sexta-feira, 19 de novembro de 2010

DOCUMENTO DA IGREJA PRESBITERIANA DESENCADEIA NOVA ONDA DE PERSEGUIÇÃO GAY NO MACKENZIE

Atendendo apelo enviado por email pelo irmão Edson Camargo, do blog Profeta Urbano, quero ser solidário à liderança da Igreja Presbiteriana e ao seu pronunciamento de 2007 acerca do assunto leis homofóbicas. A Universidade Mackenzie, que recentemente publicou em seu site, vem recebendo críticas e ameaças desde que publicou parecer desfavorável às leis em questão. Abaixo transcrevo o documento que vem causando alvoroço no meio gay e mais ainda no meio "gospel gay". Boa leitura! 
Presidente do Supremo Concílio, rev. Roberto Brasileiro publica artigo com a posição da denominação frente a assuntos que estão mobilizando o país 
Na qualidade de Presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, diante do momento atual em que as forças organizadas da sociedade manifestam sua preocupação com a possibilidade da aprovação de leis que venham labutar contra a santidade da vida e a cercear a liberdade constitucional de expressão das igrejas brasileiras de todas as orientações, venho a público me MANIFESTAR quanto à prática do aborto e a criminalização da homofobia. 

I – Quanto à prática do aborto, a Igreja Presbiteriana do Brasil reconhece que muitos problemas são causados pela prática clandestina de abortos, causando a morte de muitas mulheres jovens e adultas. Todavia, entende que a legalização do aborto não solucionará o problema, pois o mesmo é causado basicamente pela falta de educação adequada na área sexual, a exploração do turismo sexual, a falta de controle da natalidade, a banalização da vida, a decadência dos valores morais e a desvalorização do casamento e da família.

Visto que: (1) Deus é o Criador de todas as coisas e, como tal, somente Ele tem direito sobre as nossas vidas; (2) ao ser formado o ovo (novo ser), este já está com todos os caracteres de um ser humano e que existem diferenças marcantes entre a mulher e o feto; (3) os direitos da mulher não podem ser exercidos em detrimento dos direitos do novo ser; (4) o nascituro tem direitos assegurados pela Lei Civil brasileira e sua morte não irá corrigir os males já causados no estupro e nem solucionará a maternidade ilegítima.

Por sua doutrina, regra de fé e prática, a Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a legalização do aborto, com exceção do aborto terapêutico, quando não houver outro meio de salvar a vida da gestante.

II – Quanto à chamada Lei da Homofobia, que parte do princípio que toda manifestação contrária à homossexualidade é homofóbica e caracteriza como crime essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre a homossexualidade como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos. 

Visto que: (1) a promulgação da nossa Carta Magna, em 1988, já previa direitos e garantias individuais para todos os cidadãos brasileiros; (2) as medidas legais que surgiram visando beneficiar homossexuais, como o reconhecimento da sua união estável, a adoção por homossexuais, o direito patrimonial e a previsão de benefícios por parte do INSS foram tomadas buscando resolver casos concretos sem, contudo, observar o interesse público, o bem comum e a legislação pátria vigente; (3) a liberdade religiosa assegura a todo cidadão brasileiro a exposição de sua fé sem a interferência do Estado, sendo a este vedada a interferência nas formas de culto, na subvenção de quaisquer cultos e ainda na própria opção pela inexistência de fé e culto; (4) a liberdade de expressão, como direito individual e coletivo, corrobora com a mãe das liberdades, a liberdade de consciência, mantendo o Estado eqüidistante das manifestações cúlticas em todas as culturas e expressões religiosas do nosso País; (5) as Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil firma suas crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação; e que Jesus Cristo ratificou esse entendimento ao dizer, “(...). desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher” (Marcos 10.6); e que os apóstolos de Cristo entendiam que a prática homossexual era pecaminosa e contrária aos planos originais de Deus (Romanos 1.24-27; 1 Coríntios 6.9-11).

Ante ao exposto, por sua doutrina, regra de fé e prática, a Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada Lei da Homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática da homossexualidade não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas as orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.

Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil não pode abrir mão do seu legítimo direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo. 

Patrocínio, Minas Gerais, abril de 2007 AD.
Rev. Roberto Brasileiro
Presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil


Maranata. Ora vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.

4 comentários:

Xavier disse...

Oremos mais pastor
para sempre em Cristo
vençamos essa praga Gay.
QUE DEUS ABENÇOE PASTOR
GUEDES.

Pastor Guedes disse...

Prezado Xavier,

A Paz!

Cuidado para que ninguém o rotule de homofóbico com suas palavras!

Vamos orar sim querido irmão e denunciar enquanto podemos as leis injustas que se pretendem aprovar em nosso país.

Abraço.
No Amor de Cristo!

ROBSON SILVA disse...

Paz, meu prezado Pr. Guedes.

Quando li a primeira vez a respeito deste tema confesso que fiquei indignado... Isso porque a notícia veiculada pelo jornal O Estado dava conta de que o Chanceler da Universidade, o Rev. Augustus Nicodemus, após tomar ciência da polêmica teria retirado do site da insituição o referido artigo, no qual a IPB rechaça a tal Lei da Homofobia.

Num primeiro momento achei um ato de covardia; mais tarde pensei que poderia ser um ato de sensatez e moderação, a fim de evitar retaliações mais violentas...

A verdade é que cada vez que coisas desse tipo acontece e "nós" temos que "recuar", sinto-me como uma vítima da "heterofobia"...

Oras, bolas! Nesse sentido, temos que toda vez que o direito à livre manifestação do pensamento, arraigada noutro direito constitucional inalienável e intransigível - o da crença e da fé religiosa - for violado, em detrimento aos interesses de grupos seletos e restritos como os do GLBTT, estaremos diante de um crime de "heterofobia religiosa". Traduzindo: "Um crime contra a fé dos heterossexuais"...

Já pensou que loucura que é isso?!

Maranata! Ora vem Senhor Jesus!

Prossigo indignado...

Robson Silva
prossigo.net

Pastor Guedes disse...

Prezado Robson,

A Paz!

Você está certo. Estamos vivendo um período de liberdade de expressão que não podemos abrir mão e você como bom advogado que é sabe de nossos direitos e deveres, e mais: sabe o quanto isso faz bem e é importante para o estado de direito democrático.

Também sou indignado contra as nosso silêncio e covardia. Não sabia do episódio do Rev. Nicodemos, que você citou, mas lembro-me que um certo líder evangélico ao ser entrevistado por um grande grupo de telecomunicações "amarelou" quando perguntado acerca do papa. Para que ninguém diga que interpretei mal, aí está abaixo, a justificativa do bom teólogo e filósofo, que admiro, mas que ao meu ver amarelou diante das luzes do Fantástico:



No último dia 3 de abril, domingo, apareci no programa Fantástico, da Rede Globo, fazendo declarações sobre o papa João Paulo II. Após a transmissão televisiva, alguns irmãos começaram a dizer que me vendi para os católicos, que me curvei ao momento e que não tive coragem de dizer a verdade. Outros disseram que fui cooptado para elogiar o papa.

Antes que me julguem papista – que coisa mais antiga! – e para que ninguém mais cometa o erro de julgar-me a revelia como os supracitados fizeram, gostaria de fazer alguns esclarecimentos:

Primeiro: Falei muito mais coisas, mas minhas declaraões foram editadas.

Segundo: A entrevista foi concedida antes da morte do Papa.

Terceiro: A frase "Que ele desfrute a paz prometida aos que dedicaram a vida para Cristo e sua glória" foi dada em resposta à pergunta "O que o senhor deseja ao papa neste momento de dor?"

Quarto: Esta frase traz condicionantes, pois o desejo não gera a realidade – ele só desfrutará o que estiver em condição de fazê-lo e esse juízo é de Deus.


Ariovaldo Ramos é filósofo e teólogo, além de diretor acadêmico da Faculdade Latino-americana de Teologia Integral, missionário da Sepal e presidente da Visão Mundial.

ROBSON, NÓS TEMOS MEDO DE ENCARAR!

TAMBÉM O RICARDO GONDIM (MEUS ALUNOS ME FALARAM) "AMARELOU" QUANDO PERGUNTADO, PELA MESMA EMISSORA, SOBRE OS DONS ESPIRITUAIS...

Abraço.
No Amor de Cristo!