Atendendo apelo enviado por email pelo irmão Edson Camargo, do blog Profeta Urbano, quero ser solidário à liderança da Igreja Presbiteriana e ao seu pronunciamento de 2007 acerca do assunto leis homofóbicas. A Universidade Mackenzie, que recentemente publicou em seu site, vem recebendo críticas e ameaças desde que publicou parecer desfavorável às leis em questão. Abaixo transcrevo o documento que vem causando alvoroço no meio gay e mais ainda no meio "gospel gay". Boa leitura!
Presidente do Supremo Concílio, rev. Roberto Brasileiro publica artigo com a posição da denominação frente a assuntos que estão mobilizando o país
Na qualidade de Presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, diante do momento atual em que as forças organizadas da sociedade manifestam sua preocupação com a possibilidade da aprovação de leis que venham labutar contra a santidade da vida e a cercear a liberdade constitucional de expressão das igrejas brasileiras de todas as orientações, venho a público me MANIFESTAR quanto à prática do aborto e a criminalização da homofobia.
I – Quanto à prática do aborto, a Igreja Presbiteriana do Brasil reconhece que muitos problemas são causados pela prática clandestina de abortos, causando a morte de muitas mulheres jovens e adultas. Todavia, entende que a legalização do aborto não solucionará o problema, pois o mesmo é causado basicamente pela falta de educação adequada na área sexual, a exploração do turismo sexual, a falta de controle da natalidade, a banalização da vida, a decadência dos valores morais e a desvalorização do casamento e da família.
Visto que: (1) Deus é o Criador de todas as coisas e, como tal, somente Ele tem direito sobre as nossas vidas; (2) ao ser formado o ovo (novo ser), este já está com todos os caracteres de um ser humano e que existem diferenças marcantes entre a mulher e o feto; (3) os direitos da mulher não podem ser exercidos em detrimento dos direitos do novo ser; (4) o nascituro tem direitos assegurados pela Lei Civil brasileira e sua morte não irá corrigir os males já causados no estupro e nem solucionará a maternidade ilegítima.
Por sua doutrina, regra de fé e prática, a Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a legalização do aborto, com exceção do aborto terapêutico, quando não houver outro meio de salvar a vida da gestante.
II – Quanto à chamada Lei da Homofobia, que parte do princípio que toda manifestação contrária à homossexualidade é homofóbica e caracteriza como crime essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre a homossexualidade como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos.
Visto que: (1) a promulgação da nossa Carta Magna, em 1988, já previa direitos e garantias individuais para todos os cidadãos brasileiros; (2) as medidas legais que surgiram visando beneficiar homossexuais, como o reconhecimento da sua união estável, a adoção por homossexuais, o direito patrimonial e a previsão de benefícios por parte do INSS foram tomadas buscando resolver casos concretos sem, contudo, observar o interesse público, o bem comum e a legislação pátria vigente; (3) a liberdade religiosa assegura a todo cidadão brasileiro a exposição de sua fé sem a interferência do Estado, sendo a este vedada a interferência nas formas de culto, na subvenção de quaisquer cultos e ainda na própria opção pela inexistência de fé e culto; (4) a liberdade de expressão, como direito individual e coletivo, corrobora com a mãe das liberdades, a liberdade de consciência, mantendo o Estado eqüidistante das manifestações cúlticas em todas as culturas e expressões religiosas do nosso País; (5) as Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil firma suas crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação; e que Jesus Cristo ratificou esse entendimento ao dizer, “(...). desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher” (Marcos 10.6); e que os apóstolos de Cristo entendiam que a prática homossexual era pecaminosa e contrária aos planos originais de Deus (Romanos 1.24-27; 1 Coríntios 6.9-11).
Ante ao exposto, por sua doutrina, regra de fé e prática, a Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada Lei da Homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática da homossexualidade não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas as orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.
Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil não pode abrir mão do seu legítimo direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé
Patrocínio, Minas Gerais, abril de 2007 AD.
Rev. Roberto Brasileiro
Presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil
Maranata. Ora vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.
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4 comentários:
Oremos mais pastor
para sempre em Cristo
vençamos essa praga Gay.
QUE DEUS ABENÇOE PASTOR
GUEDES.
Prezado Xavier,
A Paz!
Cuidado para que ninguém o rotule de homofóbico com suas palavras!
Vamos orar sim querido irmão e denunciar enquanto podemos as leis injustas que se pretendem aprovar em nosso país.
Abraço.
No Amor de Cristo!
Paz, meu prezado Pr. Guedes.
Quando li a primeira vez a respeito deste tema confesso que fiquei indignado... Isso porque a notícia veiculada pelo jornal O Estado dava conta de que o Chanceler da Universidade, o Rev. Augustus Nicodemus, após tomar ciência da polêmica teria retirado do site da insituição o referido artigo, no qual a IPB rechaça a tal Lei da Homofobia.
Num primeiro momento achei um ato de covardia; mais tarde pensei que poderia ser um ato de sensatez e moderação, a fim de evitar retaliações mais violentas...
A verdade é que cada vez que coisas desse tipo acontece e "nós" temos que "recuar", sinto-me como uma vítima da "heterofobia"...
Oras, bolas! Nesse sentido, temos que toda vez que o direito à livre manifestação do pensamento, arraigada noutro direito constitucional inalienável e intransigível - o da crença e da fé religiosa - for violado, em detrimento aos interesses de grupos seletos e restritos como os do GLBTT, estaremos diante de um crime de "heterofobia religiosa". Traduzindo: "Um crime contra a fé dos heterossexuais"...
Já pensou que loucura que é isso?!
Maranata! Ora vem Senhor Jesus!
Prossigo indignado...
Robson Silva
prossigo.net
Prezado Robson,
A Paz!
Você está certo. Estamos vivendo um período de liberdade de expressão que não podemos abrir mão e você como bom advogado que é sabe de nossos direitos e deveres, e mais: sabe o quanto isso faz bem e é importante para o estado de direito democrático.
Também sou indignado contra as nosso silêncio e covardia. Não sabia do episódio do Rev. Nicodemos, que você citou, mas lembro-me que um certo líder evangélico ao ser entrevistado por um grande grupo de telecomunicações "amarelou" quando perguntado acerca do papa. Para que ninguém diga que interpretei mal, aí está abaixo, a justificativa do bom teólogo e filósofo, que admiro, mas que ao meu ver amarelou diante das luzes do Fantástico:
No último dia 3 de abril, domingo, apareci no programa Fantástico, da Rede Globo, fazendo declarações sobre o papa João Paulo II. Após a transmissão televisiva, alguns irmãos começaram a dizer que me vendi para os católicos, que me curvei ao momento e que não tive coragem de dizer a verdade. Outros disseram que fui cooptado para elogiar o papa.
Antes que me julguem papista – que coisa mais antiga! – e para que ninguém mais cometa o erro de julgar-me a revelia como os supracitados fizeram, gostaria de fazer alguns esclarecimentos:
Primeiro: Falei muito mais coisas, mas minhas declaraões foram editadas.
Segundo: A entrevista foi concedida antes da morte do Papa.
Terceiro: A frase "Que ele desfrute a paz prometida aos que dedicaram a vida para Cristo e sua glória" foi dada em resposta à pergunta "O que o senhor deseja ao papa neste momento de dor?"
Quarto: Esta frase traz condicionantes, pois o desejo não gera a realidade – ele só desfrutará o que estiver em condição de fazê-lo e esse juízo é de Deus.
Ariovaldo Ramos é filósofo e teólogo, além de diretor acadêmico da Faculdade Latino-americana de Teologia Integral, missionário da Sepal e presidente da Visão Mundial.
ROBSON, NÓS TEMOS MEDO DE ENCARAR!
TAMBÉM O RICARDO GONDIM (MEUS ALUNOS ME FALARAM) "AMARELOU" QUANDO PERGUNTADO, PELA MESMA EMISSORA, SOBRE OS DONS ESPIRITUAIS...
Abraço.
No Amor de Cristo!
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