sábado, 20 de novembro de 2010

JESUS É 100% DEUS E 100% HOMEM


Hesitei em polemizar e sequer deixei meus comentários nos blogs que tratavam do assunto, porque tal polêmica envolve amigos de blogosfera igualmente queridos. Falo da questão levantada no blog do meu amigo Pr. Ciro. 

O problema de interpretação deu-se na área de Cristologia, Doutrina de Cristo, que o Pr. Ciro domina tão bem como bom hermeuta e professor de Teologia Sistemática que é. Quero antecipar-me para justificar a minha posição desde o início. O que tinha tudo para ser apenas um mal entendido passou a ser um desgastante e deselegante debate teológico. O articulista apenas quis dizer, no início, em uma série de estudos que apresentava como “Coisas que a Bíblia não diz”, que a expressão “Jesus é 100% homem e 100% Deus” é um jargão que não se encontra na Bíblia Sagrada. Era somente isso! Mas, alguns leitores foram além e interpretaram que o digno pastor estava querendo dizer que Jesus não era homem perfeito ou que estava negando a verdadeira natureza humana de Jesus, alguns até citando polêmicas antigas, que remontam aos tempos da Igreja Primitiva e da Patrística. Bobagens!

Até aqui a coisa andava bem. O problema maior é que, em minha humilde opinião, começou uma guerra de vaidades: os teólogos precisavam expor sua repulsa pelo conteúdo pseudo-herético. Contudo, não bastava expor seus pontos de vista, mas externar toda sapiência para mostrar mais conhecimento teológico que o outro. Enquanto nosso amigo acuado, tentava se defender nominando autores que defendiam seu ponto de vista, citando grego e etc.

Penso que o zelo excessivo de um hermeneuta pode levá-lo ao isolamento e sua teimosia pode encaminhá-lo aos poucos para uma heresia ou um fanatismo disfarçado de biblicismo. Chamo esse tipo de teologia de “pelo em ovo”. Ora, questões teológicas que estão assentadas há séculos têm seu valor e até mesmo um jargão citado na história, por legítimos estudiosos da Bíblia, não pode ser desprezado. Inclusive, perguntei aos amigos mais antigos da Lapa, em São Paulo, e eles me afirmaram que o Pr. Valdir Nunes Bícego, de saudosa memória, também usava abundantemente essa expressão.

Pr. Ciro não é e nem merece a pecha de herege ou tresloucado. É um homem de Deus, que merece ser respeitado por seu histórico, pelo que já apresentou em termos de palestras e por seus livros. Estão crucificando um grande escritor por um mal entendido e por uma questiúncula, que a meu ver tomou proporções grandiosas sem necessidade alguma. Li o Blog do Pr. Silas Daniel, acompanhei o Blog do Pr. Newton Carpinteiro, passei os olhos no Blog do Pr. Robson Aguiar, visitei o espaço do Pr. César Moisés, vi recentemente o Blog do Pr. Geremias do Couto, entre outros, e acho que estão dando uma dimensão maior que o assunto merece. Digo, o assunto do jargão não ser bíblico e não a Cristologia em si. Todos são bons cristãos, bons escritores, que amam e defendem nossa ortodoxia e ortopraxia. Entendo que um tom conciliador seria bem vindo nessa hora.

Sempre ensinei que Jesus Cristo é 100% Deus e 100% homem. A expressão não é bíblica, mas também não é herética, assim como os termos Trindade e livre-arbítrio também não, contudo não os tenho por heréticos, errados ou antibíblicos simplesmente pelo fato de nã aparecer nas Escrituras. Dizer que Jesus é 100% homem equivale a dizer que Ele é verdadeiramente homem e homem perfeito, integral. Alegar que Jesus não foi um homem como nós ou como Adão, porque não adoeceu ou porque não tinha inclinação para o pecado como nós, é desprezar os abundantes recursos da verdadeira hermenêutica e desprezar a história da teologia.

Não vou citar o grego, pois não sou especialista nas línguas originais, todavia, nunca (nós, hoje) precisamos tanto recorrer ao idioma grego para entendermos essas questões das duas naturezas do Senhor Jesus em uma única Pessoa. Sugiro que leiam um post anterior a este referente à resposta que o Dr. William Craig dá acerca da união da natureza divina de Cristo à natureza humana de Jesus de Nazaré. E antes que alguém tente separar os dois (Jesus e Cristo), dizendo que quem morreu na cruz foi Jesus e não Cristo, sugiro a leitura de I Co. 15.3, e quanto ao teor inseparável dos nomes Jesus e Cristo (Jesus Cristo), recomendo Fp. 5.2-11.

Polêmicas à parte ainda admiro o trabalho do Pr. Ciro Sanches Zibordi, assim como aprecio os textos do Pr. Silas Daniel, César Moisés, Robson Aguiar, Geremias do Couto, Newton Carpinteiro e outros envolvidos. Convido a todos que lerem esse artigo a se empenharem a promover a conciliação de nosso pensar teológico, fazendo convergir para a doutrina ortodoxa toda a nossa atenção. Fico aqui com o título do post do Pr. Geremias em seu blog: Use Sem Medo: Cristo é 100% Deus e 100% homem.

Em tempo. Admiro a obra e a capacidade do Pr. Altair Germano, mas a proposta para realização de um Concílio das Assembleias de Deus é, a meu ver, totalmente descabida. As Assembleias de Deus não têm problemas de interpretações acerca da Pessoa, Natureza e Obra de Jesus Cristo e em toda sua história de 100 anos de Brasil nunca teve. Com todo respeito ao nobre pastor, sua proposta é descabida quanto à questão cristológica, e mais: para debatermos questões doutrinárias, morais, administrativas e/ou litúrgicas, temos a Convenção Geral das Assembleias de Deus ou as convenções de cada ministério em particular.

Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

DOCUMENTO DA IGREJA PRESBITERIANA DESENCADEIA NOVA ONDA DE PERSEGUIÇÃO GAY NO MACKENZIE

Atendendo apelo enviado por email pelo irmão Edson Camargo, do blog Profeta Urbano, quero ser solidário à liderança da Igreja Presbiteriana e ao seu pronunciamento de 2007 acerca do assunto leis homofóbicas. A Universidade Mackenzie, que recentemente publicou em seu site, vem recebendo críticas e ameaças desde que publicou parecer desfavorável às leis em questão. Abaixo transcrevo o documento que vem causando alvoroço no meio gay e mais ainda no meio "gospel gay". Boa leitura! 
Presidente do Supremo Concílio, rev. Roberto Brasileiro publica artigo com a posição da denominação frente a assuntos que estão mobilizando o país 
Na qualidade de Presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, diante do momento atual em que as forças organizadas da sociedade manifestam sua preocupação com a possibilidade da aprovação de leis que venham labutar contra a santidade da vida e a cercear a liberdade constitucional de expressão das igrejas brasileiras de todas as orientações, venho a público me MANIFESTAR quanto à prática do aborto e a criminalização da homofobia. 

I – Quanto à prática do aborto, a Igreja Presbiteriana do Brasil reconhece que muitos problemas são causados pela prática clandestina de abortos, causando a morte de muitas mulheres jovens e adultas. Todavia, entende que a legalização do aborto não solucionará o problema, pois o mesmo é causado basicamente pela falta de educação adequada na área sexual, a exploração do turismo sexual, a falta de controle da natalidade, a banalização da vida, a decadência dos valores morais e a desvalorização do casamento e da família.

Visto que: (1) Deus é o Criador de todas as coisas e, como tal, somente Ele tem direito sobre as nossas vidas; (2) ao ser formado o ovo (novo ser), este já está com todos os caracteres de um ser humano e que existem diferenças marcantes entre a mulher e o feto; (3) os direitos da mulher não podem ser exercidos em detrimento dos direitos do novo ser; (4) o nascituro tem direitos assegurados pela Lei Civil brasileira e sua morte não irá corrigir os males já causados no estupro e nem solucionará a maternidade ilegítima.

Por sua doutrina, regra de fé e prática, a Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a legalização do aborto, com exceção do aborto terapêutico, quando não houver outro meio de salvar a vida da gestante.

II – Quanto à chamada Lei da Homofobia, que parte do princípio que toda manifestação contrária à homossexualidade é homofóbica e caracteriza como crime essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre a homossexualidade como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos. 

Visto que: (1) a promulgação da nossa Carta Magna, em 1988, já previa direitos e garantias individuais para todos os cidadãos brasileiros; (2) as medidas legais que surgiram visando beneficiar homossexuais, como o reconhecimento da sua união estável, a adoção por homossexuais, o direito patrimonial e a previsão de benefícios por parte do INSS foram tomadas buscando resolver casos concretos sem, contudo, observar o interesse público, o bem comum e a legislação pátria vigente; (3) a liberdade religiosa assegura a todo cidadão brasileiro a exposição de sua fé sem a interferência do Estado, sendo a este vedada a interferência nas formas de culto, na subvenção de quaisquer cultos e ainda na própria opção pela inexistência de fé e culto; (4) a liberdade de expressão, como direito individual e coletivo, corrobora com a mãe das liberdades, a liberdade de consciência, mantendo o Estado eqüidistante das manifestações cúlticas em todas as culturas e expressões religiosas do nosso País; (5) as Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil firma suas crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação; e que Jesus Cristo ratificou esse entendimento ao dizer, “(...). desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher” (Marcos 10.6); e que os apóstolos de Cristo entendiam que a prática homossexual era pecaminosa e contrária aos planos originais de Deus (Romanos 1.24-27; 1 Coríntios 6.9-11).

Ante ao exposto, por sua doutrina, regra de fé e prática, a Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada Lei da Homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática da homossexualidade não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas as orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.

Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil não pode abrir mão do seu legítimo direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo. 

Patrocínio, Minas Gerais, abril de 2007 AD.
Rev. Roberto Brasileiro
Presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil


Maranata. Ora vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

DEUS PODE MORRER? E CRISTO?

Vivo procurando artigos interessantes para suprir minha escassez de tempo (e intelectualidade) nos tempos de correção de provas da Faesp. Hoje encontrei essa pérola do Dr. William Lane Graic no blog da minha amiga Rô. O Mulheres Sábias (nome do blog da Rô), que eu indico para que sigam,  sempre traz textos edificantes e pertinentes à causa teológica, como debates e entrevistas com blogueiros. Vale a pena conferir. 
Vejam com que simplicidade, segurança e autoridade, o Dr. Craig fala sobre o assunto da encarnação, dupla natureza e única personalidade de Jesus Cristo. Profundo e simples. Boa leitura! 

Questão:

Olá Dr. Craig,
Eu gostaria primeiramente de agradecê-lo pelo tempo e trabalho que você dispensa ao seu ministério. Tem me beneficiado grandemente e foi o seu exemplo que me fez estudar e conseguir uma graduação em filosofia.
Sobre a minha questão, eu nunca consegui uma resposta clara a ela. Quando Jesus morreu na cruz, Deus morreu? Se sim, a essência de Jesus verdadeiramente morreu?
Esta questão realmente me incomodou enquanto eu estava escutando a música “And Can it Be?” [E pode ser?]. Tem uma parte nela, no fim do coro, que diz “Amazing Love! How can it be that Thou my God shoudst die for me? Amen!” [Grande amor! Como pode ser, Tu, meu Deus, morrer por mim? Amém!].
Eu nunca consegui uma resposta clara e concisa para esta questão e parecem existir diferentes opiniões entre os teólogos sobre a natureza desta questão. O pastor John MacArthur parece acreditar que Deus morreu, uma vez que Jesus é Deus. Já R. C. Sproul discorda e acredita que Deus não pode morrer.
Eu não consigo entender como pode ser possível que Deus pudesse verdadeiramente morrer. Por que se Deus pudesse, Ele não seria um Ser metafisicamente necessário. Mas isto é impossível porque, por definição, Deus deve ser necessário. Assim, quando Cristo morreu na cruz, foi apenas sua parte humana que morreu?
Esta é uma questão difícil, e eu apreciaria muito se você pudesse lançar alguma luz sobre ela.
Muito obrigado,
Jesse

Resposta do Dr. Craig:
Não pude resistir à sua questão, Jesse, uma vez que ela apela ao meu hino favorito, o magnífico “And Can it Be?”, de Charles Wesley. Eu desafio qualquer cristão que conheça apenas músicas de louvor e adoração a ouvir este hino e contemplar sua maravilhosa letra sobre o incrível amor de Deus.
Sua questão é uma das que confunde nossos amigos muçulmanos e é, portanto, muito urgente. Felizmente, a Igreja cristã histórica já discutiu esta questão de forma clara.
O Concílio de Calcedônia (451) declarou que o Cristo encarnado era uma pessoa com duas naturezas, uma humana e outra divina. Isto gerou consequências muito importantes. Isto implica que, uma vez que Cristo exista antes de sua encarnação, ele era um ser divino antes de falarmos sobre sua humanidade. Ele foi e é a segunda pessoa da Trindade. Na encarnação, esta pessoa divina assume uma natureza humana também, mas não há outra pessoa em Cristo além da segunda pessoa da Trindade. Existe um acréscimo de natureza humana que o Cristo pré-encarnado não tinha, mas não há acréscimo algum de uma pessoa humana à pessoa divina. Existe apenas uma pessoa, com duas naturezas.
Portanto, o que Cristo disse e fez, Deus disse e fez, uma vez que quando falamos de Deus, estamos falando sobre uma pessoa. Esta é a razão do Concílio falar de Maria como “a mãe de Deus”. Ela carregou no ventre uma pessoa divina. Infelizmente, esta linguagem tem sido desastrosamente interpretada, porque soa como se Maria tivesse dado a luz à natureza divina de Cristo quando de fato ela deu a luz à natureza humana dele. Maomé aparentemente ensinou que os cristãos acreditavam que Maria era a terceira pessoa da Trindade, e Jesus era o descendente da relação entre Deus Pai e Maria, uma visão que ele corretamente rejeitou como blasfema, não obstante nenhum cristão ortodoxo a abraçasse.
Para evitar tais desentendimentos, é proveitoso falar do que ou como Cristo fez em relação a uma das suas naturezas. Por exemplo, Cristo é onipotente em relação a sua natureza divina, mas é limitado em poder em relação a sua natureza humana. Ele é onisciente em relação a sua natureza divina, mas ignorante sobre vários fatos em relação a sua natureza humana. Ele é imortal quando nos referimos a sua natureza divina, mas mortal quando nos referimos a sua natureza humana.
Você provavelmente já consegue entender agora aonde eu quero chegar. Cristo não poderia morrer em relação a sua natureza divina, mas ele poderia morrer em relação a sua natureza humana. O que é a morte humana? É a separação da alma do corpo quando o corpo cessa de ser um organismo vivo. A alma sobrevive ao corpo e se unirá com ele novamente algum dia em forma ressurreta. Foi isto que aconteceu com Cristo. Sua alma se separou do seu corpo e seu corpo cessou de viver. Por alguns instantes ele desencarnou. No terceiro dia Deus o ressuscitou dos mortos em um corpo transformado.
Em parte, sim, nós podemos dizer que Deus morreu na cruz porque a pessoa que submeteram à morte era uma pessoa divina. Então Wesley estava totalmente correto em perguntar “Como pode ser, Tu, meu Deus, morrer por mim?”. Mas dizer que Deus morreu na cruz é conduzir erradamente a questão, da mesma forma como fazem quando dizem que Maria era a mãe de Deus. Assim eu acho melhor dizer que Cristo morreu na cruz em relação a sua natureza humana, mas não em relação a sua natureza divina.
Tradução: Eliel Vieira
Materia extraida do site;/Arminianismo.com

Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

ANGELOLOGIA - DEMONIOS E A QUEDA DE SATANÁS

Antes de falar sobre o assunto quero esclarecer que conheço as outras teorias sobre a origem dos demônios e o fato de não expô-las aqui é porque não as defendo. Embora não as defenda, estou disposto a debatê-las nos comentários. Também quero deixar claro que esse material faz parte de uma apostila elaborada por mim para o Curso Médio em Teologia pela FAESP - Faculdade Evangélica de São Paulo. Consultei obras de Mathew Henry, Langston, Pearlman, Bancroft, Berkhof e outros. Boa leitura! 

ANJOS CAÍDOS

Os anjos foram criados perfeitos e sem pecado, como o homem, dotado de livre escolha. Sob a influência de satanás, muitos pecaram e foram lançados fora do céu (II Pe. 2.4). Segundo as Escrituras temos a ideia de que esses anjos estão, parte presos em cadeias eternas (II Pe. 2.4) e parte nos lugares celestiais (Ef. 6.12). Haverá um tempo - na grande tribulação - que eles serão expulsos dos lugares celestiais para operarem na terra (Ap. 12.9).  Um dia os salvos irão julgá-los (I Co. 6.2,3). O destino deles é o inferno (Mt. 25.41). 

DEMÔNIOS  

1 – As Escrituras dão testemunho da sua existência (Mt. 12.26-28). Os demônios são seres espirituais e chamados de espíritos imundos (Mc. 9.25). Nos Evangelhos eles aparecem possuindo corpos tanto de homens como de animais (Lc. 8.29,30; Mc. 16.9; Mc. 5.12,13). A pessoa possuída por um demônio é chamada de endemoninhado (Mt. 4.24). Quando a pessoa é possuída por muitos demônios, se diz que tem uma legião (Lc. 8.29,30).

2 - Os demônios podem ocasionar os seguintes efeitos numa pessoa:
a) loucura (Mc. 5.2-5)
b) mudez (Mt. 9.33)
c) cegueira (Mt. 12.22)
d) algumas outras enfermidades (Lc. 13.11-13).
É importante observar que nem todas as enfermidades são conseqüências de demônios.

3 - Os demônios lutam para fazer uma pessoa se desviar da fé (I Tm 4.1):
a) Eles são parte das potestades malignas que o crente tem que lutar (Ef. 6.12).
b) Eles lutam constantemente, pois são inimigos dos homens em geral, principalmente, dos crentes e desviados (Mt. 12.43-45).
c) O desviado pode ficar endemoninhado, mas o verdadeiro crente em comunhão não, porque estão cheios do Espírito Santo (II Co. 6.15,16).
d) O crente verdadeiro sofrerá sua influência se der lugar e não vigiar (Mt. 16.23; II Co. 11.3).
e) O verdadeiro crente tem poder sobre os demônios (Lc. 10.19).
f) Os demônios são expulsos em nome de Jesus (Mc. 16.17).
g) Para expulsá-los o crente precisa ter autoridade advinda da comunhão contínua com Deus, para não ficar envergonhado (At. 19.11-16).

4 - Causas do endemoninhamento:
a) Idolatria – adorar falsos deuses é o mesmo que adorar demônios (I Co. 10.19-21; Ap. 9.20).
b) Adivinhação (At. 16.16-18).
c) Praticas de encantação (At. 13.8-11).
d) Consagração aos serviços.
d) Pecados de modo geral: prostituição, drogas, álcool, etc.

SATANÁS  -  “um anjo caído”
Satanás existe? (Lc. 22.31,32).
Cristo ensinou sobre a sua existência (Mt. 13.39).

1 - Sua identidade - um ser maligno com todas as características de uma pessoa

2 - Seu serviço - fazer oposição a Deus e acusar os homens.
Ele no AT conservava um relativo acesso a Deus, para denunciar os servos de Deus (Zc. 3.1,2).
É chamado de acusador (Ap. 12.10). Ele delatou o sumo sacerdote Josué (Zc. 3.1) e pediu para cirandar com Pedro (Lc. 22.31). Vivamos pois de modo que ele não tenha de que nos acusar (Tt. 2.8; Jo. 14.30).

3 - Seu campo de atuação
Ele é chamado “príncipe deste mundo” por Jesus (Jo. 12.31; 14.30; 16.11) e “deus deste século” por Paulo (II Co. 4.4). No seu rodear a terra, quantas vítimas deve ter deixado? Adão e Eva, Caim, Saul, Judas, Ananias, etc.

4 - Sua permissão para provar Jó 1.12; 2.6. Satanás não pode tocar na vida do crente a não ser com a permissão de Deus (I Jo 5.18), pois o cristão tem a sua existência no esconderijo do altíssimo (Sl. 91; Cl. 3.3). Deus permitiu a prova de Jó, para mostrar a Satanás que o homem que confia no seu criador, pode perder todas as coisas aqui na terra, mas jamais deixa de confiar em Deus (II Tm 4.7). No caso de Pedro não houve permissão para satanás cirandar com ele (Lc. 22.31,32).

5 - O limite imposto por Deus Jó 1.12 “somente contra ele não estendas a tua mão”. Deus permitiu a Satanás destruir os bens e a família de Jó; porém, Ele fixou um limite até onde Satanás podia ir e não lhe concedeu o poder de morte sobre Jó. Satanás lançou tempestades violentas contra Jó (vv. 13-19).

6 - Estado original de Satanás: A relação figurada com o rei de Tiro (Ez. 28.12-18).

7 - Algumas características originais antes da queda (Ez. 28.12-18) - possuidor de elevada distinção e detentor de honrosos títulos e posições: 
a) Aferidor da medida - nele se encontrava a medida perfeita da criação daquilo que Deus queria.
b) Estavas no Éden, jardim de Deus - pedras preciosas representa a gloria que ele possuía antes da queda.
c) No dia em que foste criado - era um ser criado por Deus (ver. 13)
d) Querubim ungido para proteger (v. 14) - fazia parte de uma alta classe de seres angélicos. Sua função seria proteger o trono de Deus (Gn. 3.24; Sl. 80.1).

8 - Sua queda:  A queda de satanás resultou de sua própria escolha, ilustrada na lamentação pela queda do rei da Babilônia (Is. 14.11-15)

9 - Cinco afirmativas descritas em (Is 14.13,14), que revelam as pretensões de Lúcifer:
a) Eu subirei ao céu
b) Acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono
c) No monte da congregação me assentarei
d) Subirei acima das mais altas nuvens
e) Serei semelhante ao altíssimo 

10 - Personalidade de Satanás: Possui intelecto (II Co. 11.3); Ele tem emoções (Ap. 12.17); Ele tem vontade (II Tm. 2.26). 

11 - Traços da sua personalidade: Ele é homicida (Jo. 8.44); Ele é mentiroso (Jo. 8.44); Ele é um pecador costumaz (I Jo. 3.8)

12 - O diabo tem tríplice missão: matar, roubar destruir (Jo. 10.10). 

13 - Nomes e títulos pessoais:

a) Lúcifer - esse nome não aparece literalmente na Bíblia. Na linguagem figurada de Is 14.12, o nome Lúcifer aparece vinculado à expressão “filho da alva”. Em Isaias 14 lemos sobre a queda do rei da Babilônia. Em Ezequiel 28 há uma lamentação sobre o rei de Tiro. Os textos são históricos e literais, mas, nas entrelinhas deixa-se ver detalhes de que se está falando de um ser espiritual, maior que aqueles reis. Seria como Davi compondo o Salmo 22 em forma de oração e de repente percebe-se que ele não está falando de si, mas de outro: Jesus. Outro exemplo seria Isaías 53 e Atos 8. O eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, pergunta para Filipe de quem que ele (Isaías) está falando, dele mesmo ou de outro? Assim, aqui também o profeta Isaías começa a falar do rei da Babilônia e (de repente) algumas palavras vão além. De igual modo Ezequiel está fazendo uma lamentação sobre o rei de Tiro e suas palavras começam a tratar de algo supra-terreno.

O Termo Lúcifer e a Bíblia: Em Isaías 14.12, o termo hebraico "helel", pode significar: "ser luminoso", "astro brilhante"; por isso veio a ser traduzido por "luzeiro da aurora", "estrela da manhã" ou "estrela d'alva" (porque esta estrela mostra-se, ao amanhecer, mais brilhante que as outras). Por essa causa em nossas Bíblias, em língua portuguesa, constam os termos acima. Todavia a Vulgata Latina, tradução de Jerônimo, cerca de 400 d.C, traduziu "helel" por Lúcifer e assim as versões que têm a Vulgata como base, conservam a tradução do termo Lúcifer. Como é o caso, também, de algumas versões inglesas da King James.
Tradução da Vulgata Latina de Isaías 14.12:
"Quomodo cecidisti de caelo, lucifer, fili aurorae? Delectus es in terram, qui deiciebas gentes".

b) Satanás - título dado após a sua queda da presença de Deus, e significa “adversário” (Zc. 3.1; I Pe. 5.8).

c) Diabo - esse nome é uma transcrição do vocábulo gr. diabolos que significa “caluniador, acusador” (Ap. 12.10).

d) Belzebu - (Mt. 10.25; 12.24,27) - título relacionado ao deus pagão de Ecrom, por nome Baal-Zebul.

e) Abadom (hebraico) ou Apolion (grego) - tem o mesmo sentido na Bíblia e significa “destruidor”. Em Ap. 9.11 ele aparece como o anjo do abismo, identificado como Abadom ou Apolion.

14 - Representações: serpente (Ap. 12.9), dragão (Ap. 12.3), anjo de luz (II Co. 11.4).

15 - Suas limitações: ele é uma criatura e, portanto, não é: onisciente, onipresente e onipotente.
- Sua ação pode ser resistida pelo crente (Tg. 4.7).
- Deus impõe limites a ele (Jó. 1.12).

16 - Atuação de Satanás: 
a) em relação aos descrentes - ele cega o entendimento (II Co. 4.4), ele arrebata a Palavra de seus corações (Lc. 8.12) e usa homens para se oporem à Obra de Deus (II Tm. 3.8; Ap. 2.13). 
b) em relação aos crentes: ele os tenta a mentir (At. 5.3), ele os acusa e difama (Ap. 12.10), ele dificulta o seu trabalho (I Ts. 2.18), semeia o joio entre o trigo (Mt. 13. 38,39) e incita perseguições contra os crentes (Ap. 2.10). 
c) lugar de atuação – ar, terra e mar (Ap. 12.12).

17 - Trajetória de satanás: A Bíblia adverte-nos que o diabo ocupa regiões celestes, desde que foi retirado da glória do Senhor (Ef. 6.12), lugar de que deverá ser expulso no início da Grande Tribulação (Ap. 12.7-12). Aliás, a trajetória do diabo é uma seqüência de precipitações, de quedas e de fracassos.
Da glória celestial, foi precipitado às regiões celestiais, que hoje ocupa, para ser derrubado na terra e, após ter sido selado e amarrado por mil anos (Ap. 20.1,2), será, por fim, lançado no lago de fogo e enxofre (Ap. 20..10). Assim será todo aquele que, a exemplo do diabo, rebelar-se contra o senhorio de Deus!

18 - Os juízos contra Satanás: 
a) expulso de sua posição original no céu (Ez. 28.16).
b) julgamento pronunciado no éden (Gn. 3.14,15).
c) julgado na cruz (Jo. 12.31).
d) expulso dos céus na tribulação (Ap. 12.13).
e) preso no abismo no início do milênio (Ap. 20.2).
f) lançado ao lago de fogo ao fim do milênio (Ap. 20.10).
Hoje, como Igreja, temos em Cristo, poder para pisá-lo, mas em breve o esmagaremos debaixo de nossos pés (Rm. 16.20). Isso fala da vitória final que Deus nos dará sobre o mal.

Para refletir: 
- Ef. 4.27 Não devemos dar lugar ao diabo 
Dar lugar ao diabo quer dizer se conformar com a mentira e com o sistema sob seu comando. 
- I Tm. 3.6 A soberba é o pecado do diabo
“...não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo”.
Dizia Moody - Deus não dispensa ninguém de mãos vazias, a não ser que a pessoa esteja cheia de si mesmo (ego, inchado). 
Hb. 2.14 Cristo veio aniquilar o império do diabo
“E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo”. 
Tg. 4.7 O diabo deve ser resistido
“Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” 
I Pe. 5.8 O diabo anda como leão
Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;” 
Ap. 20.10 O diabo será lançado no lago de fogo
”E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.”

Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ANGELOLOGIA - ORGANIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS ANJOS



A ORGANIZAÇÃO DOS ANJOS

Classificação das Organizações Angelicais:

Pelos textos de Cl. 1.16 e Rm. 8.38 entendemos que as classificações neles apresentadas sugerem funções atribuídas aos anjos.

1 - TRONOS - O original grego “Thronoi” traz um sentido de anjos ligados diretamente à majestade e soberania de Deus. Em I Sm. 4.4; II Rs. 19.5; Sl. 80.1; 99.1, sugere que os querubins exerciam a função real de TRONOS.

2 - DOMÍNIOS - O original grego “Kuriother”, revela um sentido de anjos ligados à soberanias, a domínios. Teriam   eles a função especial, determinada por Deus, de dominar aquilo que Deus criou. Não encontramos que classe específica de anjo é designada para esta função. Vide Cl. 1.16; Ef. 1.21. Todavia, parece estarem entre os querubins e serafins.

3 - PRINCIPADOS - O original grego “archai”, mostra um sentido de anjos que têm poder de príncipes. A revelação bíblica a respeito não traz embasamento para afirmações convictas, mas devido a Is. 14.13; Ez. 28.16; Ap. 12.9 (sobre Lúcifer) e a Dn. 10.13 (sobre Miguel) podemos supor que os querubins tinham esta função.

4 - POTESTADES - São anjos especiais dotados de uma autoridade elevada. Possuem poderes excelentes, todavia sob o domínio do Todo Poderoso. Têm muito poder, mas não são onipotentes (Sl. 103.20; I Cr. 21.15-27).

A CLASSIFICAÇÃO DOS ANJOS

1. Anjo do Senhor
2. Arcanjo
3. Anjos eleitos
4. Anjos das nações
5. Querubins
6. Serafins

1 – Anjo do Senhor (mal`ãkh yahweh) ou Teofânico – gr. Teo + fâneo (aparecer). 

É mister fazer menção especial ao “Anjo do Senhor”, pois a maneira como é descrito na Bíblia o destinge de qualquer outro anjo. Pelas seguintes razões:

a) A ele é atribuído poder para perdoar ou reter pecado.
b) O nome de Deus esta nele (Êx. 23.20-23).
c) Em Êx. 32.34 lemos “meu anjo irá adiante de ti” em Êx. 33.14 “a minha presença” (literalmente, meu rosto). Essas duas expressões se enquadram com (Is. 63.9).
d) Jacó quando se deparou com esse anjo, se refere a Ele como sendo o próprio Deus (Gn 32.30).
e) Esse varão que lutou com Jacó é chamado de anjo em (Os. 12.4).
f) O próprio anjo se identifica como Deus (Gn. 32.28).
g) Através do encontro com esse anjo, Jacó disse “a minha alma foi salva” (Gn. 32.30).
h) Esse anjo recebe adoração (Js. 5. 14).
i) O anjo apareceu a Moisés e se identificou como o Deus de Abraão, Isaque e Jacó (Êx. 3.1-6). 

Aparecimento desse Anjo na Bíblia 

a) Para Agar no deserto (Gn. 16.7).
b) Para Abraão (Gn. 22.11-15).
c) Para Jacó (Gn. 31.11-13).
d) Para Moisés (Êx. 3.2).
e) Para todos os israelitas durante o êxodo (Êx. 14.19).
f) Para Balaão (Nm. 22.22-28).
g) Para Gideão (Jz. 6.11).
h) Para os pais de Sansão (Jz. 13.3 e13).
i) Para Davi (I Cr. 21.10).
j) Para Elias (II Rs. 1.3,4).
k) Para Daniel (Dn. 6.22).

2 - Arcanjo - É considerado anjo chefe (o prefixo “arc” significa “chefe”), príncipe, primeiro ministro.

a) A Bíblia só apresenta um arcanjo - Miguel (Jd. 9), seu nome significa ”quem é semelhante a Deus?”.
b) Miguel é o “príncipe dos filhos de Israel” (Dn. 12.1).
c) Miguel surgirá como comandante dos exércitos celestiais contra as milícias satânicas (Ap. 12.7-12).
d) O arcanjo terá sua participação na vinda de Jesus, sua voz é uma voz de comando e ordenança (I Ts. 4.16).

Gabriel, seu nome significa “o poderoso”.

Tudo indica que ele seja de uma classe de anjos bastante elevada, mas não podemos considerá-lo um arcanjo como querem algumas tradições católicas, judaicas e esotéricas, que dizem que existem sete arcanjos.

- Gabriel está diante da presença de Deus (Lc. 1.19).
- A ele é confiada mensagens da mais elevada importância com relação ao Reino de Deus (Dn. 8.16,17).

3 - Anjos das Nações (Dn. 10.13-20). Esses versículos vêm nos ensinar que cada nação tem o seu anjo protetor, o qual se interessa pelo bem estar dela.

a) Miguel, príncipe da nação hebraica (Dn. 10.21).
b) Príncipe da Pérsia (Dn. 10.13).
c) Príncipe da Grécia (Dn. 10.20). 

A palavra “principados” no Novo Testamento pode referir-se tanto a esses príncipes angélicos das nações, como a reinos com características de um principado, uma região ou uma autoridade regida por um príncipe. O termo, quando se refere a anjos, pode ser usado tanto para os bons como para os maus (Ef. 3.10; Cl. 2.15; Ef. 6.12).

4- Anjos eleitos - são aqueles anjos que permaneceram fieis a Deus durante a rebelião de satanás e foram elevados à categoria de anjos eleitos, aperfeiçoados: não podem mais pecar (I Tm.  5.21; Mt. 25.41). 

5- Querubins - esses seres angelicais aparecem pela primeira vez no Livro de Gênesis (Gn. 3.24)
A palavra querubim vem do termo hebraico kerub quer dizer - guardar, cobrir. Plural de kerub, querubim, significa protetores, guardadores.
a) A função desses anjos é de zelar pela santidade de Deus, para não ser profanada sua santidade, estando relacionados à guarda montada no Trono de Deus.
b) Deus colocou esses anjos para guardarem o Éden e proteger a árvore da vida (Gn. 3.24).
c) Esses anjos estavam também esculpidos em forma de estátuas no Lugar Santíssimo em cima do propiciatório (Êx. 25.17-22; Hb. 9.5).
d) Em Sl 99.1, Deus aparece sendo glorificado por esses anjos.
e) Satanás pertencia a essa classe de anjos (Ez 28.14-16).

6- Serafins - Esta palavra deriva do hb. Saraph que significa: ardente, brilhante, nobre ou afogueado. 
- Pouco se sabe a respeito desta classe, haja vista só termos uma referência bíblica (Is. 6.1-3).
- A função mais específica desse anjo é de louvar e glorificar a Deus em seu trono.


Maranata. ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

ANGELOLOGIA - OS ANJOS E SUAS ATIVIDADES

Dando continuidade ao estudo sobre os anjos, veremos a atividade angelical em forma de tópicos. Como sempre faço referência aos estudos postados aqui, também este não tem a intenção de esgotar o assunto, é obvio, e sim de aceitar contribuições para expandir o tema abordado. Boa leitura.

Os Anjos e Suas Atividades na Bíblia:

1 - São enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação (Hb. 1.14).
Para que Deus envia o anjo?
- Para livrar (Gn. 19.15; Dn 6.20-22).
- Para dar vitória (Gn. 21.14 e 21; Js. 5.13; I Rs. 19.5-8; Mt. 4.11; Jo. 5.3,4).
- Para abrir as portas (At. 12.10; Mt. 28.2).
- Para servir aos justos na hora da morte (Lc. 16.22).

2 - Por meio dos anjos Deus envia:
- Anunciações (Lc. 1.11-20; Mt. 1.20,21).
- Advertências (Mt. 2.13)
- Instrução (Mt. 28.2-7; At .10.3,7).
- Encorajamento (At. 27.20-25)
- Revelação (Dn. 9.21-27; Ap. 1.11).
- Na hora do culto eles estão presentes, observando o comportamento dos crentes (I Tm 5.20,21).
- Juízos (Ap. 16.1).

3 - Estão envolvidos na atividade evangelística.
- Embora não evangelizem diretamente, estão também interessados nos esforços evangelísticos (At. 8.26).
- Quando um pecador se arrepende, eles fazem festa (Lc. 15.10).
- Haverá um tempo, depois do arrebatamento da Igreja, que anjos pregarão o Evangelho (Ap. 14.6).

4 – Suas Atividades na Vida e Ministério de Jesus.
              - Anunciaram o nascimento de seu precursor (Lc. 1.11,13,18,19).
              - Anunciaram Seu Nascimento (Lc. 1.26-38)
              - Um anjo apareceu a José três vezes em sonhos (Mt. 1.20,24; 2.13,19).
              - Um coral de anjos visitou os pastores de Belém (Lc. 2.9,10,13,15,21).
              - Serviram em Sua tentação (Mt. 4.11).
              - Assistiram em Sua Agonia (Lc. 22.43).
              - Estiveram presentes em Sua ressurreição (Mt. 28.2,5; Mc. 16.5,6; Lc.24.4; Jo.20.11,12). 
              - Acompanharam Sua assunção (At.1.10,11; Sl. 24.7-10).

5 – Suas Atividades na Igreja Primitiva
              - Estiveram com os discípulos na hora da assunção de Cristo (At.1. 10,11).
              - Um anjo livrou os apóstolos da prisão (At. 5.19).
              - Um anjo falou  a Filipe em Samaria (At. 8.26).
              - Um anjo apareceu a Cornélio (At.10.3, 7,22; 11.13).
              - Um anjo livrou Pedro da prisão (At.12.7-11).
              - Um anjo feriu o rei Herodes Agripa de morte (At.12.23).
              - Um anjo apareceu a Paulo durante um naufrágio (At. 27.23).

6 – Suas Atividades no Apocalipse
              - Um anjo mostrou a revelação a João (Ap.1.1; 22.16).
              - Um anjo forte bradando com forte voz (Ap. 5.2).
              - Havia muitos anjos ao redor do trono (Ap. 5.11).
              - Havia quatro anjos sobre os quatro cantos da terra (Ap. 7.1).
              - Outro anjo que tinha o selo de Deus (Ap. 7.2).
              - Outro anjo junto ao altar do incenso (Ap. 8.3-5).
              - O primeiro anjo tocou a trombeta – Uma série de sete trombetas (Ap. 8.7).
              - Um anjo voando pelo céu (Ap. 8.13).
              - O anjo do abismo (Ap. 9.11).
              - Havia quatro anjos presos junto ao Rio Eufrates (Ap. 9.14,15).
              - Um anjo forte vestido de uma nuvem (Ap. 10.1).
              - Um anjo sobre a terra e o mar (Ap. 10.5,8).
              - Um anjo com um livrinho na mão (Ap. 10.9,10).
              - Miguel e seus anjos batalham no céu (Ap. 12.7).
              - Um anjo anunciando o Evangelho Eterno (Ap. 14.6).
              - Outro anjo anunciou a queda da Babilônia (Ap. 14.8).
              - Um terceiro advertiu sobre a marca da Besta (Ap. 14.9).
              - Um anjo ordenou a outro lançar a foice sobre a terra (Ap. 14.18,19).
              - Sete anjos derramam as taças da ira de Deus sobre a terra (Ap. 15.1; 16.1).
              - Um dos sete mostrou a João a prostituta embriagada com o sangue dos santos (Ap. 17.10).
              - O anjo das águas (Ap.16.5).
              - Um anjo falou com João (Ap. 17.7).
              - Um anjo com grande poder, iluminou a terra com sua glória (Ap.18.1).
              - Um anjo forte lançou uma grande pedra no mar (Ap. 18.21).
              - Um anjo no sol (Ap. 19.7).
              - Outro com a chave do abismo e uma corrente prenderá satanás por mil anos (Ap. 20.1-3).
              - Um dos sete anjos mostrou a João a esposa do Cordeiro (Ap. 21.9).
              - O anjo que mostrou a visão a João, mediu a cidade (Ap. 21. 15-17).
              - O anjo que falava com João, rejeita adoração (Ap. 22.8,9).  

Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.