sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

MINHA GRATIDÃO À CIDADE DE SÃO PAULO

Como alguns já devem saber estou de mudança, voltando para minha terra natal: o Ceará. Quero agradecer à Cidade de São Paulo pelos 24 anos aqui vividos (quatro em Americana). Durante todos esses anos nada me faltou e tive em abundância. São Paulo me acolheu como um filho e faz jus ao apelido que alguns lhe dão de "caldeirão de raças" dada a sua hospitalidade. Aqui são recebidos judeus e árabes, turcos, coreanos, japoneses, italianos, americanos, latinos, africanos e nós, os nordestinos, com o mesmo abraço. A capital paulista e o povo paulistano são amigos, dóceis (com raras exceções de gangs "nazistas" que odeiam todos os que não são seus) e reconhecem a contribuição do nordestino na construção dessa grande metrópole.

Aqui conclui meus estudos, fiz faculdade de Teologia, fui levado ao ministério, dirigi igrejas. Aqui conheci minha esposa e Deus me deu dois filhos. Ao contrário de Noemi, cheguei sozinho, vazio, mas volto com esposa e filhos, cheio de novas experiências, graças à Graça de Deus e as quatro igrejas que dirigi desde que assumi o pastorado, os pastores que tive, as aulas de EBD e de Teologia, graças às vigílias e pregações que ouvi de meus pastores e amigos pregadores.

Querendo Deus, estaremos, minha família e eu, desembarcando na capital cearense amanhã, dia 31.12.11, às 23:00hs e devo passar o reveillon em minha nova igreja. Nunca pude dizer com tanta ênfase: Ano Novo Vida Nova, Cidade Nova, Igreja Nova,...Claro, que tudo isso quem fez foi o Senhor e é coisa maravilhosa aos nossos olhos. A Ele toda glória e honra por tudo que vivi aqui em Sampa.

Forte Abraço e abraço a todos os amigos que deixo em São Paulo e aos novos amigos que terei em Fortaleza.

Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.

terça-feira, 26 de julho de 2011

A IGREJA NAS TENDAS DE SEM (PARTE II)

Lembrando a todos que esse texto é do meu Amigo, Pastor Natanael dos Santos. Boa Leitura!

A IGREJA NAS TENDAS DE SEM
A promessa de Deus na vida de Abraão seu avô estava tendo o seu real cumprimento. Das entranhas de Jacó, nasceria José, que mais tarde, após vários períodos de duras provas, se tornaria governador do Egito.
Estando no Egito, teve o privilégio de receber seu pai e seus irmãos os quais foram colocados estrategicamente na terra de Gósen, para ali habitarem. Nesta terra se multiplicaram em grande maneira, ao ponto de se tornarem numa grande multidão.
Ali estando todos eles gozaram do favor do Faraó amigo de José. Este Faraó havendo morrido foi substituído por outro Faraó que não conhecia a José.
Este novo Faraó estando no governo oprimiu os filhos de Israel fazendo-os amargar como escravos debaixo de um jugo tirano e cruel.
Quatrocentos anos depois, cumpriu-se o que Deus havia pactuado com Abraão (ler Gn 15. 7-16). Moisés estava apascentando o rebanho do seu sogro Jetro no Monte Horebe quando Deus falou com ele de uma sarça, ordenando-o a tirar o Seu povo da escravidão.
Obedientemente Moisés se põe a executar o mandado do Senhor seu Deus, ajudado por seu irmão Arão. Sob o braço forte de Deus, Faraó permite Israel sair em direção àquela que seria a sua pátria definitiva. Estando no deserto, Deus trabalhou maravilhosamente através de Moisés a fim de fazer daquele povo uma nação.
Durante a peregrinação pelo deserto, Israel recebe diretamente de Deus a Lei que governaria o seu destino. Muitos daqueles que haviam saído do Egito, morreram no deserto por não crerem na palavra de Deus.
Quando a nova geração nascida no deserto estava na fronteira, prestes a ocupar a Terra da Promessa, Moisés morreu.
Deus então encabeça Josué como seu sucessor, para dar continuidade ao Seu plano.
À frente do povo como um valente e destemido general, depois de verem as muralhas de Jericó destruídas e após cruzarem o Jordão, ambos os episódios ocorridos de forma sobrenatural, aquele povo se estabeleceria na Terra Prometida e começaria a conquistá-la.
Havendo conquistado boa parte da terra, Josué antes de morrer lhes faz recordar tudo o que Deus fizera por eles e os convida a assumir o compromisso de servirem somente ao Senhor, tomando ele próprio como exemplo de que particularmente estaria servindo a Deus com toda a sua casa.
Vem então, o período dos Juízes quando a Bíblia diz que cada um fazia o que bem parecia aos seus olhos. O último deles foi Samuel.
Fartando-se da sua maneira de governar, pediram-lhe um rei e Deus lhes deu Saul na sua ira e depois o tirou no seu furor, estabelecendo Davi em seu lugar.
Davi fora um homem segundo o coração de Deus! Ele organizou a nação de Israel e antes de morrer passou o cetro ao seu filho Salomão.
De posse do governo, Salomão dá início à construção do Templo idealizado por seu pai e, junto com o povo de Deus após longos anos, inaugura aquela majestosa casa; lugar onde Israel poderia agora adorar tranquilamente ao Senhor sem precisar depender de estar montando e desmontando tenda aqui, ali ou acolá.
Salomão saiu-se muito bem no governo de Israel até que as mulheres lhe perveteram o coração. Após isso, seu reinado começou a entrar em decadência.
Tendo morrido, Roboão seu filho reinou em seu lugar, mas logo em seguida o reino que havia sido unificado desde os dias de Davi, seria dividido.
Jeroboão conquistou o coração de alguns e ficou com dez tribos enquanto Roboão apenas com duas. Com o reino dividido, os problemas logo começaram a surgir.
Com o passar do tempo, tanto no Sul quanto no Norte, o povo de Deus se viu governado, ora por um rei bom, ora por um rei mau.
Em consequência da desobediência, o Reino do Norte composto de dez das doze tribos de Israel foi levado em cativeiro pela Assíria e aproximadamente cem anos depois o Reino do Sul, composto das tribos restantes. O Reino do Sula seguiria também em cativeiro para a Babilônia de Nabucodonosor.
As tribos do Norte se dispersaram e até os dias de hoje não se sabe exatamente onde elas estão.
Setenta anos foi o tempo do cativeiro babilônico deflagrado contra o Reino do Sul. Após estes anos vividos no exílio, Deus levanta Zorobabel, Josué,  Esdras Neemias, Ageu e Zacarias. Através desses homens Israel é de novo estabelecido em sua terra e o Templo é reconstruído.
Porém poucos anos à frente, Israel estaria outra vez em derrocada. Neste período, Deus levantou o profeta Malaquias para advertir a nação dos erros que estavam comentendo.
Após ele, deu-se o Período Interbíblico. Neste espaço de tempo até a chegada do Messias, muitas guerras se deram entre o povo de Deus. A história Sagrada estava esperando a chegada da plenitude dos tempos.
E foi exatamente quando ela se cumpriu que o Messias tão esperado pelos judeus nasceu em Belém trazendo uma nova esperança para aquele povo.
Infelizmente eles o rejeitaram, levando-o à cruz. Jesus morreu, mas com sua morte foi selada a vitória tanto de judeus quanto dos gentios.
De ambos os povos, Deus, soberanamente, constituiu um só povo para através deste, tornar o Seu nome conhecido em toda a Terra.
A igreja que nunca fora considerada como povo, foi enxertada em Jesus Cristo a Oliveira Verdadeira e feita povo peculiar de Deus. Constituída de judeus, os descendentes de Sem e de gentios, os descendentes de Cão e Jafé, a igreja está no mundo como Geração Eleita, Sacerdócio Real, Nação Santa e Povo Adquirido, para anunciar as virtudes de Jesus.
A Igreja, constituída de famílias de todos os povos, tribos, línguas e nações, verdadeiramente está nas tendas de Sem como um povo forasteiro e peregrino, mas caminhando rumo à Cidade que tem fundamentos, cujo Artífice e Construtor é Deus!


Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.

sábado, 23 de julho de 2011

A IGREJA NAS TENDAS DE SEM (PARTE I)

Pastor Natanael dos Santos
O texto abaixo é de um grande Amigo. Pastor Natanael dos Santos é daquelas pessoas amáveis e dóceis que demora-se encontrar. Foi missionário na Argentina e nos EUA durante muitos anos e também pastor setorial e pastor-presidente no interior de São Paulo. É um excelente pregador. Seu tema é quase sempre a Cruz de Cristo, o Calvário, o Amor de Deus. Estudioso, pretende lançar um livro em breve e deu-me a honra de presentear-me, a meu pedido, com algumas linhas de seu novo projeto. Linhas que transcrevo aqui para vocês. Boa leitura! 

A IGREJA NAS TENDAS DE SEM
Após a morte do pregoeiro da justiça, os descendentes de Noé se multiplicaram, mas em vez de encherem a terra como Deus havia ordenado, conceberam um plano maligno de se perpetuarem onde estavam, afim de não serem destruídos.
Iniciaram a construção da Torre de Babel na terra de Sinear sob o comando do ímpio e arrogante Ninrode. Porém Deus não os deixou ir avante naquele pernicioso intento, pois, além de não quererem se espalhar pela face da terra queriam também fazer para eles um nome.
O Deus de todo o Universo prontamente os julgou. A língua deles foi confundida, e eles, obrigatoriamente tiveram que se espalhar cumprindo-se assim a soberana determinação divina. Tudo o que Noé, havia predito a respeito dos seus filhos, cumprira-se perfeitamente:

Os descendentes de Cão povoaram a África, a Ásia, a Oceania e, por algum tempo, certas regiões do Oriente Médio, Babilônia e imediações do Mar Vermelho.
Os descendentes de Jafé povoaram as ilhas do mar e as distantes paragens européias. Eles se dirigiram para o Ocidente, povoaram todas as ilhas do Mediterrâneo, toda a Europa e parte da Ásia.
Os filhos de Sem foram Elão, Assur, Arfaxade, Lude e Arã. Elão se estabeleceu a leste da Pérsia e deu origem aos elamitas, bem notável no tempo de Abraão. Assur foi o progenitor dos assírios, notáveis guerreiros e conquistadores. Arfaxade, progenitor dos semitas, caldeus, que dominaram a Mesopotâmia, sendo vizinhos de Assur, Elão e outros. O neto Eber foi progenitor dos hebreus. Lude parece que foi o pai dos lídios. Arã pai dos arameus, povo notável nos dias do reino de Israel, encontrando o seu fim político no império assírio. (Informações colhidas do livro: Povos e Nações do Mundo Antigo, Antonio Neves Mesquita, JUERP, pg. 49 e 50).

Abraão foi um dos descendentes de Sem e vivia na Mesopotâmia em Ur dos Caldeus, uma das grandes cidades do mundo antigo. Sua cidade natal era banhada pelo rio Eufrates e muito famosa por sua cultura. Era também possuidora de uma arquitetura invejável para a sua época e detentora de uma extraordinária riqueza, além de ser também famosa por suas habitações cômodas, por sua música e por sua arte. Esta cidade era o seu torrão onde prazerosamente desfrutava do feliz convívio com sua família.
Nesta terra, os amorreus, seus antecedentes chegaram e, em vez de dedicarem suas vidas ao Único e Verdadeiro Deus, se misturaram com os idólatras, trazendo para eles sérios e terríveis prejuízos espirituais.
Deus poderia começar tudo de novo destruindo mais uma vez a raça, porém, desta feita determinou em vez de destruí-la, criar para Si um novo povo.
Porém, um belo dia, aparentemente comum como todos os demais, Abrão (seu nome não havia sido mudado ainda) ouve uma voz chamando-o e dando-lhe uma ordem estranha para sair da sua terra e do meio da sua parentela e seguir para uma terra totalmente desconhecida, (Gn 12.1-3).
Embora não tivesse profunda intimidade com a voz de Deus, acatou sem titubear a determinação divina e então, resoluto e em franca obediência deixou sua civilização e saiu sem direção acompanhado de sua esposa Sara, seus pais e do seu sobrinho Ló.
A partir de então, todos eles tornar-se-iam em um povo forasteiro que viveria o restante da vida peregrinando até chegarem à região de Gósen no Egito para colonizá-lo através de Jacó e os seus descendentes.
Séculos mais tarde, o escritor aos Hebreus conseguiria captar através da inspiração do Espírito Santo como se deu este episódio: “Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu sem saber para onde ia. Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus”, Hb 11.8-10.
Enquanto viveu em Ur dos Caldeus, Abrão, juntamente com sua família, desfrutou toda a sua infância no meio daquele povo totalmente idólatra (Obs. Js 24.14).
O chamado de Deus, porém, mudaria definitivamente a sua vida e a da sua família. Caminhando em direção à promessa preferiu a intimidade com Deus a desfrutar a glória passageira do mundo de então. Sua decisão lhe deu um nome e fez dele o “amigo de Deus” e o “pai da fé”.
Caminhando em direção à Canaã, confiado no que Deus lhe havia prometido, esperou pacientemente até que o momento aprazado chegasse culminando com o cumprimento da promessa da chegada de um filho saído de suas entranhas.
Isaque, com o passar do tempo, nasceria milagrosamente, cresceria, se faria adulto e logo estaria também casado. Da sua união com Rebeca, dois filhos encheriam de felicidade a vida do casal – Esaú e Jacó.
Já adultos, Esaú, rejeitou a benção da primogenitura, Jacó por sua vez, mais inclinado às coisas espirituais, se tornaria o herdeiro da benção familiar.
Após vinte longos anos andando por caminhos tortuosos, numa bela noite Jacó teve um encontro com Deus no Vale de Jaboque. A partir de então, passou a ser Israel, porque lutara com Deus e com os homens e prevalecera.
Continua...


Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

100 ANOS DE ASSEMBLEIAS DE DEUS

Sinopse da História das Assembléias de Deus no Brasil
As Assembleias de Deus estão completando 100 anos no Brasil. Tudo começou com a vinda de dois missionários suecos que antes de chegarem ao Brasil visitaram o movimento de despertamento e avivamento espiritual da Rua Azuza em Los Angeles, EUA.  Daniel Berg e Gunnar Vingren atenderam a chamada missionária ao receberem uma revelação de Deus acerca do Pará. Porém, ambos não sabiam onde ficava. Ao pesquisarem no mapa descobriram que se tratava da região norte de nosso país. Obedecendo ao “ide” chegaram a terras brasileiras em 19 de novembro de 1910.
A princípio reuniram-se com as igrejas batistas aqui já instaladas, mas como traziam na bagagem a doutrina pentecostal do batismo no Espírito Santo com a evidência do falar em línguas e a atualidade da concessão de dons espirituais como nos tempos apostólicos, não demorou para que o Senhor Jesus começasse a batizar os membros daquela igreja que, não aceitando a nova doutrina, decidiram desligar da comunhão os crentes que se uniram aos missionários. Entre eles a irmã Celina Albuquerque, que na madrugada de 02 de junho de 1911 recebeu o batismo no Espírito Santo e falou em línguas conforme a promessa descrita no livro do profeta Joel 2 e seu cumprimento em Atos dos Apóstolos 2. Ela foi a primeira crente da igreja Batista de Belém a ser batizada. Logo outros foram batizados também. Um total de 13 membros deixou a igreja Batista em Belém do Pará para juntar-se aos missionários e fundarem em 18 de junho de 1911 a igreja Missão da Fé Apostólica.
Muitos estavam curiosos para conhecerem a nova doutrina. Houve rejeição por parte de alguns, mas muitos abraçaram a doutrina porque viam nas páginas da Bíblia a confirmação do que era pregado e ensinado pelos missionários estrangeiros. A essa altura as reuniões de oração que no início aconteciam na residência dos missionários, passaram à residência da irmã Celina de Albuquerque.
Reunidos na casa da irmã Celina, por sugestão de Gunnar Vingren, em 18 de janeiro de 1918, registrou-se a igreja Assembleia de Deus, nome que traz até hoje. Tendo origem no movimento pentecostal do início do século XX na América, as Assembleias de Deus do Brasil, cresceram nos moldes da igreja do Novo Testamento, onde os discípulos cheios do Espírito Santo levaram o Evangelho a todo o mundo.
Não muito tempo depois as Assembleias de Deus chegaram aos grandes centros urbanos das regiões Sul e Sudeste, como Porto Alegre, São Paulo e Belo Horizonte. Em 1922 chegou ao Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão, e ganhou impulso com a transferência de Gunnar Vingren, de Belém, PA, em 1924, para a então capital da República.
Desde 1930, quando se realizou a primeira Convenção Geral dos pastores na cidade de Natal, RN, as Assembléias de Deus no Brasil passaram a ter autonomia interna, sendo administrada exclusivamente pelos pastores residentes no Brasil, sem, contudo perder os vínculos fraternais com a igreja na Suécia. A partir de 1936 a igreja passou a ter maior colaboração das Assembléias de Deus dos EUA através dos missionários enviados ao país, os quais se envolveram de forma mais direta com a estruturação teológica da denominação.
Em virtude de seu fenomenal crescimento, principalmente depois dos anos 90 com a criação e ação da chamada Década da Colheita, iniciativa das Assembléias de Deus, os pentecostais começaram a fazer diferença no cenário religioso brasileiro. De repente, as autoridades religiosas e seculares despertaram para uma possibilidade jamais imaginada: o Brasil poderia vir a tornar-se, no futuro, uma nação protestante. Tal possibilidade se tornou ainda mais real com a divulgação entre o final de 2006 e início de 2007 por um instituto de pesquisa de que, com vinte milhões de fiéis, o Brasil é o maior país pentecostal do mundo.
Atualmente os mesmos institutos de pesquisa apontam para uma mudança no perfil evangélico brasileiro em todos os setores da sociedade por conta da ação do Evangelho. As Assembleias de Deus estão hoje em todas as camadas da sociedade, inclusive com representantes na esfera política do Congresso Nacional. Como agente de mudança não somente espiritual, vê-se a igreja agindo em grande escala em trabalhos sociais de grande envergadura e empenhada a mudar a face do nosso país a partir do Evangelho de Jesus Cristo, tendo templos em quase todas as cidades brasileiras.
As Assembleias de Deus chegam ao seu centenário como uma igreja forte, crescente e saudável, mantendo a pureza da doutrina pentecostal  e, desafiando os especialistas em crescimento de igreja, continua expandindo-se desta feita para além das fronteiras, realizando um extraordinário trabalho missionário, tendo obreiros em quase todos os países do globo.
A Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), presidida pelo Pr. José Wellington Bezerra da Costa, vem realizando no centenário das Assembleias de Deus solenidades cúlticas  em todas regiões do Brasil, preparando e conscientizando seus membros acerca importância da chegada dos missionários e da preservação da doutrina pentecostal em solo brasileiro.
Autor: Pr. Guedes
(Adaptado)
Fonte: CPAD, Wikipedia e Dicionário do Movimento Pentecostal

segunda-feira, 23 de maio de 2011

ASSEMBLEIA DE DEUS MODERNA E A RELATIVIZAÇÃO DOS USOS E COSTUMES.

A Bíblia está cada vez mais sendo trocada pelas "baladas gospel".

A matéria que segue foi enviada por email pelo meu amigo Rodrigo. Sei que o assunto é polêmico, mas postei com a intenção de fazer o povo de Deus, mormente os assembleianos, refletir sobre o tema: relativização dos usos e costumes, modernidade e frouxidão moral. Uma igreja para ser moderna precisa de inovações litúrgicas e mudança na prática cristã ou ela o é pelo fato de ser contextualizada com seu tempo? Digo, precisa mudar a “cara” ou conceitualmente? É moderna por que está na mídia, tem um líder moderno, um layout e uma arquitetura avançada ou por que deixa seus membros fazerem o que quiserem? Festa Jesuína no lugar de Festa Junina, Bloco de Carnaval e Luta-livre Gospel sob pretexto de evangelização e Balada Gospel é ser moderno? Ser moderno nesses moldes traz um preço para santificação? Ora, sabemos que os usos e costumes não salvam e mesmo a Assembleia de Deus Tradicional, já mudou o discurso e sabe que estes não estão vinculados à salvação, mas à identidade denominacional. Não sou contra a modernidade em si. Nada tenho contra igrejas grandes e modernas, ou quem prega com laptop, desde que sua igreja tenha vida e guarde a sã doutrina. O problema é que em muitas igrejas (não todas), juntamente com a liberação dos usos segue uma enxurrada de concessões que mexem até mesmo com a moralidade cristã e práticas litúrgicas. A meu ver a igreja precisa de um avivamento genuíno! Leia a matéria e tire suas conclusões. Procurando uma imagem para postar, encontrei um texto bem humorado e interessante que publiquei no final deste artigo. Boa leitura! 

Na edição 2167, do dia 20 de maio de 2011, a revista Isto É trouxe como destaque o Pastor Samuel Ferreira, filho do presidente da Assembléia de Deus Ministério Madureira. Revista secular fez um comparativo da pregação de hoje do Pastor Samuel no templo em que lídera no Brás, São Paulo, com as tradicionais regras e esteriótipos que a Assembléia de Deus possui com relação a usos e costumes.

Confira a reportagem na integra abaixo:
O evangélico desavisado que entrar no número 560 da ave­nida Celso Garcia, no bairro paulistano do Brás, poderá achar que não está entrando em um culto da Assembleia de Deus. Maior denominação pentecostal do País – estima-se que tenha 15 milhões de adeptos, cerca de metade dos protestantes brasileiros –, historicamente ela foi caracterizada pela postura austera, pelo comedimento na conduta e, principalmente, pelas vestimentas discretas de seus membros. Por conta dessa última particularidade, tornou-se folclórica por forçar seus fiéis a celebrarem sempre, no caso dos homens, de terno e gravata e, entre elas, de saia comprida, camisa fechada até o punho e cabelos longos que deveriam passar longe de tesouras e tinturas. Era a igreja do “não pode”. Não podia, só para citar algumas interdições extratemplo, ver tevê, praticar esporte e cultuar ritmos musicais brasileiros. A justificativa era ao mesmo tempo simples e definitiva: eram coisas do capeta.

No templo do Brás, porém, às 19h30 do domingo 15, um grupo de cerca de vinte fiéis fazia coreografias, ao lado do púlpito, ao som de uma batida funkeada. Seus componentes – mulheres maquiadas e com cabelos curtos tingidos, calça jeans justa e joias combinando com o salto alto; homens usando camiseta e exibindo corte de cabelo black power – outrora sofreriam sanções, como uma expulsão, por conta de tais “ousadias”. Mas ali eram ovacionados por uma plateia formada por gente vestida de forma parecida, bem informal. Palmas, também proibidas nas celebrações tradicionais, eram requisitadas pelo pastor Samuel de Castro Ferreira, líder do templo e um dos responsáveis por essa mudança de mentalidade na estrutura da Assembleia de Deus, denominação nascida em Belém, no Pará, que irá festejar seu centenário no mês que vem. “Muitos chamam de revolução, mas o que eu faço é uma pregação de um evangelho puro, sem acessórios pesados”, afirma ele, 43 anos, casado há vinte com a pastora Keila, 39, e pai de Manoel, 18, e Marinna, 14. “A maior igreja evangélica do País está vivendo um redescobrimento.”

Sentado em uma cadeira logo ao lado do coral, Ferreira, que assistiu à televisão pela primeira vez na casa do vizinho, aos 7 anos, escondido do pai, Manoel Ferreira, pastor assembleiano, desliza o dedo indicador em um iPad segunda geração enquanto o culto se desenrola. Acessa a sua recém criada página no Twitter por meio da qual, em apenas um mês, amealhou mais de 110 mil seguidores. Quando se levanta para pregar a palavra, deixa visível o corte alinhado de seu terno e a gravata que combina com o conjunto social. Não que o pastor se furte em pregar de jeans, tênis e camisa esporte – tem predileção por peças da Hugo Boss –, como faz em encontros de jovens. “Samuel representa a Assembleia de Deus moderna, com cara de (Igreja) Renascer (em Cristo)”, opina o doutorando em ciências da religião Gedeon Alencar, autor de “Assembleias de Deus – Origem, Implantação e Militância” (1911-1946), editora Arte Editorial. “Os mais antigos, porém, acham o estilo dele abominável.”

Natural de Garça, interior de São Paulo, formado em direito e com uma faculdade de psicologia incompleta, Ferreira é vice-presidente da Convenção de Madureira, que é comandada por seu pai há 25 anos e da qual fazem parte 25 mil templos no Brasil, entre eles o do Brás. Os assembleianos não são uma comunidade unificada em torno de um líder. Há, ainda, os que seguem a Convenção Geral, considerada o conglomerado mais poderoso, e o grupo formado por igrejas autônomas. Ferreira assumiu o templo da região central da capital paulista há cinco anos e passou a romper com as tradições. Ao mesmo tempo, encarou uma cirurgia de redução de estômago para perder parte dos 144 quilos. “Usar calça comprida é um pecado absurdo que recaía sobre as irmãs. Não agride a Deus, então liberei”, diz o pastor, 81 quilos, que até hoje não sabe nadar e andar de bicicleta porque, em nome da crença religiosa, foi proibido de praticar na infância e na adolescência.

Sua Assembleia do “pode” tem agradado aos fiéis. “Meu pai não permitia que eu pintasse as unhas, raspasse os pelos ou cortasse o cabelo”, conta a dona de casa Jussara da Silva, 49 anos. “Furei as orelhas só depois dos 40 anos. Faz pouco tempo, também, que faço luzes”, afirma Raquel Monteiro Pedro, 47 anos, gerente administrativa. Devidamente maquiadas, as duas desfilavam seus cabelos curtos e tingidos adornados por joias pelo salão do Brás, cuja arquitetura, mais parecida com a de um anfiteatro, também se distingue das igrejas mais conservadoras.

A relativização dos costumes da Assembleia de Deus se dá em uma época em que não é mais possível dizer aos fiéis que Deus não quer que eles tenham vaidade. A denominação trabalha para atender a novas demandas da burguesia assembleiana, que, se não faz parte da classe média, está muito perto dela, é urbana e frequenta universidades. É esse filão que está sendo disputado. Uma outra igreja paulista já promoveu show no Playcenter. No Rio de Janeiro, uma Assembleia de Deus organiza o que chama de Festa Jesuína, em alusão à Festa Junina. Segundo o estudioso Alencar, as antigas proibições davam sentido ao substrato de pobreza do qual faziam parte a grande maioria dos membros da Assembleia de Deus. “Era confortável para o fiel que não tinha condição de comprar uma televisão dizer que ela é coisa do diabo. Assim, ele vai satanizando o que não tem acesso.”

Importante figura no mundo assembleiano, o pastor José Wellington Bezerra da Costa, 76 anos, presidente da Convenção Geral, não é adepto da corrente liberal. “Samuel é um menino bom, inteligente, mas é liberal na questão dos costumes e descambou a abrir a porta do comportamento”, afirma. Ferreira, por outro lado, se diz conservador, principalmente na questão dos dogmas. Em suas celebrações, há o momento do dízimo, do louvor, da adoração e um coral clássico. Ao mesmo tempo, é o torcedor do Corinthians que tuita pelo celular até de madrugada – dia desses, postou que saboreava um sorvete às 4h30 –, viaja de avião particular e não abre mão de roupas de grife. Um legítimo pastor do século XXI. 

Fonte: Rodrigo Santiego

CRENTE TRADICIONAL X CRENTE MODERNO

O Crente tradicional diz: “Glória a Deus”. / O Crente moderno diz: “Deus, tamo junto”.

O Crente tradicional vai à vigília. / O crente moderno vai à Balada Gospel.

O Crente tradicional ora. / O Crente moderno bate um papo.

O Crente tradicional compra DVD pirata. / O Crente moderno também.

O Crente tradicional lê a Bíblia. / O Crente moderno navega na Bíblia, on line.

O Crente tradicional vai ao culto. / O Crente moderno vai ao evento.

O Crente tradicional de paletó e gravata vai ao culto. / O Crente moderno de paletó e gravata vai à “Festa do estranho”.

O Crente tradicional não gosta do diabo. / O Crente moderno também não.

O Crente tradicional de bermuda e camiseta vai dormir. / O Crente moderno de bermuda e camiseta vai ao culto.

O Crente tradicional entra em mistério no corinho de fogo. / O Crente moderno entra em mistério no jogo “Detetive”.

O Crente tradicional faz o louvor. / O Crente moderno toca o som.

O Crente tradicional cai em pecado. / O Crente moderno dá um vacilo.

O Crente tradicional ora pedindo trabalho. / O Crente moderno ora pedindo um emprego.

O Crente tradicional faz planos. / O Crente moderno faz umas paradas.

O Crente tradicional é chamado de varão. / O Crente moderno é chamado de parceiro.

O Crente tradicional determina sua bênção. / O Crente moderno pechincha.

O Crente tradicional  murmura. / O Crente moderno também.

O Crente tradicional é otimista. O Crente moderno é de boa.

O Crente tradicional ora para passar na faculdade e esquece de estudar. / O Crente moderno também.

O Crente tradicional oferta. / O Crente moderno deixa sua semente.

O Crente tradicional é levita. / O Crente moderno é profissional da música.

O Crente tradicional pede forças. / O Crente moderno invoca poder.

O Crente tradicional tem revelação. / O Crente moderno tem Déjà vu.

Um texto de: Thiago Matso 



Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.