quinta-feira, 22 de novembro de 2018

DEFESA POR UMA DOUTRINA PENTECOSTAL



Como está difícil ser igreja nesses últimos dias! As igrejas antigas e conservadoras estão envolvidas em política - muitas vezes política suja, as novas são cada vez mais liberais e seus líderes vivem descomprometidos com a sã doutrina e com o Reino de Deus. Os pregadores do passado, que antes tinham nome e eram instrumentos para trazerem um avivamento, estão caídos ou desfaleceram suas forças por causa do cansaço e velhice. Os pregadores do presente, longe do valor e da coragem de nossos pais, são "ousados" (para não dizer arrogantes) e vivem como lobos devoradores, visando somente a gordura e a lã do rebanho. Esses tais, antes mesmo de terem uma experiência com Deus, têm a  visão do lucro, com ganhos exorbitantes em nome de teologias erradas, expondo suas heresias, como da falsa teologia da prosperidade, por exemplo. Não se fazem mais pregadores como antigamente, não se fala mais na Cruz de Cristo e nem na loucura de sua mensagem .

Sou assembleiano desde o berço de minha fé e vejo com tristeza igrejas morrendo por não defenderem uma doutrina pentecostal e nem pregarem a grandeza da realidade espiritual chamada Batismo com o Espírito Santo. Não se fazem mais seminários sobre os dons espirituais como no passado. Lamentável, mas parece que os eclesiólogos que desdenham do pentecostalismo estão realmente certos por apostarem em um mundo sem pentecostalismo, um mundo pós-pentecostalismo, e já escrevem acerca de como será esse mundo sem o movimento pentecostal.

E nós, o que estamos fazendo para mudar? Investimos em estratégias de crescimento, em festas, em produção de cds para serem vendidos, fomentamos o comércio livreiro para arrecadarmos dinheiro, alimentamos a confecção de camisetas, abusamos de slogans puramente materialistas e seculares para despertar o poder da "fé" - ou seria poder da mente? -  e o potencial humano que existe dentro de cada um.

Sou de um tempo em que quando nos reuníamos para realizar uma cruzada, discutíamos o alcance das almas. Nossas metas eram almas e quantas mais almas salvas melhor seria. Contudo, já tive o desprazer de ouvir em uma reunião de líderes de jovens acerca de quanto se poderia arrecadar com o aluguel de espaços para barracas para os novos "vendilhões do templo". Temos, na maioria das igrejas, líderes plutarcos e gananciosos, carismáticos como os apresentadores de tv, mas de fazerem inveja a Al Caponne: lobos vorazes que enganam o povo de Deus.

O Espírito Santo está sendo convidado a se retirar de nossas igrejas e aos poucos estamos aprendendo a realizar cultos sem sua intromissão. Para quê inspiração se o que o povo quer é ouvir sobre prosperidade, vitória, chave ou abertura de portas? Cá pra nós, para pregar sobre prosperidade não precisa de graça de Deus: é só decorar uma meia-dúzia de versículos de textos sugestivos, mexer com o sensacional, o emocional do povo e dizer que Deus vai abrir uma porta e mudar sua vida.

Urge a necessidade de uma mudança que passe pelas lideranças insanas por dinheiro e poder e que chegue ao povo em forma de arrependimento e comoção de modo a se obter uma renovação eclesiológica-litúrgica. As mensagens precisam parar de falar em cifras e falar mais acerca da cruz, deixar de lado o sensacional e mostrar o poder real da Palavra de Deus a fim de convencer  e salvar vidas. Todos os defensores da tal teologia da prosperidade estão condenados ao fracasso como pregadores, porque a mensagem deles está dissociada da Cruz de Cristo. São lobos devoradores, perigosos, vorazes, famintos, desavergonhados. Todos os dias a sã doutrina os desmascara, mas ainda assim proclamam inverdades cotidianamente tendo as mentes cauterizadas, pregando mentiras como se fossem verdades, enganando os outros e sendo enganados. Eles terão suas recompensas.

Maranata. Ora vem Senhor Jesus!!!
Deus abençoe a todos.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

OS EVANGÉLICOS E A POLÍTICA

Como cristãos podemos ser apartidários, mas jamais apolíticos. Não podemos ficar neutros. A coragem de tomar posições é uma marca da igreja protestante. Portanto, queremos elencar aqui, sete orientações bíblicas a propósito das eleições 2018.

Em primeiro lugar, os governantes que passam por cima das leis são um risco para a nação. A Bíblia diz: “Os que desamparam a lei louvam o perverso, mas os que guardam a lei se indignam contra ele” (Pv. 28.4). As leis devem ser justas e devem ser obedecidas pelos governantes e pelos governados.

Em segundo lugar, os governantes perversos desagregam a nação. A Bíblia diz: “Quando triunfam os justos, há grande festividade; quando, porém, sobem os perversos, os homens se escondem” (Pv. 28.12). Governantes justos abençoam a nação; governantes perversos transtornam a nação. O povo é abençoado quando seus governantes são um exemplo, mas o povo se esconde atordoado quando os governantes promovem a perversidade.

Em terceiro lugar, os governantes que ocupam o poder para oprimir o povo trazem grande sofrimento à nação. A Bíblia diz: “Como leão que ruge e urso que ataca, assim é o perverso que domina sobre um povo pobre” (Pv. 28.15). O leão ruge para espantar a presa e o urso ataca para destruí-la. Um povo nunca é livre sob a égide de um governo ditador. Um povo nunca é seguro sob um governo tirano.

Em quarto lugar, os governantes que sobrecarregam o povo de impostos para manter a máquina do governo transtornam a nação. A Bíblia diz: “O rei justo sustém a terra, mas o amigo de impostos a transtorna” (Pv. 29.4). Um Estado pesado demais, burocrata demais, onde os impostos são para pagar o luxo dos governantes em vez de atender as necessidades dos governados é uma inversão total do propósito do Estado.

Em quinto lugar, os governantes rendidos aos esquemas de corrupção tornam-se uma escola de crime. A Bíblia diz: “Se o governador dá atenção a palavras mentirosas, virão a ser perversos todos os seus servos” (Pv. 29.12). Os governantes nunca são neutros. São uma bênção ou uma maldição. Eles inspiram o povo para o bem ou para o mal. Se eles se alimentam da mentirosa e governam o povo com enganos, do topo da pirâmide do poder, toda a base da pirâmide, tornar-se-á corrompida e pervertida.

Em sexto lugar, os governantes corruptos destroem a si mesmos e se tornam protetores dos criminosos. A Bíblia diz: “O que tem parte com o ladrão aborrece a própria alma; ouve as maldições e nada denuncia” (Pv. 29.24). Aqueles que assumem o poder para montar esquemas de aparelhamento do Estado para saqueá-lo, acabam destruindo a si mesmos, arruinando seu nome, conspurcando sua honra e maculando sua história. Esses, tornam-se culpados de corrupção ativa e passiva. Roubam e deixam roubam. Esses colocam uma mordaça em si mesmos, porque não têm coragem de denunciar nos outros os crimes que eles mesmos praticam.

Em sétimo lugar, os governantes corruptos jamais deveriam ser aplaudidos e guindados ao poder pelo povo. A Bíblia diz: “O que disser ao perverso: Tu és justo; pelo povo será maldito e detestado pelas nações”. A maneira mais democrática de demonstrarmos nosso repúdio àqueles que mostram indícios e até mesmo dão provas de que não são íntegros no trato da coisa pública e não dando a eles o aval do nosso voto. Apoiar aqueles que desfraldam bandeiras que, à luz da nossa consciência iluminada pelas Escrituras, trazem vergonha e opróbrio à nação, é receber a pesada imputação de “maldito” e ainda é receber uma reprovação sonora no meio das outras nações. Que Deus nos ilumine na escolha dos nossos legisladores e governantes!


*Texto originalmente publicado em hernandesdiaslopes.com.br

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

ENQUANTO ISSO NA SÍRIA... NINGUÉM SE IMPORTA.



"Não vos comove isto a todos vós que passais pelo caminho? Atendei, e vede, se há dor como a minha dor, que veio sobre mim". Lamentações 1.12a. 


Enquanto aqui na esfera sul do planeta as pessoas debruçam-se sobre assuntos tais como, futebol e praia, celebridades e BBB´s, no outro lado do mundo, na Síria, milhares de pessoas morrem ou sofrem os horrores da guerra, aumentando as estatísticas já desastrosas de um conflito que parece não ter fim.

Não desconhecemos as causas e os interesses políticos de nações envolvidas indiretamente no conflito, mas ser cristão e não se importar com a dor do seu próximo é agir com farsa e máscaras religiosas, como significa a palavra hipocrisia em seu contexto cultural.

Bem, é isso mesmo, interpretamos papéis de bons moços, porém, não nos comovemos com a dor dos homens, das mulheres, dos jovens e das crianças sírias de todas as idades, sob o pretexto – como pensam alguns – de que esse país é inimigo de Israel e, por isso, não devemos nos importar, porque é a mão de Deus pesando sobre eles.

Jamais haverá alguém como Jesus de Nazaré, que ensinou seus discípulos a amar o seu próximo e até mesmo os que são seus inimigos. Nós, cristãos, deveríamos nos envergonhar de apoiar ou fazermos vistas grossas ao que acontece àquele povo. Quantos de nós oramos pela Síria, pela paz na Síria, pelo fim da guerra?! Mas, oramos pela paz em Israel. As guerras são inevitáveis, dirá alguém, mas nem por isso devemos nos isentar de orar pela paz!

Está se tornando cada vez mais comum ouvirmos e vermos pessoas dando de ombros para situações como essa. Não se importam porque não está acontecendo em sua cidade. As bombas não estão caindo no seu quintal e, assim, vão seguindo a vida, torcendo pelo seu time e anelando pelo momento da novela ou do BBB começar. Lamentável.

Como o ser humano tem se desviado dos propósitos e das intenções de Deus de sermos uma grande família de irmãos… Temos movimentos por todos os segmentos e até pessoas que valorizam mais a natureza em si e os animais abandonados que o seres humanos, levantado a bandeira, por exemplo, do Green Peace ou da Sociedade Protetora dos Animais.

Não temos visto nenhum líder religioso evangélico brasileiro, americano ou de outra nacionalidade, engajado, vindo às mídias, pedindo por orações por esse povo, essa gente. Na verdade, alguns acreditam mesmo que Deus os está expurgando e que está prestando um grande serviço à humanidade.

Vimos, hoje pela manhã, um vídeo de uma moça, ainda muito jovem, pedindo socorro e gritando aos quatro cantos do mundo: “Salve-nos”. Ou seja, “por favor, importem-se conosco...”. Que o grito dessa menina e suas lágrimas possam comover os corações empedernidos das outras nações e, se não pudermos ajudar com dinheiro, mantimentos ou diplomacia, que possamos nos dispor a orar por aquela população aflita. Afinal, eles se parecem muito conosco, não?! Não parecem seres humanos?! Não têm as mesmas aspirações que nós?! Não têm direito a um futuro melhor?!

A solução ainda é orar. Incrível como alguns de nós oramos com tanto vigor e fé para obtermos portas de emprego abertas, saúde para os nossos familiares, êxito para nossos empreendimentos, crescimento ara nossas igrejas, entre outros motivos, e não temos a mesma fé para orar pelo fim de uma guerra.

Que os nossos corações se comovam com os gritos de socorro de nossos irmãos sírios...

“A oração de um justo pode muito em seus efeitos”. Oremos, pois, pelos habitantes da Síria.


Deus abençoe a todos.