheiros de ministério.
Espalhamos boatos. Rotulamos pessoas implacavelmente. O nosso estilo de vida cristão deve definir os nossos relacionamentos. O Senhor Jesus nos ensina a amar e a orar por aqueles que nos fazem mal. Quando agimos em conformidade com a ordem de Cristo temos saúde, nossos relacionamentos fluem e nos tornamos pessoas maduras que sabem conviver com os que pensam de forma diferente. Como é precioso conviver com pessoas maduras, puras, sinceras e comprometidas com os valores do Reino de Deus!
Que o Senhor nos livre da raiz de amargura, da raiz do ressentimento e da inveja. Que o Pai nos conceda a graça de vivermos amorosa e criativamente com os nossos irmãos e companheiros de jugo, de ministério. Que os nossos ouvidos ouçam coisas que edificam. Não nutramos conversas com gente amargurada, ressentida e odiosa. Não participemos das rodas de desconstrução do caráter do nosso próximo, do nosso irmão de ministério. Compreendamos que somos diferentes de temperamento e de formação. Não nos consideremos melhores que ninguém. Não disputemos cargos com quem quer que seja. Sejamos mansos e humildes de coração como o Mestre (Mt 11.29). Que nos prestemos a falar bem do próximo, a realçar suas virtudes e a minimizar seus defeitos. Que ajudemos os amargurados. Sejamos pessoas graciosas, generosas, bondosas, facilitadoras e gratas sempre em Cristo Jesus e para a Glória de Deus, nosso Pai.

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.institutojetro.com e comunicada sua utilização através do e-mail 
Autor: Oswaldo Luiz Gomes Jacob
Vi no Blog A Pedra

terça-feira, 11 de novembro de 2014

ADORAÇÃO CRISTÃ E PAGÃ NAS IGREJAS EVANGÉLICAS



Há um grande mal-entendido nas igrejas sobre o propósito da música na adoração cristã. Igrejas rotineiramente anunciam um culto “dinâmico” e “transformador”, o qual “levará você para mais perto de Deus” ou “que irá mudar a sua vida”. Certos CD’s de adoração prometem que a música irá “levá-lo para dentro da presença de Deus”. Até mesmo um panfleto, anunciando uma conferência para líderes de adoração, dizia:

Junte-se a nós para essa dinâmica aula, a qual irá colocar você no caminho certo e inspirador, onde você poderá se encontrar com Deus e receber a energia e o amor que você precisa para ser um agente e um agitador no mundo de hoje… Além disso, nossos programas de ensino são eventos de adoração que irão colocar você em contato com o poder e o amor de Deus”.

O problema com o panfleto e com muitos anúncios de igrejas é que esse tipo de promessa revela um significante erro teológico. A música é vista como um meio para facilitar um encontro com Deus. Ela irá nos levar para perto de Deus. Nesse esquema, a música se torna um mediador entre Deus e o homem. No entanto, essa ideia está mais próxima das práticas pagãs do que da adoração cristã.

Jesus é o único mediador entre Deus e o homem. Somente Ele é quem nos leva para Deus. A noção popular – porém errônea – relativa à música de adoração mina a fundamental verdade da fé cristã. É irônico que muitos cristãos neguem o papel das ordenanças sacramentais, as quais o próprio Senhor deu para sua igreja (batismo e a Santa Ceia), mas anseiem em dar poderes sacramentais para a música. A música e a “experiência da adoração” são vistas como meios pelos quais nós entramos na presença de Deus e recebemos seus benefícios salvíficos. Não há simplesmente nenhuma evidência na Escritura que diga que a música media diretamente encontros ou experiências com Deus. Essa é uma noção comum no paganismo. Está bem longe do Cristianismo.

Em seu útil livro “True Worship” (Verdadeira Adoração), Vaughan Roberts mostra quatro consequências de se ver a música como um encontro com Deus. Vou resumi-los.

1. A palavra de Deus é marginalizada

Em várias igrejas e encontros cristãos, não é incomum a Palavra de Deus ser deixada de lado. A música dá uma elusiva sensação de “entorpecimento”, enquanto a Bíblia é algo mundano. Os púlpitos têm diminuído e até mesmo desparecido, enquanto as bandas e as luzes têm crescido. Mas a fé não vem da música, experiências dinâmicas ou supostos encontros com Deus. A Fé nasce por meio da proclamação da Palavra de Deus (Rom. 10.17).

2. Nossa certeza é ameaçada

Se associarmos a presença de Deus com uma particular experiência ou emoção, o que acontecerá quando não sentirmos mais isso? Nós procuraremos igrejas cujas bandas de louvor, orquestras ou órgãos produzam em nós os sentimentos que nós estamos procurando. Mas a realidade de Deus em nossas vidas depende da mediação de Cristo, não de experiências subjetivas.

3. Músicos ganham status sacerdotais

Quando a música é vista como meio de encontro com Deus, os líderes de louvor e músicos começam a exercer o papel de pastor. Eles se tornam aqueles – no lugar de Jesus Cristo, o único que já cumpriu esse papel – que trazem até nós a presença de Deus. Dessa forma, quando um líder de louvor ou banda não me ajuda a experimentar Deus, então ele falhou e deve ser substituído. Por outro lado, quando acreditamos que eles tiveram sucesso em nos levar à presença de Deus, então eles terão em nossa mente um status elevado.

4. A divisão aumenta

Quando nós identificamos um sentimento como um encontro com Deus, e apenas uma determinada música produz esse sentimento, então nós insistiremos que aquela música deverá ser tocada regularmente em nossa igreja e reuniões. Se todos tiverem o mesmo gosto que o nosso, não haverá problema. Mas se outros dependem de outra música para produzirem esse sentimento, então é importante para eles que a divisão seja cultivada. E porque nós rotineiramente classificamos esses sentimentos como encontros com Deus, nossas demandas para que esse sentimento seja produzido se tornam rígidas. Esse é o motivo pelo qual muitas igrejas sucumbem ao oferecerem múltiplos estilos de culto. Fazendo isso, eles, sem querer, sancionam a divisão e a centralização do ego no meio do povo de Deus.

A Escritura é cheia de exortações para o povo de Deus cantar e fazer músicas para o Senhor. Nosso Deus foi gracioso em nos dar esse meio de adorá-lo. Mas é importante entender que a música, em nossa adoração, é para dois propósitos específicos: honrar a Deus e edificar a comunidade dos crentes. Infelizmente, muitos cristãos tendem a dar à música um poder sacramental sobre o qual a Escritura jamais falou.

Fonte: Blog Bereianos

sábado, 1 de novembro de 2014

SETE FATOS QUE INCOMODAM UM PASTOR DE VERDADE

Recebi esse texto por email de um novo amigo.

SETE FATOS QUE INCOMODAM UM PASTOR (DE VERDADE)

Em dias como os nossos, o que poderiam mais incomodar alguém vocacionado para o ministério? Bem muitos são os desafios a serem encontrados, mas existem sete que saltam aos olhos.

1.    Observar que as pessoas não amadurecem. Pastores verdadeiramente chamados não esperam que as pessoas sejam eternamente dependentes, antes pelo contrario almejam que elas cresçam e que depois de um tempo sejam capazes de enfrentar e resolver alguns conflitos mínimos nas suas vidas sem ter que viver dependentes de gurus ou pseudo-mestres da espiritualidade.

2.   Verificar que qualquer um ostenta o titulo de Pastor. É profundamente frustrante saber que em dias como os nossos qualquer um pode ser nomeado ou denominado como pastor, não importa se obteve alguma formação, se foi experimentado, tanto nas praticas ministeriais como na arena dos desafios éticos.

3.    Constatar que o ministério virou um negócio. É muito triste para Pastores vocacionados saberem que o espaço social onde atuam, atuam muitos como interesse puramente mercadológico. Provoca pavor em um Pastor verdadeiro saber que ele divide espaço na sociedade com pessoas que só tem um interesse, ganhar dinheiro.

4.  Descobrir que as ovelhas vivem encantadas pelos mercenários. Nada indigna mais um pastor do que ouvir uma ovelha manifestar sua admiração por alguém que prega o evangelho por dinheiro. É frustrante saber que via de regra, com algumas exceções alguns dos mais elogiados ministros dos nossos dias são conhecidos nos bastidores eclesiásticos pelas suas patifarias.

5.   Vislumbrar que manipulação vale mais que ensino. O dia mais triste na vida de um pastor é aquele em que ele descobre que não basta ele manusear bem uma Bíblia, precisa dominar as técnicas de manipulação de auditório.

6.    Deparar-se com o fato de que estruturas valem mais que cuidado. Desestimula demais quando um pastor de maneira inexorável se convence que os cuidados já foram de maneira sistemática negligenciados em favor da estrutura do templo ou da instituição

7.    Enxergar o que é patente ultimamente: carisma vale mais que caráter. Compromisso, ética, postura, fidelidade, dedicação, acessibilidade, nenhum desses elementos importam para uma comunidade que tem como preocupação ultima de seguir alguém que tenha carisma. Não importante o quão duvidoso é o seu caráter.

Então por que permanecer Pastor em um ambiente apocalíptico como este?
A justificativa para continuar nesta empreitada saiu da boca do Todo-Poderoso quando adverte os mercenários e promete constituir bons pastores. ELE diz:
“…Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e delas não cuidastes; mas eu cuidarei em vos castigar a maldade das vossas ações, diz o SENHOR. Eu mesmo recolherei o restante das minhas ovelhas, de todas as terras para onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; serão fecundas e se multiplicarão. Levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e elas jamais temerão, nem se espantarão; nem uma delas faltará, diz o SENHOR….” Jeremias 23.1-4

Se os mercenários se auto constituíram para estarem a frente do rebanho, o mesmo não se pode falar a respeito dos fieis Pastores, estes não estão por sua vontade, antes foram escolhidos pelo Sumo-Pastor. Afinal é ELE mesmo que diz:
“…Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda….” João 15.16
http://paulo-saraiva.blogspot.com/2011/04/sete-fatos-que-incomodam-um-pastor.html

Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

ORAÇÃO DO ELEITOR ARREPENDIDO


Senhor Deus, dentre os muitos erros que tenho cometido, um tem me incomodado em demasia nos últimos dias.

Acreditei, por um espaço de tempo, que uma ideologia partidária poderia mudar a história do meu país. Errei ao acreditar que esse ideário político marxista-leninista poderia, na prática, condizer com a ética cristã e acreditei que o Partido que está no governo, através de personagens históricos e de luta, seria o melhor para a condução de nossa nação.

Deus, quando soube que os homens a quem dei o poder para governar, estavam envolvidos na mais alta corrupção, minha consciência ficou em chamas. E o pior, agora, presos, agem como se fossem presos políticos, perseguidos injustamente e encarcerados por um ideal.

Perdão, precipitei-me em elegê-los, posto que, no caminhar, descobri que seus objetivos eram alheios às minhas convicções cristã, minha cosmovisão e ao meu ideal socioeconômico, político e religioso.
Desiludido, venho assumir minha tristeza, indignação e reconhecer meu erro. Agora mesmo, em meio ao período eleitoral e diante das calúnias que levantam contra os adversários políticos, percebo o quanto são sagazes, mentirosos contumazes e de que são capazes para se manterem no poder.

Senhor, por que não quero a liberação do aborto e não aceito o casamento de pessoas do mesmo sexo, estou disposto a mudar meu voto. Por não concordar com a política da corrupção que se instalou nas estatais no atual governo, estou convencido a não mais votar neles. Por não acreditar que eles nada sabiam acerca do mensalão e por não crer que nada soubessem sobre o escândalo da Petrobrás, nossa maior empresa, tomei a decisão.

Deus, mais quatro anos com eles seria muito dolorido para toda a nação brasileira conviver com os escândalos que surgem a cada dia: O Valerioduto, a operação Lava-Jato, o delator da Petrobrás, o Caixa 2 na campanha da Bahia, o superfaturamento na compra da Refinaria de Pasadena, o rombo na Refinaria de Abreu e Lima.

Por fim, a chefe do executivo, flerta com as igrejas somente para angariar votos, prometendo os mesmos privilégios que seu antecessor prometera ao Papa, e ao mesmo tempo declarando a criminalização da suposta homofobia, bandeira esta que ameaça as igrejas evangélicas. Em recente discurso na ONU, sugeriu o diálogo com extremistas que decapitam cristãos católicos ou evangélicos somente por não serem fanáticos islâmicos como eles.

É verdade que nem tudo foi perdido nesses anos e eles até fizeram algumas coisas boas, mas somente agora descobri que não foi em nome de um ideal político, todavia, visavam a permanência no poder. Muito do que foi prometido não saiu do papel, como: a transposição das águas do Rio São Francisco, as milhares de creche, o crescimento na economia, entre outros.

Senhor Deus, por isso, peço que, através do teu poder, e do meu poder através do voto, ponhamos um fim nesse período negro de nossa história política. Confesso que errei, mas agora quero acertar. Ajuda-me. Não quero mais votar em gente assim. Gente que diz que para ser reeleito, “faz o diabo”.

Pai, perdoa-me e ouve minha súplica: dá-nos um governo justo e que ponha fim à corrupção reinante em nosso Brasil. Amém!

Maranata.

Deus abençoe a todos.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

O PREGADOR ENTRE O PICADEIRO E O ALTAR

"Respeitável Público: Com vocês... ooo PREGADOOOORR!!"

(LEIAM ESSE ARTIGO DO MEU AMIGO PR. JESIEL FEITAS. VALE A PENA!!!).


É quase isto! Anuncia-se o pregador e então aparece atrás do púlpito alguém vestido num terno colorido, sapatos multicores, gravata linguiça ou gravata multicores com pedrarias a gosto, calças apertadas (cores a gosto - vermelho, verde, azul, roxo, preto, branco, amarelo), e outros adereços esquisitos. Outro dia, um deles apareceu com gravata, lenço e echarpe amarelos... Nitidamente estava preparado para um desfile na passarela, mas jamais para o púlpito! Um amado amigo meu, pregador renomado, disse há pouco tempo enquanto ministrava: "boa parte dos pregadores de hoje não está vestindo-se para vir ao culto apresentar-se a DEUS, mas para as mulheres que frequentam os cultos!" Logo pensei: "bem, a maioria deles ou entende bem pouco ou nada de ética, ou bem pouco ou nada de mulheres". Que DEUS perdoe-me o divertimento imaginário neste aspecto, mas, seria cômico se não fosse trágico! Deve o pregador vestir-se sobriamente, como é digno do púlpito. Não entendam-me mal, por favor, mas tenho inquietante irritação quando vejo coisas assim, e olhem que não tenho visto poucas. Já são vários anos viajando e ministrando em todo tipo de eventos por esse país e tenho sentido-me muitas vezes constrangido com algumas aberrações e situações ridículas com as quais deparo-me!


Tem mais: além do visual chocante, hilário ou deprimente, alguns também pecam gravemente na comunicação. Na débil tentativa de impressionar o público com uma linguagem mais rebuscada ou erudita, alguns lançam mão de termos desconhecidos, palavras não coloquiais e expressões esquisitas. Impostam suas vozes profundamente numa terrível manobra para chamarem atenção do público. Por outro lado, há os que exibem péssimo português. Outros, cumprimentam os obreiros ao chegarem no ambiente, com uma falsa e exibicionista reverência, inclinando-se à frente quase como o fazem os japoneses em sua característica cultura. Perdoem-me, mas não resisti. Senti-me impulsionado a escrever sobre isto. Gostaria mesmo que os companheiros e irmãos pregadores compreendessem isto de forma educativa, instrutiva, conselheira, como uma crítica positiva. Penso que o posso fazer como pastor e pregador do evangelho, embora consciente de minha pequenez, de minhas limitações e de minha disposição em SERVIR ao SENHOR.

Outra coisa estranha são as acrobacias ensaiadas por alguns que movimentam-se desenfreadamente, agitam os braços freneticamente, gritam excessivamente o tempo todo, saem correndo no meio da igreja e coisas do tipo. Conheço alguns que ocupam o tempo no altar contando anedotas e fazendo o povo rir, em alguns casos, inclusive, com linguajares e histórias que não caem bem no ambiente espiritual e especialmente no púlpito da Casa de DEUS! Não que o bom humor não seja bem-vindo, e gosto de ouvir pregadores alegres, mas faça-se tudo com ordem e decência. Igreja não é circo, altar não é picadeiro e pregador não é palhaço; com todo respeito aos profissionais do ramo! Fico realmente estarrecido com estes comportamentos e creio que boa parte dos meus caros leitores sinta o mesmo! Claro que há aqueles pregadores que ocupam o outro extremo: postam-se rigidamente atrás do púlpito, não movem-se um centímetro sequer e discursam como se estivessem engessados, numa falsa ética e numa postura forçada, que foge ao natural e claramente o público percebe que aquela não é a real personalidade do pregador. Penso que o pregador deve agir naturalmente, óbvio que com aquela reverência necessária e característica ao púlpito, ao altar, à igreja, mas nunca mecânica ou roboticamente. Nem tampouco sem saudáveis limites que são inerentes ao bom senso.

Definitivamente, precisamos rever os conceitos. Especialmente os novos pregadores devem cuidar-se para não caírem nesses modismos e nessas esquisitices do nosso tempo. A igreja é lugar santo, o púlpito é sagrado e o altar dispensa comentários! Mais espiritualidade e menos espetáculos, mais GRAÇA e menos gracejos, mais unção e menos frases e gestos de efeitos forjados. O povo precisa ouvir a mensagem genuína do evangelho, ministrada por pregadores autênticos e comprometidos única e exclusivamente em fazer aparecer JESUS ao invés deles! O centro da mensagem é sempre CRISTO e nunca o pregador; a personalidade do culto é o SALVADOR e não o mensageiro e a pregação é um grito revelador em direção aos pecadores e não um espetáculo para promover o pregador. A igreja é uma comunidade de salvos adoradores, e não um circo de expectadores desejosos de espetáculos centrados no homem! Definitivamente, não confundamos ALTAR com PICADEIRO!

Pr. Jesiel Freitas
Ministério Palavra no Altar

terça-feira, 12 de agosto de 2014

JESUS: O VERDADEIRO E MELHOR DE TODOS


Jesus é o verdadeiro e melhor Adão, que passou pelo teste no jardim e cuja obediência é imputada a nós.
Jesus é o verdadeiro e melhor Abel que, apesar de inocentemente morto, possui o sangue que clama, não para nossa condenação, mas para completa absolvição.
Jesus é o verdadeiro e melhor Abraão que respondeu ao chamado de Deus para deixar todo o conforto e a família e saiu para o vazio sem saber para onde ia, a fim de criar um novo povo de Deus.
Jesus é o verdadeiro e melhor Isaque, que foi não somente oferecido pelo Seu Pai no monte, mas foi verdadeiramente sacrificado por nós. E assim como Deus disse a Abraão, “agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho”, nós também podemos olhar para Deus levando Seu Filho até o alto do monte e sacrificando-o, e então dizer, “Agora nós sabemos que Tu nos amas porque não retiveste Teu Filho, Teu único Filho a quem Tu amas, de nós.”
Jesus é o verdadeiro e melhor Jacó que lutou e sofreu o golpe de justiça que merecíamos, de forma que nós, assim como Jacó, só recebêssemos as feridas da graça para nos despertar e disciplinar.
Jesus é o verdadeiro e melhor José que, à destra do rei, perdoa àqueles que o venderam e traíram e usa o seu novo poder para salvá-los.
Jesus é o verdadeiro e melhor Moisés que se põe na brecha entre o povo e Deus e que é mediador de uma nova aliança.
Jesus é a verdadeira e melhor Rocha de Moisés que, golpeada com a vara da justiça de Deus, agora nos dá água em pleno deserto.
Jesus é o verdadeiro e melhor Jó, sofredor verdadeiramente inocente, que então intercede e salva os seus tolos amigos.
Jesus é o verdadeiro e melhor Davi, cuja vitória torna-se a vitória do Seu povo, apesar deles nunca terem movido uma única pedra para conquistá-la.
Jesus é a verdadeira e melhor Ester que não apenas arriscou deixar um palácio terreno, mas perdeu o definitivo e divino; que não apenas arriscou sua vida, mas entregou-a para salvar o Seu povo.
Jesus é o verdadeiro e melhor Jonas que foi lançado para fora, na tempestade, para que nós pudéssemos ser trazidos para dentro.
Jesus é a verdadeira Rocha de Moisés, o verdadeiro Cordeiro pascal, inocente, perfeito, desamparado, sacrificado para que o anjo da morte não atentasse contra nós. Ele é o verdadeiro templo, o verdadeiro profeta, o verdadeiro sacerdote, o verdadeiro rei, o verdadeiro sacrifício, o verdadeiro cordeiro, a verdadeira luz, o verdadeiro pão.
A Bíblia definitivamente não é sobre você e eu. É sobre Jesus o Cristo.
Texto tirado da mensagem 4, de 5 mensagens, que o pastor Tim Keller fez no Brasil.

Fonte: http://ultimato.com.br/sites/marcosbotelho/2014/08/10/pregando-jesus-no-antigo-testamento/?__akacao=2032886&__akcnt=d3fceaa7&__akvkey=0f34&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Newsletter+%DAltimas+214+-+12%2F08%2F2014

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

JUDEUS DE TODO O MUNDO ARRECADAM DINHEIRO PARA A CONSTRUÇÃO DO TERCEIRO TEMPLO

Mesmo em meio a guerra atual com o Hamas em Gaza, os membros do Instituto do Templo continuam com sua campanha mundial pela reconstrução do Beit HaMikdash (Templo Sagrado), também chamado de Terceiro Templo.
Ele recebe esse nome por que o original, edificado por Salomão, terminado em cerca de 950 a.C. foi destruído na invasão babilônica em 586 a.C., sendo substituído pelo Templo construído pelo governador Herodes, que estava em pé nos dias de Jesus, e foi demolido no ano 70 pelo exército romano.
No ano passado, o movimento pela reconstrução ganhou novo fôlego, quando foram retomados os sacrifícios rituais no local, depois novos sacerdotes levitas foram treinados pelos rabinos para recomeçar os rituais descritos no Antigo Testamento, incluindo os que exigem a novilha vermelha. Por fim, anunciou-se que todas as 102 peças do interior do templo estão prontas, incluindo o véu de separação do Santo dos Santos.
A única peça faltante é a arca da aliança, que os rabinos acreditam estar enterrada no monte do Templo e que poderia ser recuperada assim que Israel retomar controle do local.
Nos últimos 30 dias o mundo tem pedido paz para Israel e o Instituto do Templo lançou uma campanha de arrecadação online, onde qualquer pessoa pode contribuir com a solução definitiva para o conflito segundo eles. Mas a solução proposta não irá agradar os muçulmanos, pois se trata de mais uma etapa da reconstrução do Templo.
Na página do projeto no site IndieGoGo, o texto de apresentação diz que a partir de 18 dólares [cerca de R$ 40] é possível colaborar com o projeto de reconstrução do Templo, que irá inaugurar “uma nova era de harmonia e paz universal”. Usando a premissa de que o local mais sagrado para os judeus foi concebido pelo próprio Deus, afirma “Não é o suficiente esperar e orar pelo Terceiro Templo. É uma obrigação bíblica construí-lo”.
O projeto arquitetônico já existe e mescla a revelação dos textos sagrados com a tecnologia moderna. O novo Templo será totalmente informatizado, contando com estacionamento subterrâneo, controle de temperatura, elevadores, docas para transporte público, acesso para cadeirantes e outras comodidades.
O Instituto do Templo garante que seus arquitetos são estudiosos da Torá e “irão garantir que tudo é construído com os mais altos padrões modernos, seguindo as leis judaicas”. O alvo da arrecadação do IndieGoGo é de 100 mil dólares, sendo que 30 mil irão para o Sinédrio (Lishkat HaGazit). Obviamente o custo total é muito maior, mas a intenção do Instituto do Templo é abrir a oportunidade para pessoas de todo mundo contribuírem.
Um vídeo em 3D mostrando os projetos arquitetônicos foi divulgado, o qual dá uma visão do aspecto do templo num cenário onde o Domo da Rocha, sagrado para os muçulmanos, já não existe mais.
Os criadores da campanha esclarecem que a construção do Templo não será realizada com o uso de violência e que seu acesso não será restrito apenas a grupos judaicos, mas seguirá o plano original, sendo uma casa de oração para todos os povos da Terra. Afirmam ainda que “Conforme foi previsto pelos profetas, o Templo Sagrado representa a santidade da vida humana e da paz e será o centro de uma peregrinação inspiradora para todas as pessoas”. 
fonte: https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3439065023362643567#editor/target=post;postID=3071017022490041083

terça-feira, 15 de julho de 2014

TEM ALGUMA COISA ERRADA COM A IGREJA...


O TEXTO É UM POUCO LONGO, MAS QUERO LHE CONVIDAR A LÊ-LO TODO.

Tem alguma coisa errada com a igreja cujos membros não têm desejo de irem ao culto.
Algo está errado quando se prefere as novelas e os esportes à casa do Senhor.
Quando trocamos a Escola Dominical pela Fórmula 1.
Quando deixamos a Bíblia e abraçamos literaturas outras, que não edificam.
Quando não valorizamos o Reino e nos envolvemos com um comportamento mundano nocivo.

Tem alguma coisa errada com a igreja quando os pastores disputam tamanho e importância de seus ministérios em detrimento de outros ministérios.
Quando disputam espaço na mídia, seja no rádio ou na televisão.
Quando se esforçam para comprar um terreno maior que o outro como se fossem adversários.
Quando criam seus próprios parques gráficos para obterem independência e autonomia.
Quando investem pesado na mídia para não perderem a visibilidade.

Tem algo de errado quando um líder tem sua igreja como a única capaz de evangelizar o mundo.
Quando se quer exclusividade e se declara como a igreja que veio para mudar a história.
Quando não se adere ao discurso inclusivo e união para fazer os outros crescerem.
Quando se compra espaço midiático que pertencia a outro somente para vê-lo fora do seu caminho.
Quando um líder entende que o crescimento de sua igreja tem que continuar a qualquer preço.
Quando para se manter no poder, faz-se aliança com o poder secular e poderes opressores.

Algo não está bem quando um pastor critica os outros e desdenha das igrejas menores.
Quando em sua igreja não se prega a Bíblia Sagrada e a Mensagem da Cruz fica esquecida.
Quando o louvor no culto de sua igreja visa agradar o povo e não a Deus.
Quando a liturgia é moderninha e satirizada para não perder a membresia.

As coisas não andam bem quando um pastor apoia candidato ou partido que defende a causa gay.
Quando não se tem uma filosofia em termos de política e sociedade.
Quando não se tem uma visão bem definida do que venha ser a causa homossexual.
Quando não se importa com alianças espúrias, desde que tragam “benefícios” para sua comunidade.
Quando se deixa o púlpito para fazer campanhas políticas nos palanques dos ímpios.

Alguma coisa está fora dos trilhos quando líderes de igreja inventam modas para atrair multidões.
Quando o funk ou “pancadão gospel” tem livre acesso à sua liturgia.
Quando a contextualização vai para além do significado e vira "mundanização".
Quando o carnaval gospel e as paradas sugerem trazer algum tipo de louvor a Deus.
Quando pastores dão entrevistas a revistas pornográficas para continuarem destacados.
Quando outros vão a programas infames e liberam todo o seu sarcasmo em rede nacional.

Alguma coisa está fora do lugar quando um líder traz para o seu púlpito um grupo que não concorda com a sã doutrina somente para ter a “casa cheia”.
Quando se prefere “Voz da Verdade”, heréticos e zombeteiros da Trindade, à música sacra cristã.
Quando se fazem movimentos trazendo grupos reconhecidamente envolvidos com o G12.
Quando se introduz na igreja a dança exótica e sensual em seus cultos somente para atrair os jovens.
Quando se fazem “trabalhos” com pessoas reconhecidamente caídas moralmente.
Quando se usa o púlpito para promover cd de artista, como se púlpito fosse palco e culto um show.

Algo está fora de ordem quando os apologetas, supostos defensores da sã doutrina, se curvam diante de igrejas que ofendem a sã doutrina somente para vender livros.
Quando se realiza grande congresso para dar evidência a um pregador supostamente carismático.
Quando se usa o púlpito como plataforma para o sucesso e promoção da agenda dos pregadores.
Quando se usa o altar como base para comercialização de livros, cds e coisas afins.
Quando se usa a igreja para arrecadar milhões de reais e não realiza os projetos que prometem.
Quando promete e não cumpre. Projeta e não faz. Arrecada e não produz.

Tem algo de condenável nos bastidores das igrejas que se dizem defensoras da verdade, mas praticam as mesmas obras das igrejas neopentecostais e aderentes à teologia da prosperidade.
Quando um líder copia o modelo das heresias neopentecostais, posto que o modelo deu certo lá.
Quando se muda a nomenclatura das reuniões dos gedozistas e das reuniões dos empresários.
Quando aderem às festas juninas com nomes de festas “jesuínas”.

Algo não vai bem quando uma igreja trata a salvação de almas como negócio.
Quando se entende que igreja repleta é sinal de grandes arrecadações e grandes negócios.
Quando se não tem um alicerce doutrinário, cujo líder não ensina com medo de perder o povo.
Quando não se disciplina o membro para não perder o seu dízimo, sua oferta ou sua influência.
Quando se faz acepção de pessoas e dão preferência aos ricos para não perder os empresários.
Quando se crê que o mais importante é casa cheia (ou seria salvas cheias e cofres cheios?).

Portanto, o evangelho do negócio está fadado ao fracasso. Pode-se aludir a grandes projetos movidos pela baboseira da “sementeira” que proclama: “semeie no meu ministério e você será abençoado”. Pode-se alegar que se realiza obras nos quatro cantos do mundo. Os Swargatts, entre outros, também alegavam tais coisas e hoje têm um patrimônio milionário. Embora Donnie Swargatt pregue contra a teologia da prosperidade, sua família foi a que mais se beneficiou com as ofertas advindas dos quatro cantos da terra.

Nada está bem quando um líder arrogante e presunçoso prospera. Há algo de torto na conduta de um pastor falastrão e desafiador, que toca na moral dos outros e se comporta como inatingível.

Presumo que nada está bem em uma igreja que não tem liderança forte. Liderança forte não é aquela que fala alto, que esbraveja, mas a que tem autoridade enquanto orienta, que tem moral enquanto dirige e tem respeito de seus liderados pelo fato de ser humilde e honesto em tudo o que faz. Ah, quanta escassez de virtudes, qualidades éticas e padrão moral de comportamento! E quanta máscara nos púlpitos, quanto culto ao dinheiro e ao poder! Quantas alianças espúrias com os governos corrompidos! Quanta lama na base do altar por conta de concertos com empresários ímpios! Quantos líderes que venderam seus ministérios ao diabo somente para terem sucesso! Por vezes, ouço a voz do nosso Amado Senhor para esses líderes: “Tenho, porém, contra ti que...”

O mundo está pior e a igreja evangélica brasileira não está melhor. Contudo, ainda existe uma liderança sadia. Todavia, essa liderança aos poucos está sendo engolida pela tentação de ser diferente, de ser moderna, de atender os interesses do povo e não de Deus, interesses religiosos e não da Bíblia e interesses ecumênicos e não da genuína fé cristã.

Deus trará à luz todas as obras dos cães, dos falsos obreiros e dos ministros da sinagoga de satanás. O Senhor desmascarará todo aquele que a si mesmo se autointitula apóstolo e não é, mas mente.

Toda falsa profetiza, todo falso mestre, todo falso irmão, toda falsa igreja. Todo agente da corrupção na igreja será removido da presença do Senhor e todo aquele que defende seus interesses e não o do Reino, será “lançado fora”. Todo aquele que não está ligado a Ele, será cortado e lançado fora para ser queimado.


Acordemos! Que Deus tenha misericórdia de nós e nos dê graça para permanecermos em pé.

Qual a saída? Despertamento! Mudança rigorosa! Conversão! Enquanto é tempo!!!

Deus abençoe a todos!!!

terça-feira, 29 de abril de 2014

NÃO SOU MACACO, SOU SER HUMANO, IMAGEM DE DEUS!

O que não faz uma campanha de publicidade!

Bastou um "ídolo" do futebol aparecer nas redes sociais ao lado de seu filhinho com uma banana na mão para toda uma nação aderir a uma frase infeliz: "Somos todos macacos". Todos sabemos que o Neymar foi orientado por publicitários para lhe dar maior destaque, além que o já obtido em sua carreira meteórica. A intenção é boa e os que reverberaram o anúncio o fizeram de boa vontade, entendendo que estavam contribuindo com o fim do preconceito e do racismo, demonstrando toda sua indignação. Nada mais nobre. Contudo, do ponto de vista legal e racional, um ser humano não pode e não deve ser comparado de forma pejorativa a nenhuma forma de animal irracional, posto que isso diminui a dignidade humana. Li na Folha de São Paulo um artigo do Dr. Hédio Silva Júnior, que nos faz lembrar que, em um tempo não muito distante, os judeus foram comparados a ratos pelos nazistas, e que o código civil brasileiro de 1850 tratava os africanos como animais.

Não podemos nos esquivar do fato de que a propaganda "simpática e bem humorada" do craque brasileiro na internet aponta ainda para um viés muito contestado pelos cristãos criacionistas: o da evolução darwinista. Somos todos macacos soa, aos meus ouvidos, como "somos todos originados de uma mesma espécie". O livro "Origem das Espécies", de Charles Darwin, lhes diz alguma coisa?

Resolvi escrever esse post para aderir a uma campanha levantada pelo meu amigo Xavier Campos, membro da Assembleia de Deus em Lins, interior de São Paulo. De origem angolana, é um negro bonito que sente orgulho de sua cor e de sua raça, não se envergonhando de sua origem africana.

Caro Neymar e celebridades, parabéns pela engenhosa campanha bem intencionada que ganhou o mundo, mas: Eu não sou macaco; se os outros o são, eu não! Quero destoar desse discurso que apequena o homem e declarar que sou Humano; sou coroa da criação de Deus; fui criado à imagem e semelhança de Deus; perdi essa condição na queda, em Adão, mas a vi restaurada em mim, por Cristo através de Sua Obra na Cruz (Rom. 8.29).

Nada contra os macacos. Gosto dos bichinhos. São parte da grande obra da criação de Deus e merecem nosso carinho. Porém, nem sou macaco e nem dele derivei. Sou ser humano que procedeu das mãos do Criador e mereço respeito, sendo negro ou branco, rico ou pobre, macho ou fêmea, livre ou não (Gl. 3.28). Por favor, não me rebaixem, pois tenho intelecto, emoções e vontades, fé, consciência e liberdade de escolhas, sendo criado bípede e ereto para olhar para o céu, pois é de lá que vem a minha redenção (Lc. 21.28).

Quem quiser que seja macaco. Sou humano e devo respeitar os outros serem humanos como iguais a mim. E sei que Jesus aprova meu procedimento, pois Ele disse: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Amai a Deus com toda a sua força, inteligência, alma e coração e ao próximo como a si mesmo".

Deus abençoe a todos.

Abraço.

Maranata, Ora Vem Senhor Jesus.

terça-feira, 18 de março de 2014

A IGREJA É O REFLEXO DO SEU PASTOR


Por Pr. Silas Figueira

A Igreja é o reflexo do seu pastor e, se o pastor se espelha nas Escrituras Sagradas, a igreja que ele pastoreia irá refletir esta mesma imagem. Mas o que temos visto por aí nesses últimos anos é uma total descrença no ministério pastoral, pois muitos não estão refletindo a imagem de Cristo. Foi feita uma pesquisa a respeito das três classes que estão mais desacreditadas e a conclusão que se chegou foi: os políticos, a polícia e os pastores. Isso tem ocorrido porque os pastores estão deixando de ser aquilo que pregam. Muitos estão mais envolvidos com as coisas dessa terra do que com o seu chamado. Charles Spurgeon dizia para os seus alunos: “Meus filhos, se a rainha da Inglaterra vos convidar para serdes embaixadores em qualquer país do mundo, não vos rebaixeis de posto, deixando de ser embaixadores do Reis dos reis e do Senhor dos senhores”.

A crise que tem atingido a sociedade tem respingado na Igreja, e o pior, tem chegado até o púlpito. Embora estejamos vivenciando um crescimento numérico na Igreja Brasileira, não temos visto a transformação da nossa sociedade. Tudo isso é um reflexo de que a Igreja não tem tido uma mensagem transformadora, mas uma mensagem moldadora. Uma mensagem que faz bem aos ouvidos, mas que não transforma o coração. E tudo isso, infelizmente, vem do púlpito. Outros por medo de perderem o seu lugar na igreja local se tornam boca do povo para Deus e não boca de Deus para o povo, ou seja, pregam o que o povo quer ouvir e não o que eles precisam ouvir.

Pastores que agem assim são, geralmente, pastores com muita “unção”, mas sem nenhum caráter. É bom lembrar que o caráter sustenta a unção e não vice versa. Há uma crise pastoral e ela precisa ser sanada muito rapidamente, para que a próxima geração não esteja totalmente perdida. Estamos vivendo uma crise ministerial isso é um fato. E isso começa com a teologia que muitos seguem. Muitos estão abraçando várias teologias, menos a bíblica. Vejamos o que tem atuado em muitas igrejas hoje:

O Evangelho da Prosperidade – onde a benção e a graça de Deus sobre a pessoa é medida pelos bens que ela possui. Teologia esta que está na maioria dos púlpitos das igrejas pentecostais e neopentecostais. Descobri recentemente um detalhe interessante nesta teologia, que Cristo morreu na Cruz do Calvário para que eu tivesse muita saúde, carro zero, casa na praia e ser muito rico, ou seja, Jesus não passa de um gênio da lâmpada.

Teologia Inclusiva – A Teologia Inclusiva, como a própria denominação sugere, é um ramo da teologia tradicional voltado para a inclusão, prioritariamente, dos homossexuais. Segundo os seus adeptos, a Teologia Inclusiva contempla uma lacuna deixada pelas estruturas religiosas tradicionais do Cristianismo, pois, por meio da Bíblia, compreende que todos os que compõem a diversidade humana, seja ela qual for, têm livre acesso a Deus por meio do sacrifício de Jesus Cristo na cruz. É o famoso venha como está e fique como está.

Alguns textos que condenam o homossexualismo: Gn 19; Lv 18.22, 20.13; Rm 1.24-28,32; 1Co 6.9,10; 1Tm 1.8-10. Mas Deus é poderoso para mudar a vida dessas pessoas.

Teísmo Aberto ou Teologia Relacional – O atributo mais importante de Deus é o amor. Todos os demais estão subordinados a este. Isto significa que Deus é sensível e se comove com os dramas de suas criaturas. Deus não é soberano. Deus ignora o futuro, pois Ele vive no tempo, e não fora dele. Ele aprende com o passar do tempo. Deus se arrisca. Ao criar seres racionais livres, Deus estava se arriscando, pois não sabia qual seria a decisão dos anjos e de Adão e Eva. E continua a se arriscar diariamente. Deus corre riscos porque ama suas criaturas, respeita a liberdade delas e deseja relacionar-se com elas de forma significativa.

Igrejas Emergentes – As igrejas emergentes estão mais preocupadas com o ouvinte do que com a mensagem em si, e em seu desejo de pregar um evangelho que seja “aceitável” ao homem pós-moderno, acabam por negligenciar os pressupostos básicos do cristianismo, chegando mesmo a negar a literalidade do nascimento virginal de Cristo, seus milagres, a ressurreição de Jesus e a existência do inferno eterno. É “a preferência pela vivência correta ao invés da doutrina correta”. Teologia passa longe dessas igrejas.

Missão Integral – Esse evangelho não passa de uma variante protestante da Teologia da Libertação. Os que defendem essa teologia são líderes cristãos que continuam trancados no armário do socialismo.[1]

Teologia Liberal (Liberalismo Teológico) – A “Teologia Liberal é um movimento que, iniciado no final do século XIX na Europa e Estados Unidos, tinha como objetivo extirpar da Bíblia todo elemento sobrenatural, submetendo as Escrituras ao crivo da crítica científica (leia-se ciências humanas) e humanista. No liberalismo teológico, geralmente, não há espaço para os milagres, profecias e a divindade de Cristo Jesus”. Relativizando a autoridade da Bíblia, o liberalismo teológico estabeleceu uma mescla da doutrina bíblica com a filosofia e as ciências da religião. Ainda hoje, um autor que não reconhece a autoridade final da Bíblia em termos de fé e doutrina é denominado, pelo protestantismo ortodoxo, de “teólogo liberal”. Um pequeno exemplo nós encontramos em relação à existência de Jó. Para os liberais ele não passa de uma alegoria, mas então eu me questiono porque que em Ez 14.14, 20; Tg 5.11 falam dele como se ele fosse um personagem real? Então eu fico com a Bíblia e não com os defensores dessa teologia. Bem disse Jesus “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt 22.29).

O que temos visto hoje em dia, são muitos pastores confusos teologicamente em seus ministérios. O Rev. Hernandes Dias Lopes nos fala que a igreja evangélica brasileira vive um fenômeno estranho. Estamos crescendo explosivamente, mas ao mesmo tempo estamos perdendo vergonhosamente a identidade de evangélicos. O que na verdade está crescendo em nosso país não é o evangelho, mas outro evangelho, um evangelho híbrido, sincrético e místico. Vemos prosperar nessa terra uma igreja que se diz evangélica, mas que não tem evangelho. Prega sobre prosperidade, e não sobre salvação. Fala de tesouros na terra, e não de tesouros no céu.

Nessa babel de novidades no mercado da fé, o Rev. Hernandes Dias Lopes identifica alguns tipos de pastores:[2]

Primeiro, há pastores que são mentores de novidades. São pastores marqueteiros. Quando um pastor entra por esse caminho, precisa ter muita criatividade, pois uma novidade é atraente por algum tempo, mas logo perde seu impacto. Aí é preciso inventar outra novidade. É como chiclete. No começo você mastiga, ele é doce, mas depois você começa a mastigar borracha.

Segundo, há pastores que são massa de manobra. São pastores sem rebanho que estão a serviço de causas particulares de obreiros fraudulentos.

Terceiro, há pastores que deliberadamente abandonaram a sã doutrina. Muitos pastores inexperientes, discipulados por esses mestres do engano, abandonam o caminho da verdade e se capitulam à heresia. É importante afirmar que o liberalismo é um veneno mortífero. Aonde ele chega, mata a igreja. Há muitas igrejas mortas na Europa, na América do Norte e, agora, há igrejas que estão flertando com esse instrumento de morte também no Brasil. Não temos nenhum registro de um liberal que tenha edificado uma igreja saudável. Não temos nenhum registro de um liberal que tenha sido instrumento de Deus para um grande reavivamento espiritual.

Quando uma igreja chega ao ponto de abandonar sua confiança na inerrância e suficiência das Escrituras, seu destino é caminhar rapidamente para a destruição.

A teologia define o caráter e à medida que o pastor se afasta da teologia bíblica, automaticamente ele irá se afastar de Deus e seguir outra direção. Mudar a mensagem para agradar aos ouvintes é mercadejar a Palavra de Deus. Os bancos não podem controlar o púlpito. O pastor não pode ser seduzido pelas leis do mercado, mas deve ser um fiel despenseiro de Deus (1Co 4.1,2). O dever do pregador não é encher o auditório, mas encher o púlpito. Querendo as pessoas ou não ouvir a verdade, não temos que fazer marketing religioso e de falar apenas o que elas querem ouvir. A crise moral e espiritual está por demais enraizadas para ser solucionada com remendos superficiais. Por isso precisamos urgentemente reavaliar a nossa teologia, a nossa fé e o nosso ministério para não cairmos também no descrédito assim como muitos tem caído.

Notas:
[1] Venâncio, Norma Braga. A Mente de Cristo Conversão e Cosmovisão Cristã. Ed. Vida Nova, São Paulo, SP, 2012: p. 49.
[2] Lopes, Hernandes Dias. De: Pastor A: Pastor. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2008: p. 22,23.

Fonte: blogueiroscristaos.blogspot.cbrom./2014/03/a-igreja-e-o-reflexo-do-seu-pastor.html 

sexta-feira, 14 de março de 2014

O BRASIL NÃO É MAIS UM CELEIRO MISSIONÁRIO

Por Leonardo Gonçalves


Conheci a Cristo no final dos anos 90. Minha experiência de conversão se deu em uma igreja batista recém-plantada na minha cidade. Meu batismo e minha experiência de discípulo começou no inicio do ano 2000, na igreja Assembleia de Deus. Eu vivi uma parte do movimento AD2000 (1) e da chamada  “Década da Colheita” (2), e de certa forma toda minha geração foi influenciada por estes movimentos.  Uma e outra vez, escutávamos a frase: “O Brasil é um grande celeiro de missionário”. Por nossa pequena igreja passavam alunos da “Missão Horizontes” falando sobre a janela 10/40 e sobre como o brasileiro gasta mais com Coca-cola do que com o Reino de Deus. Após o culto, nós doávamos aquilo que tínhamos para as missões. Lembro-me de um diácono pobre doando um relógio a um missionário que havia perdido o seu em uma viagem de barco na Amazônia. Lembro-me também de um amigo que constrangido pela necessidade da obra e sem nada para doar, tirou dos pés um par de tênis Nike e colocou sobre o altar, voltando para casa descalço depois do culto. A gente dava o que tinha, e não era por causa de alguma promessa de retorno financeiro (como nas campanhas dos televangelistas atuais), mas simplesmente por amor e desejo de ver o evangelho avançando entre as nações da terra. Os jovens da igreja (e eu era um deles) eram muito ativos: organizavam jograis e teatros com temas missionários, e muitos de nós queríamos ser pastores ou missionários. Hoje, vários daqueles jovens com os quais cresci são pastores, evangelistas, missionários, obreiros em suas igrejas locais, e estão envolvidos de alguma forma com a grande comissão.

UMA IGREJA QUE RESPIRAVA MISSÕES

Mas eu não consigo escrever este texto sem lágrimas nos olhos. Agora mesmo, sinto o peito doer e meus olhos se enchem de água ao me lembrar daqueles dias quando a gente vivia de maneira tão intensa, organizávamos vigílias, acampamentos de oração, visitávamos, evangelizávamos de verdade. Conheço um jovem em Cristo que aos 16 anos tinha uma rotina invejável: Ele fazia semanalmente visitas no hospital da nossa pequena cidade, e saia dali direto para o asilo contrabandeando doces e bíblias para os anciãos com quem passava parte do seu domingo. Por volta das 4 horas da tarde saia dali com outros meninos da sua idade, numa kombi velha da wolksvagen para realizar visitas em uma comunidade rural e "cooperar" com os irmãos de lá. As vezes a Kombi não vinha, e eles faziam o trajeto de 18 quilômetros de bicicleta. Quando chegavam a cidade novamente, era para tomar um banho e ir ao culto, ansiosos por ouvir a Palavra pregada e dispostos a participar, seja cantando, pregando, limpando ou fazendo qualquer outra coisa na igreja local. Durante a semana, ele e outros eram voluntários no “Desafio Jovem Liberdade” – centro de recuperação para usuários de drogas – muitas vezes saindo do trabalho direto para lá, para ensinar violão, passar algum tempo de comunhão com os internos e pregar no culto da noite. Esses rapazes respiravam missões.  

Na época, surgiam seminários com cursos rápidos, em média 2 anos, em regime de internato, onde a ênfase não era apenas preparar teólogos, mas obreiros. Trabalhavam-se questões como caráter, perseverança, domínio próprio, obediência, e grande parte das disciplinas do curso eram de viés missionário. Éramos confrontados com as biografias de William Carey, David Brainerd, Hudson Taylor, Adoniran Judson, George Miller, e nos inspirávamos neles. Criticava-se o modelo de seminário que formava apenas teólogos e falava-se muito em vocação ministerial. Escutávamos uma e outra vez que ser pastor é um dom e não uma profissão, e que o ministério é muito mais dar do que receber. O ponto alto das aulas era quando por lá passava algum missionário em transito, e contava as experiências vividas naquela terra desconhecida. Lembro-me de ter ouvido um desses missionários falando sobre o país dos Incas, e de como me senti desafiado pelo testemunho daquele jovem obreiro. À noite, enquanto orava por aquele país, discerni claramente a voz de Deus falando fortemente ao meu coração: “Eu te levarei ao Peru!”. Cai em pranto, sentindo um misto de temor e imensa alegria, pelo peso da responsabilidade e pela honra recebida. Sai do meu país em 2003, quando ainda se vivia a ressaca destes movimentos.

JOVENS QUE NÃO ALMEJAM O MINISTÉRIO

Hoje a igreja evangélica definitivamente não é a mesma. Ela nem sequer se parece com aquela igreja de 15 anos atrás. Cada vez que viajo ao Brasil, fico absorto com a secularização cada vez maior da igreja. Vejo uma igreja rica, muito rica, mas tremendamente ensimesmada. Em círculos tradicionais e na ala pentecostal clássica, pouco se fala em evangelismo e missões. Já os neopentecostais distorceram o conceito de evangelismo e missões transformando a igreja em uma pirâmide e implementando visões celulares das mais absurdas, substituindo paixão missionária por obediência cega a um líder autoritário. Se antes os jovens desejavam o ministério, a geração atual foge dele. É comum ver rapazes de moças de vinte e poucos anos com altos salários, comprando carros importados, fundando empresas, empreendendo e ganhando muito dinheiro. Os pastores destas igrejas sofrem, pois tem que se desdobrar em mil ofícios para atender as necessidades do rebanho, já que ninguém quer se envolver no ministério e sacrificar as horas de descanso para cuidar das necessidades alheias. Alguns poucos ainda ousam se envolver com missões, mas raramente em tempo integral. Ao invés disso, doam parte das suas férias para servir em algum país exótico, e passam 4 ou 5 dias visitando alguma igreja local,  e o resto das férias em alguma praia paradisíaca do Índico ou do Pacífico. Não trabalham nada, mas tiram umas quinhentas fotos com crianças locais e chegam a suas igrejas com testemunhos fantasmagóricos acerca de como salvaram o mundo em seis dias e ensinaram os pastores e missionários locais a pastorearem suas igrejas. 

MISSIÓLOGOS DE INTERNET QUE NUNCA SE ENVOLVERAM COM MISSÕES

O conceito de missão tem sido banalizado por uma geração hedonista mais preocupada com seus prazeres do que com glorificar o Cristo entre as nações. Para justificar sua falta de coragem para encarar o campo missionário, criam-se as mais distintas agencias missionárias, muitas das quais não enviam e nem sustentam nenhum missionário, dedicando-se apenas a recrutar voluntários para viagens de ferias, exatamente do tipo que mencionei no último parágrafo. Diga-se de passagem, o dinheiro gasto por uma equipe de voluntários de férias, se fosse doado integralmente a alguma missão séria que trabalhe entre os autóctones, daria para sustentar cerca de 10 obreiros durante um ano. Crer que 20 brasileiros em uma semana podem fazer um melhor trabalho que um obreiro nacional em um ano é um sofisma, mas parece ser este o pensamento predominante nessas missões recém-criadas no Brasil (as exceções conformam a regra).

Embora não estejamos mais tão engajados com missões transculturais, nunca tivemos tantos “ESPECIALISTAS” em missões! Meninos de vinte anos, com pouca ou nenhuma formação teológica, sem experiência de vida ou ministério e cujo maior esforço missionário foi falar de Jesus para o colega de classe, editam blogs e vlogs, dão opiniões e organizam conferencias missionárias onde eles mesmos são os preletores. Recentemente um desses palpiteiros da internet, um garoto de 20 anos, escreveu um livro sobre missões. Muita gente elogiou a atitude do rapaz e não encontrei ninguém, nem mesmo entre a velha guarda evangélica (que também é ativa nas redes sociais) para colocar freio na arrogância do moleque que escreveu suas 120 paginas sobre um assunto que ele nunca experimentou de fato. Há algum tempo recebi duas equipes de voluntários na cidade de Piura, onde desde 2008 temos desenvolvido alguns projetos missionários. Um dos rapazes que nos visitou, ainda nem tinha barba no rosto, mas logo se apresentou como consultor em missões. Segundo ele, varias igrejas no Brasil contam com seus conhecimentos de consultoria. Isso me parece estranho, se considerarmos que ele nunca foi missionário de fato, apenas participou de algumas palestras com ênfase na famigerada e pouco eficaz Missão Integral (3). Recebi deste garoto que nunca fez missões, diversos conselhos sobre como treinar meus obreiros e torná-los mais efetivos. Outros chegam já satanizando a cultura, tendo visões esquisitas acerca de demônios territoriais e correntes que estão aprisionando nossa igreja e missão, algo muito esquisito e sem bases bíblicas em minha opinião. 

UMA JUVENTUDE QUE QUER ENSINAR, MAS NÃO SE PRONTIFICA A APRENDER

Durante os dois últimos meses visitei varias igrejas no Brasil e por onde passei, desafiei pessoas para virem ao campo missionário no Peru, e o máximo que consegui foram uns garotos meio-hippies dispostos a vir salvar o mundo em uma semana e ensinar os pastores a pastorear suas igrejas. Todos os rapazes com quem falei queriam vir e ditar seminários, palestras, conferências, treinamento para pastores, e não atentavam para o ridículo das suas propostas, já que eles mesmos nunca pastorearam nem suas próprias famílias. No entanto, nenhum deles se mostrou disposto a passar ao menos um ano trabalhando de forma sistemática e fiel junto aos nativos, participando da vida, da luta e das dores do povo, compartilhando a comida e vivendo a verdadeira essência da missão. Todos queriam ensinar, ninguém estava disposto a viver. Todos queriam vir e impor; ninguém estava disposto a vir, viver e receber. Todos queriam formar obreiros, ninguém queria ser formado como obreiro. Todos queriam vir correndo e voltar; ninguém estava disposto a vir e permanecer. Cada um tinha uma visão diferente para a igreja peruana, mesmo sem ter conhecido de perto este campo missionário. Todos tinham receitas exatas para fortalecer o ministério local, mas ninguém queria servir no ministério. Muitos reis, nenhum servo. Como diria o pastor Kolenda, de saudosa memória, simplesmente “muito cacique para pouco índio”.

UMA IGREJA SECULARIZADA QUE NÃO AMA MISSÕES

Não posso dizer exatamente onde foi que a igreja errou (não se preocupem, deve ter algum conferencista de vinte anos capaz de decifrar este mistério!). Porém, mesmo sem saber exatamente, acredito que alguns fatores são visíveis e fáceis de discernir: economia estável, bons empregos, oportunidade de fazer duas, três, quatro faculdades, anos de pregação antropocêntrica que exclui o sacrifício como parte da experiência cristã, tudo isso contribuiu para uma horrível secularização da igreja. Se eu fosse dispensacionalista, não teria dificuldade em aceitar que a igreja está vivendo a “Era de Laodicéia”. A igreja de Laodiceia e a igreja brasileira são irmãs: As duas são ricas materialmente, ensimesmadas, autossuficientes. As duas estão corroídas pelo pecado, empobrecidas de galardão e cegas quanto a sua real situação.  Se há algumas décadas dizia-se que o Brasil era um celeiro de missões, hoje tenho certeza que este título deve pertencer a algum outro país: China, Índia, Coreia do Sul, talvez... Mas definitivamente, esse título já não se pode aplicar ao Brasil.

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Leonardo Gonçalves é missionário há 11 anos. Neste período ajudou a plantar e consolidar igrejas no Brasil, Argentina (Patagônia e província de missiones), e no norte de Peru. Desde 2008 vive na cidade de Piura, envolvendo-se na plantação de 7 igrejas autóctones. O Projeto Piura sustenta hoje 6 obreiros autóctones e ajuda a 60 crianças provindas de comunidades carentes do Peru.

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NOTAS:

1. O Movimento Ano 2000 (AD 2000) surgiu de uma reunião em janeiro de 1989, em Singapura, onde foi realizada uma Consulta Global de Evangelização Mundial para o ano 2000 e Além. Esta consulta deu origem ao movimento denominado AD 2000, cujo enfoque eram os povos não alcançados da chamada ‘janela 10/40’.


2. A Década da Colheita foi o resultado de um encontro de líderes das Assembleias de realizado nos Estados Unidos, em 1988. Foram também estabelecidas metas bem claras para a AD no Brasil, para serem alcançadas até o ano 2000: (1) Levantar um exército de três milhões de intercessores; (2) Ganhar 50 milhões de almas para Cristo; (3) Preparar 100 mil obreiros dispostos a trabalhar na seara do Mestre. (4) Estabelecer 50 mil novas igrejas em todo o Brasil; e (5) Enviar novos missionários para outras nações.

3. Não é que eu me oponha totalmente a Missão Integral. Minha crítica a este movimento pode ser resumida em poucos pontos: (1) A terminologia Missão Integral é, por si, uma redundância. Se é missão cristã, deve ser integral, e se não for integral (no sentido de total), não é missão. (2) Os promotores da Missão Integral no Brasil parecem se inspirar mais no marxismo do que na Bíblia. Um dos líderes desse movimento chega a apresentar o comunismo como uma ideia bíblica de comunidade. Ora, confundir comunidade cristã com uma ideologia que foi responsável por milhões de mortes no mundo, incluindo muitos cristãos, é uma boçalidade. (3) O discurso da Missão Integral tem servido de plataforma política para ideias esquerdistas, e sua super-ênfase no social tem levado alguns a pregar um conceito que beira a salvação pelas obras, algo abominável do ponto de vista bíblico. (4) Nunca vi um leprosário criado ou mantido por adeptos da Missão Integral.
fonte: http://www.pulpitocristao.com/2014/03/o-brasil-nao-e-mais-um-celeiro.html#.UyLtYPldUmM